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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Maldições Hereditárias 2

[Atualizado em 08/07/2011]


Introdução


Enquanto caminhávamos perdidos pelo mundo, antes de nossa conversão, éramos como ovelhas sem pastor. Estávamos escravizados pelo pecado, e sob o domínio das potestades do mal. Não tínhamos a quem recorrer, nem como nos defender. Fazíamos parte do reino de Satanás. Alguns tinham "pactos" explícitos, consagrando-se ao demônio, em troca de algum favor especial. Outros tinham vícios, dos quais não conseguiam se libertar; e ainda havia os que eram moralmente depravados. Alguns tinham "pactos" explícitos, consagrando-se a poderes malignos, tentando obter, em troca, alguma espécie de favor. Possuímos vícios e tínhamos práticas más, porque todos os homens são moralmente depravados e incapazes de fazer algum bem com utilidade para a salvação.

Ao aceitarmos a Cristo, somos regenerados. Quando Deus eficazmente nos chama, somos regenerados. Aceitamos a obra de Cristo na cruz. Nos tornamos filhos de Deus. Não estamos mais sob o domínio de Satanás. Fomos comprados por bom preço. Cristo, na crucificação, despojou Satanás, expondo-o à vergonha. Ele foi derrotado ali, pela cruz. Na vida do crente, o diabo não tem mais poder algum, nenhuma maldição, nenhuma praga pode nos atingir.

Quando um reino é destruído por outro, nenhum acordo do servo que porventura tenha sido feito com o rei derrotado mantém sua validade (a não ser que a pessoa queira). Quando um servo é comprado por outro dono, o antigo não tem mais poder sobre ele.

Maldição hereditária


Existe uma modinha no arraial evangélico chamada "quebra de maldições", e dentro dela, as maldições hereditárias. Esta "doutrina" diz que o crente, mesmo que já tenha aceito a Cristo como Senhor e Salvador sido regenerado pelo novo nascimento, pode sofrer com maldições proferidas por antepassados, ou pactos firmados por ele ou um parente seu, mesmo em algum passado longínquo. Se ele não quebrar tais pactos, e não renunciá-los explicitamente, eles ainda terão validade na sua vida. Segundo as palavras de um dos defensores da doutrina, aqui no Brasil:

A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado... A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus... As pragas se cumprem. - Jorge Linhares, Bênção e Maldição, p. 16.

Mas vamos para a Bíblia. Penso que ela é suficiente para convencer acerca do tema maldição hereditária.

Base para a doutrina da Maldição Hereditária


Comumente, os diversos defensores desta doutrina afirmam que a passagem em Êxodo 20.4-6 é um claro apoio a ela. Vejamos:

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

Vamos trabalhar em partes.
Este versículo é uma proibição contra a idolatria: "Não farás para ti imagem de escultura (...)Não as adorarás, nem lhes darás culto(...)"


Há a explicação do porquê do mandamento: "(...)porque EU sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso (...)"
Conseqüências da desobediência a este mandamento: "(...)visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem (...)"


Quem "visita", ou seja, é o executante da maldição? "(...)eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais (...)"


O que significa "zeloso"? "Acrescenta-se que o Senhor é um Deus zeloso, para demonstrar que ele não tolerará rival algum, e sim vingará o insulto cometido contra a sua glória, se esta for transferida a criaturas ou imagens de escultura; e que essa vingança será visitada nos netos e bisnetos, visto que estes seguirão nos maus passos dos seus pais". (J. P. Willes. Ensino Sobre O Cristianismo. São Paulo: PES, 2002, p. 177.)

Os pais são os principais responsáveis pela educação religiosa dos seus filhos. Se eles falharem neste propósito, sendo idólatras, por exemplo, tal exemplo será ensinado aos filhos, deixando-os ignorantes a respeito da vontade e da lei de Deus, fazendo-os continuar na idolatria. Assim, deste jeito, os filhos seriam punidos, pela mesma causa da punição dos pais.

Resumindo, este versículo restringe a punição ao caso da idolatria, e mesmo assim, se os filhos seguirem no mesmo erro dos pais. E o autor da maldição, neste caso, é Deus, pois é Ele quem visita. De forma alguma apoia a doutrina de que qualquer maldição proferida por outras pessoas tenha o mesmo efeito.

Como regra de uma boa interpretação bíblica, devemos encontrar passagens mais claras que expliquem passagens ‘obscuras’. Um versículo que acaba com todas as dúvidas é Ez 18.20:

A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. Ezequiel 18:20 
É bom ler o capítulo 18 de Ezequiel inteiro. No versículo 2, diz Deus: "Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?". Numa linguagem mais simples, seria algo como "os pais comeram a feijoada e os filhos é que tiveram dor de barriga". E atenção ao que Deus diz no versículo 3: "Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que nunca mais direis esta parábola em Israel."

Se as colocações anteriores não foram suficientemente claras para saber se a Maldição Hereditária é bíblica, não deixe de conferir as passagens abaixo.

Jo 9:1 E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
Jo 9:2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Jo 9:3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Jesus mesmo falou que o fato de ele ter nascido cego não era reflexo de pecados dele, nem dos seus pais.
Rom 8:1 Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
O que será que significa o "nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus"?
2Co 5:17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
A palavra "tudo" significa uma coisa menor do que "tudo"? E a palavra "nova"? Algo "todo novo" pode ter algo velho?
Jo 5:24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
Se eu crer, terei a vida eterna, mas se eu não renunciar aos pactos antigos, irei para o céu com as maldições dos antepassados?
1Jo 1:7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.
Quando a Palavra fala "nos purifica de todo o pecado", ela na verdade quer dizer isto mesmo, ou ainda temos que renunciar aos pactos antigos, pois o "todo" aqui não significa "todo"?
1Jo 4:4 Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.
Maior, que está em nós, nesta passagem, é Deus, ou são as maldições? Se for Deus, então as maldições não mais valem; se forem as maldições, Deus não tem força para nos livrar delas, a não ser que nós mesmos as ‘quebremos’. Isto não nos faria mais fortes do que Deus e o sangue de Jesus Cristo?
Gal 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro
Se a doutrina da Maldição hereditária for verdade, este versículo é uma mentira.
Jo 8:36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.
O que significa esta frase de Jesus? Se preciso mesmo assim quebrar maldições, uma a uma, após a conversão verdadeira, isto quer dizer que não fiquei verdadeiramente livre, tornando Jesus mentiroso.
1Pe 2:24 Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
Se o sangue de Jesus é suficiente para nos livrar da maldição da lei, não seria forte o suficiente para nos livrar das maldições hereditárias?
Pv 26:2 Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.
Ou seja, se não tiver fundamento (falha própria do ‘amaldiçoado’), tal maldição não se concretizará.

Para dar validade a esta doutrina estranha, teremos que invalidar estes versículos acima, tornando o sacrifício de Jesus inútil, ou simbólico, alegórico.
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Usando objetos como "muletas" de fé 5

Como uma praga nas igrejas, o uso de objetos para canalizar a fé das pessoas é freqüente, principalmente no meio neo-pentecostal. Qual a utilidade de tais artifícios? Isto prejudica ou ajuda? É bíblico ou não? Vou responder a estas perguntas da forma mais simples possível.

Qual a utilidade destes artifícios?

Segundo alguns defensores desta prática, isto serve para "despertar a fé das pessoas".
Segundo a Bíblia, "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." (Romanos 10.17) e "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho." (Hebreus 11.1-2), são colocações por demais suficientes para afirmar que é a Palavra de Deus que desperta a fé, e é uma coisa que não se vê. A fé deve se voltar para algo mais espiritual, e não físico.

Isto prejudica ou ajuda?

Criando estes "pontos de contato", como são chamados, a fé é depositada onde? Nos objetos ou em Deus? Se eu tenho uma "pequena cruz que espanta os demônios", eu preciso resistir ao pecado, e ao diabo, para que ele fuja de mim? Se eu tenho um "saquinho de sal que traz libertação", preciso me arrepender dos meus pecados e aceitar a Cristo para deixar de ser escravo do pecado?
Respostas sinceras a estas perguntas devem deixar claro que o uso destes objetos prejudica a comprensão de Deus e do nosso papel perante Ele.

É bíblico ou não?

O texto de Atos 19.11-12 diz os seguinte: "E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saiam". Este é um dos textos mais usados para defender esta 'doutrina'. Vamos analisá-la em partes, usando uma boa exegese. Vou fazer algumas perguntas, e as respostas têm de vir dos versículos supracitados.
a) Quem fazia maravilhas extraordinárias? "E Deus..."
b) Pelas mãos de quem se faziam coisas maravilhosas? "...pelas mãos de Paulo..."
c) O que foi levado de Paulo aos enfermos? "...os lenços e aventais se levavam do seu corpo..."
d) Quando Paulo ungiu os lenços e aventais? "..."
e) Paulo distribuiu os aventais e lenços? "..."
f) Onde Paulo ensinou que tal procedimento era necessário para a cura e libertação dos espíritos malignos? "..."

E mais uma pergunta: Onde Jesus ensinou tal doutrina?

Há outras passagens, como João 9.5-7, que poderiam ser analisadas. Mas basta uma leitura um pouco mais atenta para verificar que são apenas casos especiais, e não doutrinas. Não são modos-padrão de operação. Tomar como doutrina é ir além do que a Bíblia ensina.

A Bíblia é nossa regra de fé e de prática. Qualquer acréscimo deve ser desconsiderado, assim como retirar partes dela. Ainda mais quando contraria ou distorce o que a Palavra de Deus diz. Pior do que a mentira é a perversão da verdade.
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sábado, 22 de setembro de 2007

Memorize a Bíblia - 2 0





Série em MP3 de versículos bíblicos, separados por tema, para facilitar a aprendizagem da Palavra de Deus.
Baseada na série sugerida no livro de Tim LaHaye - Como Estudar a Bíblia Sozinho. Baixe e escute no seu MP3 Player, ou no seu computador. Ao todo são 51 temas diferentes.

Os seguintes temas ajudam o cristão no testemunho da sua fé.

Tema 7 e 8: Deus ama todos os homens & Todos os homens são pecadores (Jo .16, 1 Jo 3.16, e Rm 5.8; Rm 3.23, Jo 3.19 e Rm 3.12 )
Tema 9, 10 e 11: Os resultados do pecado & Cristo pagou pelos pecados do homem & A salvação é um dom gratuito (Rm 6.23, Hb 9.27 e Rm 5.12; 1Co 15.3-4, 1Pe 3.18 e Gl3.13 & Ef 2.8-9, Rm 3.24 e Ti 3.5)
Tema 12, 13 e 14: Cristo é o único meio para a salvação & O homem precisa receber Cristo pessoalmente & O homem tem que fazer Cristo o Senhor de sua vida (Jo 14.6, Jo 10.9 e Is 53.6; Jo 1.12, Ap 3.20 e Jo 5.24; Rm 10.13, Rm 10.9-10 e At 16.31)

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terça-feira, 18 de setembro de 2007

Deus, moralidade e o mal - parte 1 2

Traduzido por Leandro Teixeira

Original em inglês: http://www.leaderu.com/offices/billcraig/docs/craig-nielsen1.html

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Eu me sinto privilegiado por estar debatendo com o Dr. Nielsen. Você provavelmente nunca ouvirá um argumento mais convincente apresentado pelo lado ateu e eu espero que eu possa fazer da mesma maneira apresentando bem o lado teísta no debate de hoje à noite.


O Problema do mal

O problema do mal é certamente o maior obstáculo a convicção na existência de Deus. Quando eu pondero a extensão e a profundidade do mal no mundo - se devido à desumanidade do homem ou catástrofes naturais -, então eu tenho que confessar que eu acho difícil acreditar em Deus. Sem dúvida, muitos de vocês sentem-se do mesmo modo. Talvez nós todos devessemos nos tornar ateus. Mas este é um passo bem grande para se dar. Como nós podemos estar seguros de que Deus não existe? Talvez haja uma razão para Deus permitir todo o mal no mundo. Talvez isto de alguma maneira preencha o esquema de coisas que nós só podemos perceber vagamente. Como nós saberemos?

Como um teísta cristão, estou convencido de que o problema do mal, terrível como é, não constitua uma refutação da existência de Deus. Pelo contrário, eu acredito que teísmo cristão é, na realidade, a última e melhor esperança da humanidade como uma solução para o problema do mal. Para explicar por que eu penso deste modo, será útil desenhar algumas distinções para manter nosso pensamento claro. Primeiro, nós temos que distinguir entre o problema intelectual do mal e o problema emocional do mal. O problema intelectual do mal envolve como dar uma explicação racional da coexistência de Deus e o mal. O problema emocional do mal envolve como dissolver a antipatia de pessoas com um Deus que permitiria sofrimento.



Problema intelectual do mal

Versão lógica

Agora olhemos primeiro para o problema intelectual do mal. Há duas versões deste problema: primeiro, o problema lógico do mal e, secundariamente, o problema probabilístico do mal. De acordo com o problema lógico do mal, é logicamente impossível para Deus e mal coexistirem. Se Deus existir, então mal não pode existir. Se mal existir, então Deus não pode existir. Considerando que mal existe, segue que Deus não existe.

Porém, o problema com este argumento é que não há qualquer razão para pensar que Deus e mal são logicamente incompatíveis. Afinal de contas, não há nenhuma contradição explícita entre eles. E se o ateu indicar que há alguma contradição implícita entre Deus e mal, então ele tem que estar pressupondo algumas premissas ocultas para chegar a esta contradição implícita. Mas o problema é que nenhum filósofo pôde identificar tal postulado. Então, o argumento do problema do mal falha ao provar alguma inconsistência entre Deus e mal.

Mas mais que isto, nós podemos de fato provar que Deus e o mal são logicamente compatíveis. Veja, o ateu pressupõe que Deus não pode ter razões moralmente suficientes por permitir o mal no mundo. Mas esta suposição não é necessariamente verdade. Tanto quanto é possível que Deus tem razões moralmente suficientes para permitir o mal, Deus e o mal são logicamente consistentes. E então eu tenho o prazer de informar a você que é extensamente reconhecido entre filósofos contemporâneos que o problema lógico do mal foi dissolvido. A coexistência de Deus com o mal é logicamente possível.

Versão probabilística

Mas nós não estamos fora do ringue ainda, porque nós confrontaremos o problema probabilístico do mal agora. De acordo com esta versão do problema, a coexistência de Deus e o mal é logicamente possível, mas não obstante é altamente improvável. A extensão e profundidade do mal no mundo são tão grandes que é improvável que Deus pudesse ter razões moralmente suficientes para permití-lo. Então, verificado o mal no mundo, é improvável que Deus exista. Este é um argumento muito mais poderoso, e então no debate desta noite eu quero focalizar nossa atenção nisto.

Com respeito a esta versão do problema do mal, eu quero dar três opiniões.

  1. Nós não estamos em uma boa posição para avaliar a probabilidade de se Deus tem uma razão moralmente suficiente para os males que acontecem: Nós estamos providencialmente limitados em espaço, tempo, inteligência e perspicácia, mas o Deus onisciente e soberano, que vê o término desde o princípio, coordena a história de forma que os Seus propósitos são alcançados, no final das contas, por decisões humanas livres. Para alcançar os Seus fins, Deus pode ter que aguentar males no caminho, os quais os humanos livremente perpetram. Podem ser vistos males que nos parecem insensatos dentro de nossa estrutura limitada, mas ser justamente permitidos dentro da estrutura ‘mais larga’ de Deus. Um assassinato brutal de um homem inocente, por exemplo, poderia produzir todo tipo de ondulação ao longo da história tal que a razão moralmente suficiente de Deus por permitir isto poderia não emergir ou talvez até séculos depois em outra terra. Quando você pensar na providência de Deus em cima da história toda, então eu penso que você pode ver como é desesperador para observadores limitados especularem na probabilidade que Deus pudesse ter uma razão moralmente suficiente por permitir um mal particular. Nós não estamos em uma boa posição avaliar tais probabilidades.

  2. A fé cristã requer doutrinas que aumentam a probabilidade da coexistência de Deus e o mal. Fazendo assim, diminuem estas doutrinas qualquer improbabilidade da existência de Deus em razão da existência de mal. Quais são algumas destas doutrinas? Me deixe mencionar quatro.

  • O propósito principal da vida não é a felicidade em si, mas o conhecimento de Deus. Uma razão do problema do mal parecer confuso assim é porque nós tendemos a pensar que a meta da vida humana é a felicidade neste mundo. Mas na visão cristã isto é falso. O fim do homem não é felicidade como tal, mas o conhecimento de Deus - o qual no fim trará verdadeira e perpétua perfeição humana. Muitos males que acontecem na vida parecem totalmente insensatos com respeito a produzir felicidade humana, mas eles podem não ser injustificados com respeito a produzir o conhecimento de Deus. Sofrimento humano inocente provê uma ocasião para uma dependência e confiança mais profunda em Deus, ou por parte do sofredor ou talvez dos que estão ao redor dele. Se o propósito de Deus é alcançado por nosso sofrer tudo depende em como nós respondemos livremente.

  • O Gênero humano está em um estado de rebelião contra Deus e o Seu propósito. Em lugar de se submeter e adorar a Deus, as pessoas se rebelam contra Deus e vão ao seu próprio modo e assim se acham alienadas de Deus, moralmente culpados diante dEle, e tateiam em escuridão espiritual, procurando falsos deuses da sua própria fabricação. Os males humanos terríveis no mundo são testemunho à depravação de homem neste estado de alienação de Deus. O cristão não está surpreso com os males humanos no mundo. Pelo contrário, ele os espera! A Bíblia diz que Deus entregou o gênero humano para o pecado que escolheu. Ele não interfere para parar isto mas deixa a depravação humana executar seu curso. Isto só serve tanto para levantar a responsabilidade moral do gênero humano perante Deus como também nossa maldade e nossa necessidade de perdão e limpeza moral.

  • O conhecimento de Deus derramado em cima da vida eterna. Na visão cristã, esta vida não é tudo. Jesus prometeu vida eterna a todos que crerem e confiarem nele como Salvador e Deus. Na vida após a morte Deus recompensará esses que carregaram o sofrimento com coragem e que confiaram com uma vida eterna de alegria indizível. O apóstolo Paulo, que escreveu muito do Novo Testamento, viveu uma vida de sofrimento incrível e ainda ele escreveu: " Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas. " (II Cor. 4. 16-18). Paulo imagina uma escala, na qual são investidos os sofrimentos desta vida em um lado, enquanto no outro lado é investido a glória que Deus dará aos filhos dEle no céu. O peso de glória é tão grande que os sofrimentos desta vida podem literalmente nem mesmo serem comparados! Além disso, levando em conta o longo tempo da eternidade, os maiores sofrimentos desta vida encolhem para um momento infinitésimo. É por isso que Paulo pode se referir a eles como uma aflição "leve" e "momentânea." Apesar do que ele sofreu, os sofrimentos dele estavam simplesmente subjugados pelo oceano de eternidade divina e alegria que Deus esbanja nos que confiam nEle.

  • O conhecimento de Deus é um bem incomensurável. Conhecer Deus, a fonte de bondade infinita e amor, é um bem incomparável—a perfeição da existência humana. Os sofrimentos desta vida podem nem mesmo ser comparados a isto. Assim, a pessoa que conhece Deus--não importa o que ele sofra, não importa quão terrível seja a sua dor--ainda pode dizer, "Deus simplesmente é bom a mim" em virtude do fato que ele conhece Deus, um bem incomensurável.

Estas quatro doutrinas cristãs reduzem grandemente qualquer dúvida de que o mal pareceria lançar na existência de Deus.

  1. Relativo ao âmbito de aplicação da prova, a existência de Deus é provável. Probabilidades são relativas ao grau de informação que você considerar. Por exemplo, suponha que Joe é um estudante da University of Western Ontario. E agora suponha que noventa por cento dos estudantes da Western Ontario esquiam. Relativo a esta informação, é altamente provável que Joe esquie. Entretanto, suponha também que sabemos que Joe tem um dos membros amputado e que noventa e cinco por cento dos amputados na University of Western Ontario não esquiam. De repente a probabilidade de Joe ser um esquiador é invertida dramaticamente!

Semelhantemente, se tudo o que você considerar como base de conhecimento for o mal no mundo, então dificilmente será surpreendente que a existência de Deus seja improvável, considerando isto. Mas a pergunta real é se a existência de Deus é improvável em relação à prova total disponível. Eu estou convencido de que quando você considerar a prova total, a existência de Deus é provável.

Agora em lugar de ensaiar os muitos argumentos diferentes neste momento para a existência de Deus, me deixe só mencionar um. É aquele em que Deus provê a melhor explicação para valores morais objetivos no mundo.

Se Deus não existir, então valores morais objetivos não existem. Muitos teístas e ateus concordam neste ponto. Sem Deus, não há nenhum bem absoluto que se impõe em nossa consciência. Professor Michael Ruse, filósofo da ciência e um ateu na Universidade de Guelph, explica,

A posição do evolucionista moderno é que os humanos têm uma consciência de moralidade porque está é uma consciência de valor biológico. Moralidade é uma adaptação biológica tanto quanto a são mãos e pés e dentes. Considerada como um conjunto racionalmente justificável de regras sobre um algo objetivo, ética é ilusória. Eu aprecio quando alguém diz, ‘ame seu próximo como a si mesmo’, eles pensam que eles estão se referindo acima e além deles mesmos. Não obstante, tal referência é verdadeiramente sem fundamento. Moralidade é apenas uma ajuda à sobrevivência e reprodução. . . e qualquer significado mais fundo é ilusório.{1}

Ou considerando o recente J. L. Mackie, professor de filosofia a Universidade de Oxford e um dos ateus mais influentes de nosso tempo. De acordo com Mackie, "se. . . há. . . valores objetivos, eles fazem a existência de um deus mais provável do que haveria sem eles. Assim nós temos. . . um argumento defensável de moralidade para a existência de um deus."{2} para evitar a existência de Deus, Mackie recusou admitir aqueles valores de moral existam. Ele escreveu, "é mais fácil explicar este senso moral como um produto natural de evolução biológica e social do que como ter sido implantado por um autor da natureza."{3}

Mas se esse for o caso, então a ética objetiva sai pela janela junto com o teísmo. Então seres humanos não teriam nenhum valor moral intrínseco. Por exemplo, na Índia, era tradicional que as mulheres fossem queimadas vivas nas piras funerárias dos seus maridos falecidos. Os britânicos acabaram com esta prática. Mas Michael Ruse, discutindo esta prática, diz bastante francamente e constantemente, "Obviamente, tal prática é totalmente estranha aos padrões ocidentais de moralidade. Na realidade, nós pensamos que o sacrifício da viúva é totalmente imoral. Claramente não há nada particularmente objetivo sobre esta moralidade, nem é algo esperado como um produto inevitável de seleção natural."{4} em outras palavras, tudo fica simplesmente relativo e não há nenhum valor absoluto objetivo.

Friedrich Nietzsche, o grande ateu do último século que proclamou a morte de Deus, entendeu muito bem isto tudo. "O término do Cristianismo", escreveu o Nietzsche, "significa o advento de niilismo". Só o homem que pode viver além do bem e do mal adquirirá domínio na era do niilismo, que já está à porta. Eu penso que o fantasma de Friedrich Nietzsche tem que assombrar todo ateu. Para se não há nenhum Deus, então por que o niilismo não seria verdade?

Note o que nós estamos perguntando cuidadosamente. A pergunta não é, "Nós temos que acreditar em Deus para viver vidas morais?" Eu diria, "Não." Nem seria esta a questão, “Nós podemos reconhecer valores morais objetivos sem acreditar em Deus?" Eu diria que nós podemos. Nem a pergunta é, "nós podemos formular um sistema coerente de éticas sem referênciar a Deus?" Isso é perfeitamente possível. Entretanto, a pergunta é, "valores morais objetivos existem se Deus não existir?" Eu não vejo qualquer razão para pensar que, na ausência de Deus, seres humanos teriam valor moral objetivo. Afinal de contas, se não houver nenhum Deus, o que há de tão especial nos seres humanos? Eles são apenas subprodutos acidentais da natureza que evoluiu de forma relativamente recente em infinitésima mancha de pó perdida em algum lugar no coração de um universo hostil e descuidado e são sentenciados a morrer individualmente e coletivamente em um tempo relativamente curto. E se colocarmos deste jeito, eu penso que o Professor Nielsen concordaria. Embora ele diga que aceita valores de moral objetivos, ele está usando esses termos de um modo idiossincrático. Dizer que valores morais objetivos existem é afirmar que instruções de valor moral como "Estupro é errado" é independentemente verdade para qualquer um que acredita nelas ou não. Mas o Professor Nielsen recusa discutir a verdade das instruções morais. E assim ele, como Ruse e J. L. Mackie, parece não poder afirmar o valor objetivo de seres humanos.

Mas o fato é aqueles valores objetivos existem e todos nós os conhecemos. Não há mais nenhuma razão para negar a realidade objetiva de valores morais , tanto quanto há para negar a realidade objetiva do mundo físico. Em particular, é evidente que o mal existe. Algumas coisas estão realmente erradas! E assim, paradoxalmente, o mal serve para na verdade estabelecer a existência de Deus. Porque se valores objetivos não podem existir sem Deus, e valores objetivos existem - como é evidente a realidade do mal -, então decorre inevitavelmente que Deus existe. Assim, embora o mal conseqüentemente crie a pergunta acerca da existência de Deus, em um sentido mais fundamental demonstra a existência de Deus, sendo que o mal não pode existir sem Deus.

Estes [argumentos] são só parte da prova que Deus existe. O proeminente filósofo Alvin Plantinga recentemente expôs mais ou menos duas dúzias de argumentos para a existência de Deus.{5} A força cumulativa destes argumentos torna provável que Deus existe.

Em resumo, se minhas três teses estiverem corretas, então o mal não torna improvável a existência do Deus cristão. Pelo contrário, considerando o âmbito completo da evidência, a existência de Deus é provável. E, assim, o problema intelectual do mal falha para subverter a existência de Deus.

Problema emocional do mal

Mas isso nos leva ao problema emocional de mal. Eu penso que a maioria das pessoas que rejeitam Deus por causa do mal no mundo não faz assim por causa de dificuldades intelectuais. Provavelmente, é um problema emocional: eles só não gostam de um Deus que permita sofrimento e portanto não querem nada com Ele. É simplesmente um ateísmo de rejeição. A fé cristã tem algo que dizer a estas pessoas?

Certamente que sim! Fala que Deus não é um Criador distante ou um Ser Impessoal da Terra, mas um Pai amoroso que reparte nossos sofrimentos e machucados conosco. O Professor Plantinga escreveu,

Da forma como o cristão vê as coisas, Deus não está à toa, observando friamente o sofrimento das Suas criaturas. Ele entra adentro e compartilha nosso sofrimento. Ele suporta a angústia de ver o Filho dele, a segunda Pessoa do Trindade, destinado à morte amargamente cruel e vergonhosa da cruz. . . Cristo estava preparado para suportar as agonias do inferno. . . aceitando superar o pecado e a morte e os males que afligem nosso mundo e conferir a nós uma vida mais gloriosa que nós podemos imaginar. . . ele estava preparado para sofrer em nosso lado, para aceitar sofrimento do qual nós não podemos formar nenhuma concepção.{6}

Veja, Jesus suportou um sofrimento além de toda a comparação porque ele agüentou o castigo para os pecados do mundo inteiro. Nenhum de nós pode compreender aquele sofrimento. Embora ele fosse inocente, ele levou voluntariamente nele o castigo que nós merecíamos. E por que? Simplesmente porque ele nos ama. Quando nós compreendemos o Seu amor e sacrifício por nós, isto põe o problema do mal em uma perspectiva nova. Porque agora nós vemos claramente que o problema de mal realmente é o nosso problema do mal. Cheios de pecados e moralmente culpados diante de Deus, nós enfrentamos a pergunta, não de como Deus pode se justificar a nós, mas como nós podemos ser justificados perante Ele.

Assim, paradoxalmente, embora o problema do mal seja a maior objeção à existência de Deus, ao final do dia, Deus é a única solução ao problema do mal.

William Lane Craig

Notas:

{1}Michael Ruse, "Evolutionary Theory and Christian Ethics," in The Darwinian Paradigm (London: Routledge, 1989), pp. 262-269.

{2}J. L. Mackie, The Miracle of Theism (Oxford: Clarendon Press, 1982), pp. 115-116.

{3}Ibid., pp. 117-118.

{4}Michael Ruse, "Evolutionary Theory and Christian Ethics," in The Darwinian Paradigm (London: Routledge, 1989), pp. 262-269.

{5}Alvin Plantinga, "Two Dozen (or so) Theistic Arguments," Lecture presented at the 33rd Annual Philosophy Conference, Wheaton College, Wheaton, Illinois, October 23-25, 1986.

{6}Alvin Plantinga, "," in Alvin Plantinga, ed. James Tomberlin and Petr van Inwagen, Profiles 5 (Dordrecht: D. Reidel, 1985), p. 36.



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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Argumento ateísta - Richard Dawkins - livro The God Delusion 3



O filósofo cristão William Lane Craig apresenta uma resposta sucinta ao que Richard Dawkins chama de argumento central para a inexistência de Deus no seu livro "Deus, um delírio" : "o argumento do 747 definitivo".

Tradução do artigo de Willian Lane Craig. Artigo original aqui .

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O que o Sr. pensa sobre o argumento ateísta de Richard Dawkins em seu livro The God Delusion (Deus, Um Delírio)?

Dr. Craig responde:

Nas páginas 212-213 do livro dele, Dawkins resume o que ele chama de "o argumento central de meu livro." Assim segue:


1. Um dos maiores desafios para o intelecto humano é explicar como o complexo e improvável aparecimento do design surgiu no universo.
2. A tentação natural é atribuir a aparência de design a um design verdadeiro.

3. A tentação é uma falsidade porque a hipótese do projetista remete imediatamente ao problema maior de quem projetou o projetista.

4. A explicação mais engenhosa e poderosa é a evolução de Darwin através da seleção natural.

5. Nós não temos uma explicação equivalente para a Física.

6. Nós não deveríamos renunciar a esperança de uma explicação melhor que surja na física, algo tão poderoso quanto o Darwinismo é para biologia. Então, Deus não existe quase certamente.


Este argumento soa mal porque a conclusão ateísta que "Então, Deus não existe quase certamente" parece sair de repente do nada. O senhor não precisa ser um filósofo para perceber que esta conclusão não pode ser deduzida das seis afirmações anteriores.

Realmente, se nós entendermos estas seis afirmações como premissas de um argumento que implique na conclusão “Então, Deus não existe quase certamente”, então o argumento é patentemente inválido. Nenhum regulamento lógico de inferência permitiria ao senhor tirar esta conclusão das seis premissas.

Uma interpretação mais gentil seria levar estas seis afirmações, não como premissas, mas como afirmações sumárias de seis passos no argumento cumulativo de Dawkins para a sua conclusão que Deus não existe. Mas até mesmo nesta construção gentil, a conclusão “Então, Deus não existe quase certamente” não decorre destes seis passos, até mesmo se nós aceitarmos que cada um deles é verdadeiro e justificado.

O que se pode concluir dos seis passos do argumento de Dawkins? No máximo, tudo o que aquilo sugere é que nós não deveríamos deduzir a existência de Deus baseados na aparência de design no universo. Mas esta conclusão é bastante compatível com a existência de Deus e até mesmo com nossa justificável crença na existência de Deus. Talvez nós devêssemos acreditar em Deus com base no argumento cosmológico, no argumento ontológico ou no argumento moral. Talvez nossa crença em Deus não esteja baseada em argumentos, mas fundamentada na experiência religiosa ou em revelação divina. Talvez Deus queira que nós acreditemos nEle simplesmente através da fé. O ponto é que, rejeitando argumentos de design para a existência de Deus, não faz nada para provar que Deus não existe ou até mesmo que crer em Deus é injustificado. Realmente, muitos teólogos cristãos rejeitaram argumentos para a existência de Deus sem se obrigar assim ao ateísmo.

Assim o argumento de Dawkins para o ateísmo é um fracasso mesmo se nós aceitarmos, como hipótese, todos seus passos. Mas, na realidade, vários destes passos são plausivelmente falsos. Veja só o passo (3), por exemplo. A reinvindicação de Dawkins aqui é que não é justificável deduzir o design como a melhor explicação da ordem complexa do universo porque então um problema novo surge: quem projetou o projetista?

Esta réplica é dividida em pelo menos duas partes. Primeiro, para reconhecer uma explicação como a melhor, não é necessário ter uma explicação da explicação. Este é um ponto elementar relativo a inferência para a melhor explicação como praticado na filosofia de ciência. Se arqueólogos que cavam na terra fossem descobrir coisas que se parecem com pontas da flecha e cabeças de machadinhas e fragmentos de cerâmica, eles seriam justificados em deduzir que estes artefatos não são o resultado de uma possibilidade de sedimentação e metamorfose, mas produtos de algum grupo desconhecido de pessoas, embora eles não tivessem nenhuma explicação de quem estas pessoas eram ou de onde elas vieram. Semelhantemente, se os astronautas fossem encontrar uma pilha de maquinários na parte de trás da lua, eles seriam justificados deduzindo que era o produto de agentes inteligentes, extraterrestres, mesmo se eles não tivessem nenhuma ideia do que estes agentes extraterrestres eram ou como eles chegaram lá. Para reconhecer uma explicação como a melhor, não é necessário poder explicar a explicação. Na realidade, uma requisição assim conduziria a um infinito regresso de explicações, de forma que nada já poderia ser explicado, e a ciência seria destruída. Assim, neste caso, para reconhecer que o design inteligente é a melhor explicação do aparecimento de design no universo, não é preciso explicar o projetista.

Em segundo lugar, Dawkins pensa que, no caso do projetista divino do universo, o projetista é da mesma maneira complexo como a coisa a ser explicada, de forma que nenhum avanço explicativo é feito. Esta objeção dispara todas tipo de perguntas sobre o papel da simplicidade na avaliação de explicações competitivas; por exemplo, como a simplicidade é equilibrada comparada com outros critérios tais como o poder explicativo, escopo explicativo, e assim sucessivamente. Mas deixemos essas perguntas a parte. O engano fundamental de Dawkins reside na sua suposição de que um projetista divino é uma entidade comparável em complexidade com o universo. Como uma mente sem corpo, Deus é uma entidade notavelmente simples. Como uma entidade não-física, uma mente não está composta de partes e suas propriedades salientes, como autoconsciência, racionalidade e volição, são essenciais a ela. Em contraste com o universo contingente e matizado com todas suas quantidades inexplicáveis e constantes, uma mente divina é de modo surpreendente simples. Certamente tal mente pode ter idéias complexas - pode estar pensando, por exemplo, em cálculo infinitesimal, mas a própria mente é uma entidade notavelmente simples. Dawkins confundiu evidentemente as ideias de uma mente (que podem, realmente, ser complexas) com uma mente, a qual é uma entidade inacreditavelmente simples. Então, postular uma mente divina atrás do universo representa um avanço em simplicidade, para tudo que vale.

Outros passos no argumento de Dawkins também são problemáticos; mas eu penso que bastante foi dito para mostrar que o argumento dele não faz nada para arruinar uma inferência do design fundada na complexidade do universo, não servindo em nada para a justificação do ateísmo.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Memorize a Bíblia - 1 1





Série em MP3 de versículos bíblicos, separados por tema, para facilitar a aprendizagem da Palavra de Deus.
Baseada na série sugerida no livro de Tim LaHaye - Como Estudar a Bíblia Sozinho. Baixe e escute no seu MP3 Player, ou no seu computador. Ao todo são 51 temas diferentes.

Tema 1 e 2: Ordenança para se decorar a Palavra & Certeza da salvação (Js 1.8; Mt 4.4; Cl 3.16 e 1Jo 5.11-12; 1Jo 4.13-14; Rm 8.1)
Tema 3 e 4: Obediência - a chave da felicidade & A nova vida em Cristo (Jo 3.17; Lc 11.28; Sl 119.1-2 e 2Co 5.17; Jo 10.10b; Cl 2.6)
Tema 5 e 6: A ordem de testemunhar & A oração diária é essencial (At 1.8; 1Pe 3.15; 2Tm 4.2 e Jo 15.7; Jo 16.24 e 1Ts 5.17)

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terça-feira, 11 de setembro de 2007

Quando os líderes falham 0

Somos salvos, sim, tirados da escravidão do pecado. Temos um tesouro em vasos de barro. Mas todos nós, enquanto homens e mulheres, somos falhos. Nossa carne milita dia-a-dia contra o espírito. Devemos resistir ao diabo (e às tentações) e ele fugirá de nós. Por vezes, entretanto, na nossa vida, deixamos as obras da carne se sobressairem sobre os frutos do Espírito. Alguma grande decepção pode fazer com que nós tenhamos respostas bem pouco espirituais, como se estivéssemos na carne ainda.

Este estudo divide-se em 3 partes principais:

  1. Somos todos iguais perante Deus
  2. Os nossos líderes, inclusive pastores, são suscetíveis a falhas
  3. O que devemos fazer quando nossos líderes não dão bom testemunho

Que diferença há entre um crente e outro perante Deus? Existem pessoas que são mais importantes do que outras?

Deus não faz acepção de pessoas. Isto significa que Deus não se importa se você é rico ou pobre, alto ou baixo, bonito ou feio, brasileiro ou russo, homem ou mulher. Deus o ama da mesma forma. E Ele espera isto de nós também. O corpo é formado por diversas partes, e cada uma delas tem seu valor. “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” - Ef. 4:11-12

Existe diferença entre os novatos e os mais vividos na fé?

Sim. Em diversas passagens, Paulo exorta a não fazermos nada que possa fazer nosso irmão mais fraco tropeçar, se escandalizar ou se enfraquecer; abrindo mão, no caso, da liberdade que temos em Cristo - Rm 14.22.

Devemos sempre aceitar de forma incontestável o que os líderes falam?

Não. Inclusive, Paulo louva os bereanos, pois eles ouviam tudo o que Paulo e os outros falavam e iam conferir na Palavra se as coisas eram realmente assim.

Toda a autoridade é dada por Deus (incluindo presidentes, governadores, prefeitos, o gerente da empresa onde você trabalha, o seu professor, o seu pastor, os seus pais). Isto significa que devemos nos submeter a eles, mas não significa que devemos obedecer incondicionalmente, desobedecendo a Deus, por exemplo. Escute o que é falado e depois confira na Palavra se ela confirma o que foi dito.

Os pastores são uma espécie de crente diferente? Podem errar ou não?

Bom... eles são seres humanos também, não são? Então eles estão na mesma situação que qualquer um de nós. Ou melhor: eles estão numa situação mais complicada ainda do que nós, mais propensos a terem falhas. Quanto mais pressão, tentações ou provações eles passam todos os dias? Além de suas próprias cargas, levam a carga de muitos de nossos irmãos. Esta atribuição é Deus quem dá. Mas lembrem-se: nenhuma provação é impossível de se resistir: Deus nos prova, mas também nos dá o escape.

É claro que um erro de uma pessoa que é responsável por outras influencia muito mais. Uma pessoa que dá exemplo positivo é o que se espera. É errado pensar que se nosso líder, que devia dar o exemplo, falha, tudo o que ele fala é errado e inaceitável. O problema aqui não é o que ele fala estar errado, mas o fato de não se ter mais respeito por ela.

O que acontece com líderes que ‘espalham suas ovelhas’

Jr 23.2 – terão as suas maldades voltadas para si mesmos – recompensa negativa

"Portanto assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR."


Jr 50.6 – Fazem com que o povo esqueça do seu repouso, que é Deus – apostasia.

"Ovelhas perdidas têm sido o meu povo; os seus pastores as fizeram errar, e voltar aos montes; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar de seu repouso."

O que devemos fazer

Confiar acima de tudo em Deus:

Sl 118.8-9: “É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem. É melhor confiar no SENHOR do que confiar nos príncipes”.

Seguir nossa carreira da fé com perseverança, mesmo nas mais variadas provações:

Hb. 12.1-2: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus

Devemos orar pelos nossos líderes, para que possam suportar as provações, arrepender dos seus maus caminhos, e não cair na condenações citadas acima, e para que nós possamos ter nossas mãos santas para orar e adorar:

1Tm 2.1-8: “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo. Para isto fui designado pregador e apóstolo (digo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade. Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda”. Não devemos pedir para que nossos pastores sejam substituídos por outros. A Igreja pertence à Deus, e somente Ele tem autoridade para fazer qualquer modificação neste sentido. Devemos ser perseverantes para suportar as dificuldades que nossos líderes nos impõem, e orar para que se arrependam dos seus caminhos. Devemos confiar que Deus sabe o que faz. Ele agirá no momento certo. E agindo Deus, quem impedirá? Lembrem-se que Deus quer que todos se salvem. Isto inclui os maus líderes, ou os líderes que estão em dificuldades na sua corrida da fé.

Se vemos alguém em erro, como devemos agir?

Em 1Tm 5-1,2, temos que não devemos repreender asperamente as pessoas: os anciãos como a um pai, e os jovens como irmãos, às senhoras idosas como a uma mãe, e às moças como a irmãs, com toda a pureza. E não devemos aceitar acusações sem ter testemunhas. E deve-se repreender-lhes na frente de todos, para que tenham temor (1Tm 5.19,20).

Não estou incentivando ninguém a ficar inerte acerca dos problemas, muito menos ficar fazendo de conta que eles não existem. Se o problema foi pessoal, procure seu líder, explique o que não gostou, e o porquê. Se for o caso, peça perdão, e perdoe. Mas faça com espírito de mansidão. Não tente fazer justiça a seu modo. Lembre-se que a ira humana não produz a justiça de Deus. Tg 1.19-20: "Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus."

Em resumo, não adianta ficar "pulando" de igreja em igreja, nem se magoar e não dar mais ouvidos às palavras do seu líder. Muito menos perder a fé por causa disto. Infelizmente, muitos 'crentes' tem fé nos pastores, e não em Deus. Então, quando aquele falhar, acabam abandonando a igreja. Procure resolver as dificuldades antes de virar as costas para ela.

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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Perseguição religiosa 0

Vídeos no Youtube, elaborados por um grupo cristão, sobre a perseguição religiosa em alguns países, que estão crescendo economicamente, como a China.





Num país onde a perseguição é um fato, ainda há um remanescente fiel do povo de Deus. Aqui no Brasil, onde temos (ainda) liberdade religiosa, muitos de nós estão acomodados, seguros dentro de nossos clubinhos, vivendo impiamente, embora professando seguir a Jesus...
Pergunto novamente: de que lado você está? Dos que anunciam e vivem o evangelho, ou no grupo dos cristãos que só se preocupam com seu próprio umbigo?
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Governo brasileiro define, através de lei, que o cristianismo é crime 1

Brasília, 03 de setembro. Hoje, um novo marco deve finalmente trazer o tão sonhado progresso ao Brasil. Um pacote de medidas foi aprovado na Câmara dos Deputados e seguiu ao Senado, onde fontes seguras afirmam que a aprovação do PL 666/2007 é certa. Após a aprovação, em aproximadamente 30 dias começará a ser aplicada em todo o território nacional. O projeto, antigo anseio da sociedade moderna, traz em seu corpo a extinção de toda e qualquer religião, bem como a criminalização dos seus atos cerimoniais.

Origens

Este projeto nada mais é do que a regulamentação do que a Constituição de 1988 já declarava no seu artigo 19, dando ao Estado uma relação isolada de religião de qualquer tipo. Tal artigo carecia de regulamentação, como podia verificar-se facilmente pela presença de crucifixos nas escolas públicas, o ensino religioso, e também pela existência dos diversos feriados religiosos no calendário.
Uma situação constrangedora se criou também com a crescente onda de homofobia mostrada por certos grupos, que por inúmeras vezes e de diversas formas evitaram a liberdade de escolha sexual dos indivíduos, garantidas por lei, e também prejudicaram as mais variadas formas de expressão artística, seja ela em TV, teatro, manifestações públicas ou imprensa escrita, inclusive na Internet.
Tal situação se agravou ultimamente com a descoberta de vários casos de corrupção, extorsão, sonegação de impostos, abusos sexuais, pedofilia e até suspeitas de assassinato envolvendo líderes de diversas igrejas, de diversas religiões.

Evolução

O projeto objetiva incentivar o desenvolvimento científico do país, hoje classificado como um dos mais improdutivos do mundo. A informação de que o governo brasileiro não investia na ciência não procede, como afirma o Ministro do Desenvolvimento: "- O governo estava com as mãos presas há muito tempo por causa dos grupos religiosos. Não podíamos aprender a trabalhar com a tecnologia das células-tronco, por exemplo. Quantas vidas poderiam ser salvas se deixássemos esta idéia de que os embriões fecundados já são seres humanos!".
"- O Brasil vai experimentar um grande avanço na área da saúde pública, pois poderemos aprovar a lei a favor do aborto, evitando assim que milhares de brasileiras morram por causa dos abortos clandestinos, feitos em condições inadequadas de higiene e segurança. Problemas como a eutanásia não terão mais impedimentos, proporcionando uma morte digna aos pacientes terminais" - diz a ministra da saúde.
A área social também terá benefícios. "- Há uma grande expectativa na qualidade de vida das pessoas. A repressão, que desde a idade média vem podando e limitando a ação das pessoas, finalmente deixará de existir. As pessoas serão mais autênticas, produzindo o máximo de si, já que não mais terão que prestar contas a um ser maior, e sofrer qualquer tipo de condenação após a morte", comenta a psicóloga e socióloga Maria Libertad. "- As pessoas terão uma nova vida, baseada em sua própria satisfação. Isto é a verdadeira liberdade", complementa Maria.

Mudanças constitucionais

Como acontece com rara freqüência, este conjunto de normas vai necessitar de uma mudança estrutural na Constituição Federal de 88. Alguns opositores questionaram a validade de se alterar cláusulas chamadas pétreas (por não serem alteradas nunca). Essas cláusulas são geralmente a base para a criação das leis, que devem sempre respeitá-las. Um dos parlamentares responsáveis pelo projeto afirmou categoricamente que não existe este 'negócio' de imutabilidade. "-Tudo pode ser mudado, desde que seja para melhoria das condições de vida da maioria do povo brasileiro", afirma o parlamentar. Uma das mudanças é a que trata da liberdade religiosa. "- Tudo o que for pernicioso para a sociedade deve ser eliminado. Criamos diversos dispositivos novos para conter e punir adequadamente qualquer manifestação religiosa. A história nos mostra tudo o que a religião pode fazer. Temos as Cruzadas e o atentado das Torres gêmeas que não nos deixam mentir", esbraveja outro deputado.
Outro item controverso será o do direito de reunião, que permite que pessoas possam se reunir, publicamente ou não, para fins pacíficos. A mudança se dará no sentido de que as reuniões não mais serão consideradas pacíficas, mas terão o mesmo caráter de indivíduos se reunindo em milícias, para fins para-militares, ou de perturbação da ordem pública. Especula-se que há a idéia de enquadrar tais ajuntamentos como formação de quadrilha.
Mas o tema que mais chama a atenção é a instituição da pena de morte como pena capital. "- Ela será uma ferramenta e tanto para conseguirmos, num primeiro momento, implantar esta nova ordem. O objetivo, é claro, é criar um 'respeito' maior pela lei, que hoje em dia está tão banalizada e desacreditada", declara o Delegado Federal Moisés Coutinho.

Novos tipos penais

Assim que este pacote de leis for aprovado, teremos novos tipos penais no Código Penal Brasileiro. Os templos religiosos, os centros espíritas, os terreiros de umbanda, enfim, todos os lugares dedicados a atos religiosos serão fechados, suas licenças cassadas e nenhum mais poderá ser aberto. Abrir igrejas será crime como abrir centros de refino de cocaína o é. As igrejas antigas, tombadas pelo patrimônio histórico, serão mantidas, mas não com caráter religioso. Serão apenas objetos de curiosidade acerca da história brasileira, assim como outros tantos itens dos museus.
Qualquer manifestação religiosa será duramente repreendida. A pena para os que declararem sua fé poderá ser de prisão em regime fechado por pelo menos 5 anos, e, dependendo da gravidade das declarações, até mesmo a pena de morte poderá ser aplicada.
Não só os propagadores, mas os ouvintes também poderão ser presos. Segundo os criadores do projeto, essa medida vai auxiliar no controle da comunicação das mensagens religiosas. Algumas alas militares serão mobilizadas para colaborar neste controle, podendo inclusive fazer prisões preventivas, ou para averiguação de informações.
Todo tipo de literatura que fizer apologia a este assunto deverá sair de circulação. Quem for pego com tais materiais, terá o material apreendido, e será preso.

Disque-denúncia

Uma grande dificuldade será fazer uma fiscalização efetiva. Para tanto, o governo vai disponibilizar um centro de informações, que receberá denúncias por telefone, internet e cartas. O denunciante terá sua identidade protegida, afim de assegurar sua proteção. Cogita-se também a hipótese de pagar recompensas em dinheiro para quem colaborar.
O que vai mudar a partir da aprovação deste pacote
  • Não será permitida a propaganda religiosa de nenhum tipo;
  • Templos serão fechados;
  • A prisão e até a pena de morte poderá ser usada para coibir manifestações;
  • Livros religiosos devem ser apreendidos para posterior destruição;
  • Denúncias anônimas ajudarão ao governo na luta contra os religiosos;
Apesar de este projeto de lei parecer, a primeira vista, discriminatório e autoritário, claramente reflete a necessidade atual da sociedade brasileira, que há anos sonha com o desenvolvimento do país, e nos coloca em igualdade com várias outras nações mais evoluídas do mundo.

Fonte: Agência Nacional de Informações.

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Você imaginou, meu caro irmão em Cristo, se tal notícia acima (que por hora é apenas fictícia, mas, mudando algumas coisas, poderia ser bem real), fosse verdadeira? O que você faria? Negaria a Cristo? Morreria crendo e esperançoso? Aceitaria tortura e sofrimento por ser cristão? Ou preferiria negar a Cristo e continuar vivo? De que lado você ficaria?

Mc 8-35: "Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará."



Obs.: Os nomes, a fonte e as declarações são inteiramente fictícias. Mas as idéias contidas nelas, infelizmente, não são tão falsas assim...
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