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sábado, 3 de setembro de 2011

Colocando a ênfase no lugar correto 0



Ide - e fazei discípulos


Texto original disponível em inglês aqui

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Nele... mas não dele” - você está familiarizado com esta frase popular? Ela captura a verdade sobre os seguidores de Jesus. Nós estamos “no” mundo, mas não somos “do” mundo.

Nele... mas não dele”. Sim, sim, naturalmente.

Mas pode este expressivo slogan dar a impressão errada sobre nossa (co)missão neste mundo como cristãos? Você verá, o lema parece dar a entender, nós estamos neste mundo, ai de mim, mas nós precisamos ter certeza que nós não somos dele. Neste esquema, o lugar inicial é nossa desafortunada situação de estar “neste” mundo. Suspiro. E nossa missão, parece, é não ser “dele”. A força está nos movendo para longe do mundo. “Puxa, nós estamos frustrantemente presos neste mundo, mas ordenamos nossas melhores energias para não ser dele”. Esta é uma ênfase que algumas vezes é necessária.

Mas nós faríamos bem em percorrer alguns textos bíblicos. E este em particular faremos bem, em voltar para João 17, onde Jesus está usando esta categoria “no” e “não do”. Então, qual é o sentimento de Jesus sobre esta coisa toda?

As palavras de Jesus

Na véspera da sua crucificação, Jesus ora ao seu Pai em João 17.14-19:

Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.

Não são deste mundo

Perceba que as referências de Jesus aos seus discípulos são “não são deste mundo”. Verso 14: “o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo”. E lá está novamente no verso 16: “Não são do mundo, como eu do mundo não sou”.

Então vamos todos concordar que é claramente o caso que Jesus não quer que seus seguidores sejam “do mundo”. Amém. Ele diz que ele mesmo “não é deste mundo”, ele diz que seus discípulos “não são deste mundo”. Aqui está um bom apoio ao slogan “no... mas não do”.

Para onde está se dirigindo

Mas note que para Jesus não “ser” do mundo não é o destino, nestes versos, mas é o lugar de partida. Não é para onde as coisas estão se movendo, mas de onde elas vêm. Ele não é do mundo, e ele começa dizendo que seus seguidores não são do mundo. Mas Jesus está dirigindo-se para algum lugar.

Entrando no versículo 18: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”. E não perca a (possivelmente) surpreendente oração do verso 15: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”.

Enviados ao mundo

Jesus não está pedindo ao seu Pai para que seus discípulos sejam tirados do mundo, mas ora por eles para que sejam “enviados ao” mundo.

Então, talvez, servir-nos-ia melhor – ao menos sob a luz de João 17 – revisar a popular frase “no... mas não do” desta forma: “não do... mas enviados ao”. O lugar inicial é “não do mundo”, e o movimento é direcionado para ser “enviado ao mundo”. A ênfase recai no envio, com uma missão, ao mundo – não é principalmente sobre uma missão para se desassociar deste mundo.

Crucificado para o mundo – e ressurretos para ele

A suposição é que aquele que aceitou Jesus e está identificado com ele não está realmente no mundo. E agora a convocação é nosso envio – nós somos enviados ao mundo com a missão de fazer o evangelho avançar, fazendo discípulos.

Os seguidores de Jesus não estão somente crucificados para o mundo, mas também ressurretos para a nova vida, e enviados de volta para libertar outros.

Pode Deus ser agradado fazendo com que nossas igrejas que “não são deste mundo” serem mais e mais comunidades que também enviam a este mundo.

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