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sexta-feira, 1 de maio de 2009

O jovem cristão e o sexo - parte final 5



Homossexualismo

O homossexualismo é a prática de qualquer ato sexual entre pessoas do mesmo sexo, sejam elas homens ou mulheres. Hoje em dia o homossexualismo é também denominado homoafetividade, numa tentativa de suavizar o pensamento da sociedade sobre este tipo de comportamento. Muitas pessoas são contra o sexo entre iguais, mas não são contra o afeto entre iguais. Mas, invariavelmente, apesar do jogo de palavras, o ato não deixa de ser pecado diante dos olhos de Deus.

O homossexualismo é claramente errado segundo a Bíblia, tanto no AT( Lv. 18-20) quanto no NT(Rm. 1.26-27). Para quem não considera a Palavra de Deus como sendo divina, já é esperado um tratamento indiferente à Palavra; entretanto, devemos ficar alarmados quando pessoas que se declaram cristãs aprovam ou incentivam esta situação imoral.

O Preconceito

Em primeiro lugar, precisa ficar claro que o homossexualismo é um pecado tão grave quanto qualquer outro, perante Deus, e que serve para condenação tanto quanto a mentira, por exemplo. E nós sabemos que dentro das nossas congregações existem pessoas que pecam diariamente, das mais variadas formas, até mesmo porque eu e você pecamos também, para nossa tristeza. Isto decorre do fato que ainda estamos cercados e influenciados pelo mal, e nosso corpo ainda é corrupto e milita todos os segundos contra o espírito.

Em segundo lugar, devemos sempre estar contra o pecado, seja qual for, independente da escala de gravidade que possamos atribuir a eles, mas não devemos condenar a pessoa que os pratica. Todos estamos no mesmo barco, sejamos nós homossexuais, ladrões, assassinos, mentirosos, desobedientes aos pais, infiéis, invejosos, orgulhosos... Precisamos nos livrar do mal, não das pessoas.

Desta forma, não deve haver lugar para o preconceito dentro do corpo da igreja. Todas as pessoas precisam de salvação, e como disse Jesus, ele veio para chamar os perdidos ao arrependimento, e para curar os doentes, não os sãos. E deixe-me lembrá-los que todos nós, sem exceção, somos doentes e perdidos, até que Deus nos ache e nos cure, pelo maravilhoso e poderoso sangue de Jesus.

Tendências genéticas

Pesquisas recentes demonstram que o homossexualismo pode ser gerado por fatores genéticos que influenciam, por exemplo, a regulação hormonal. Algumas pessoas teriam mais predisposição para se interessar por pessoas do mesmo sexo. Quanto à isso quero dizer que todas as pessoas nascem com predisposição genética para fazer o que é errado. A Bíblia já diz isso há milênios. Acontece desde Adão. O ser humano, após a Queda, nasce pecador. Nem por isso somos menos responsabilizados pelos nossos atos. Muitas pessoas nascem com mais predisposição para a violência; isto não quer dizer que elas não têm culpa alguma se algum dia assassinarem alguém. Outras são mais sexualmente desenvolvidas; mas não é desculpa para adulterar ou se prostituir. Da mesma forma, alguém que tem uma séria tendência a se interessar por pessoas do mesmo sexo não está isenta da responsabilidade de praticar atos homossexuais. Todo vício tem controle; não se pode dar vazão à todo desejo, não somos escravos dele, principalmente quando nos convertemos à Jesus: o Espírito Santo gera um poderoso fruto em nós - o domínio próprio (Gl. 5).

A cultura

Fatores culturais também são usados como desculpas para justificar o comportamento homossexual. Segundo se afirma por aí, o fato da sociedade atual não aceitar o homossexualismo se deve principalmente à preconceitos vinculados a valores antigos, de gerações ultrapassadas e antiquadas. Uma cultura "moderna" deveria aceitar toda e qualquer forma de relacionamento humano, e não ser tolhida por causa de uma moralidade religiosa.

Um dos objetivos do movimento homossexual hoje é quebrar este paradigma, de que uma família só pode ser formada por homem e mulher. E para isto, a mídia tem alçado grandes esforços para influenciar a população da necessidade de aceitarmos este tipo de relacionamento como sendo saudável. É lamentável dizer que estes esforços estão começando a surtir efeito. Pode-se faltar com respeito ao Presidente da República à vontade, mas qualquer tipo de observação contra o homossexualismo torna-se um insulto passível de penalização criminal!

A Lei

Falando-se em lei, o movimento está também pleiteando mudanças na Constituição para fazer valer esta nova relação familiar. Alguns dos seus projetos são a legalização do casamento homossexual e o projeto de lei anti-homofobia.

O projeto de lei anti-homofobia, a PL 122, tem o objetivo de tornar crime qualquer menção contrária à pratica homossexual. Isto permitiria que qualquer pessoa, até mesmo um pregador, que estiver falando contra este assunto poderia ser preso e o material confiscado. Nossas Bíblias não poderiam conter nenhuma referência condenando o homossexualismo!

É claro que isto é um absurdo; idéias não podem ser alvo de censura. Mas o perigo de um projeto de lei destes ser aprovado existe: políticos mal-intencionados podem querer ser "politicamente corretos" e permitir que ele se torne lei de fato, com o objetivo de alcançar votos deste grupo.

O amor é o que importa

Os 10 mandamentos do Senhor se dividem em dois grupos. Os 4 primeiros se referem ao relacionamento adequado entre o homem e Deus. Os outros 6 são instruções de como os homens devem viver entre si. Jesus resumiu estes mandamentos em apenas 2: o primeiro, amar a Deus sobre todas as coisas. O segundo, semelhante a este, é amar aos outros como a si mesmo. Não é a anulação dos 10 mandamentos e a afirmação de 2 novos; é a ampliação dos 10 originais. Amar a Deus acima de tudo implica em fazer tudo o que os 4 primeiros mandamentos explicitam e muito mais. E amar ao próximo como a si mesmo indica tudo o que os outros 6 mandamentos declaram e ainda mais do que isto.

Mas devemos ter cuidado com o que pensamos sobre o amor. Existem os amores naturais, entre eles a afeição (storge), o erótico (eros) e a amizade (philos), e existe o amor divino (ágape). Todos os tipos de amor têm sua origem em Deus, pois Ele é amor. Quando Deus ama, faz o que lhe é próprio. Já o homem, não. Ele tem amor (pois Deus o habilitou para isto) e o manifesta de uma forma ou outra, pois o homem é feito à imagem e semelhança do Pai. Ocorre que o pecado pode deturpar a forma como amamos. Os amores naturais, belos em si mesmos, porém dependentes de um amor maior, tendem a se descontrolar quando esquecemos ou ignoramos que a fonte deles é Deus. Ao invés de amarmos as pessoas, tendemos a 'amar o amor' que temos pelas pessoas. E isto é terrível, porque tudo se torna justificável, inclusive as atitudes mais perversas, pois estamos "amando". Idolatra-se o amor. Como Lewis cita em seu livro Os quatro amores, "quando o amor vira um deus, ele se transforma num demônio". O amor é uma ação, uma atitude; não é o objeto que se deve amar.

Destarte, alguém pode usar esta desculpa (a de que por amor tudo é válido) para justificar o homossexualismo, por exemplo; para justificar pedofilia, para justificar o extermínio de uma vizinhança hostil, justificar o encarceramento de filhos pelos pais, matar alguém por causa de ciúmes ou para tomar-lhe o dinheiro por amar a riqueza... e assim por diante. É fácil perceber as consequências desta filosofia.

Além disto, existe uma priorização do amor. Os dois mandamentos deixados por Jesus não são de importância idêntica. Amar a Deus sobre todas as coisas está acima de qualquer outro amor, inclusive o de amar o próximo e o amor-próprio. Os três amores naturais (storge, eros e philos) são dependentes do amor divino (ágape) não só pela existência, mas também porque ágape limita o raio de atuação daqueles, evitando excessos, para mais ou para menos. Por exemplo: na situação em que alguém se depara entre uma escolha moral de obedecer ao amor de Deus e obedecer a algum amor natural, por exemplo, devemos escolher o amor a Deus; e entre amar (ágape) a Deus e amar (ágape) a uma pessoa, devemos escolher Deus, novamente (Mt 10.37).

Obviamente, o caráter destas escolhas vai determinar se amamos ou não a Deus. A Palavra diz que amamos a Deus quando obedecemos aos seus mandamentos (1Jo 2:3-6; 1Jo 3:24); e diz também que não amamos a Deus quando dizemos "Senhor, Senhor!" e não fazemos o que Ele nos orienta (Mt 7.21,24).

De fato, damos vazão a diversos desejos "em nome do amor". Mas isto não nos isenta do pecado e da culpa. Se nosso Deus nos disse para amá-lo acima de todas as coisas, não vejo nenhuma escapatória.

Por exemplo, eu não duvido que haja realmente amor verdadeiro num relacionamento homossexual. Entretanto, este tipo de relacionamento é proibido por Deus; consequentemente não devo alimentar esperanças de que Deus vai "fazer vistas grossas" a esse comportamento só porque o amor entre os parceiros é verdadeiro. O amor (e a obediência, por conseguinte) à Deus deve ter primazia. Outro exemplo: entre escolher amar mais minha namorada ou namorado e amar mais a Deus, deve-se ficar com esta última opção, pois é a certa e que agrada a Ele. A cada escolha certa que fazemos, nos santificamos; a cada erro, ficamos mais impuros e mais distantes de Deus. Os erros são perigosos, uma vez que ele nos afasta da verdade, evitando que o Espírito Santo nos avise de outros erros. Perceba a seguinte analogia: imagine uma sala cheia de obstáculos que podem te ferir, e você deve movimentar-se por ela. A cada decisão acertada (conforme a lei divina), a sala vai ficando mais clara, e você consegue discernir melhor os obstáculos, evitando machucados. Mas, a cada decisão errada, a sala vai ficando cada vez mais escura e a probabilidade de você se machucar e errar mais ainda aumenta, por avaliar mal o que há à sua frente. Pior ainda: dependendo do ferimento, ele pode ser mortal.

Então, resumindo: cada pecado te afasta mais de Deus, e a cada tentação suportada, Deus se agrada, pois você está amando, e desta vez, amando certo.

Fora dos planos

Deus, desde o princípio, instituiu a família como sendo homem e mulher, e a partir daí, seus filhos. Este é o plano original. O homem deixar seu pai e mãe e unir-se à sua mulher. Não há qualquer opção alternativa válida.

Um relacionamento homossexual nunca vai ser abençoado por Deus, por mais que se tente argumentar a sua validade ou o sentimento envolvido. Trata-se de uma deturpação do objetivo que Deus quis para a humanidade; quis comunhão entre Ele e os homens, mas estes quiseram agir independentemente dEle; quis que o casamento durasse, mas o homem inventou o divórcio; quis homem e mulher formando uma nova família, e o homem resolve inventar outras formas de relação familiar, homem com homem ou mulher com mulher.

Mas há uma boa notícia: Aquele que é poderoso para salvar é poderoso para nos santificar e nos guardar do mal. E Ele não nos deixará desamparados, sem ajuda para vencer a tentação: Filipenses 1.6 - “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” e Judas 1.24-25 - "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e para todo o sempre".
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