A culpa é sua |
Este tipo de raciocínio é típico do ser humano decaído. Usar uma lógica que minimiza a gravidade do pecado ao mesmo tempo que acusa Deus de ser menos do que perfeito. Quem está minimamente familiarizado com a Bíblia sabe que lá no Jardim do Éden, quando Adão e Eva pecaram, o nosso representante foi rápido em culpar Deus por seu pecado, e Eva tentou esquivar-se da mesma forma, atribuindo a Satanás o seu próprio erro. Como diria o personagem de desenho animado, Homer Simpson, “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”. E este padrão de comportamento tem se repetido, geração após geração, em todos os que nasceram nesta terra. Cada um tem um “Homer Simpson” dentro de si.
O que precisa ser compreendido é que o pecado é uma ofensa. E a ofensa se torna mais ou menos grave conforme o valor ou a dignidade do ser ofendido. Vamos tomar por exemplo o assassinato. Matar uma pessoa de 30 anos é grave. Assassinar uma mulher grávida é horrível. Mas vamos combinar que matar um bebê de 3 meses é muito mais hediondo. Assassinar um traficante de drogas é menos grave do assassinar um chefe de estado, embora ambas as ações sejam, basicamente, pecados. Sabendo que Deus é infinitamente mais puro e santo que um bebê, e infinitamente mais digno e honrado do que o melhor governante, um pecado contra Deus é infinitamente perverso. Um pecado contra um ser infinito, portanto, merece uma punição infinita.
Partindo dos exemplos citados, você perdoaria algum dos assassinos? Vou adivinhar: perdoaria o que matou o traficante. Afinal, é possível sentir certo gosto de justiça feita, e até nutrir um sentimento de gratidão por ele ao poupar futuras vítimas da ação daquele criminoso. Mas aos demais, seria bem difícil, não é mesmo? E se um dos falecidos fosse seu amigo ou parente? Aí sim, perdoar seria inadmissível para a maioria.
Porém Deus tem sido diariamente ofendido por cada uma das suas criaturas. Elas o fazem por ações, pensamentos e desejos. Uma a uma, nós adicionamos impiedade sobre impiedade, condenação sobre condenação. Acontece que nós mesmos somos responsáveis pelo assassinato de Jesus Cristo. A cada pecado nosso fornecemos um prego a mais para ser cravado no corpo do Filho de Deus, pois Ele morreu por causa dos nossos erros. Pense. Muitos acham o pecado divertido. Mas não parece coisa de sádico se divertir com a dor dos outros?
Deus seria totalmente justo em punir eternamente cada ser humano que já viveu. Entretanto, Ele enviou Seu próprio filho para morrer em nosso lugar e pagar por todos os pecados que cometemos. Ele convida cada pessoa a se arrepender, deixar seus caminhos tortos e confiar inteiramente em Jesus Cristo. Quem crer e ser batizado será salvo (Marcos 16.16a). Contudo, que não crer já está condenado (Marcos 16.16b).
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