Pela oração, você intercede por certas coisas e agradece por outras. E por que você age assim? Porque reconhece que Deus é o autor e fonte de todo o bem que já tem experimentado na vida, e de todo o bem que espera para o futuro. Esta é a filosofia essencial da oração cristã. A oração do cristão não é nenhuma tentativa de forçar a mão de Deus, mas um humilde reconhecimento da nossa impotência e dependência.
Quando nos colocamos de joelhos, é porque sabemos muito bem que não somos nós que controlamos o mundo; não temos, portanto, o poder de satisfazer as nossas necessidades pela nossa própria força; tudo de bom que desejamos para nós mesmos e para os outros deve ser solicitado das mãos de Deus, quando o obtemos,se é que o obtemos, será como um presente das suas mãos. Se isso é verdade até mesmo no que se refere ao nosso pão diário (e a oração do Senhor nos ensina que é), muito mais, no que diz respeito aos bens espirituais. Isso tudo é claro e radiante para nós quando oramos de verdade, não importa o quanto possamos contradizer-nos por argumentos posteriores.
Consequentemente, portanto, o que fazemos toda vez que oramos, é confessar a soberania de Deus e a nossa própria impotência. O próprio fato do cristão orar é, assim, prova de que ele crê, sim, na soberania do seu Deus.
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Excerto extraído do livro Evangelização e a Soberania de Deus, de J. I. Packer.
Recomendo também a leitura do texto 6 motivos para orarmos a Deus e do texto Posso convencer Deus de algo?
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