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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Porque os programadores deveriam crer em Deus 0



Programar é planejar

Minha formação é em Informática, e nessa esfera que ganho o pão. Desde o primeiro contato com o computador, lá por 1993, 1994, percebi que era vocacionado para a área. Mas a minha compreensão hoje de como tudo funciona é bem diferente daquelas experiências iniciais.

Parecia mágica. Nos tempos do MS-DOS, bastava digitar alguns comandos com nomes às vezes enigmáticos, tipo TREE, TYPE, DIR, MKDIR ou o perigoso FORMAT para que uma série de letras aparecesse na tela. Adorava ficar investigando os programas que havia no micro, e ficava imaginando como estes programas eram feitos.

Matriculei-me numa escola de curso técnico de nível médio na universidade da minha cidade, na época, em tempo integral. Mas as primeiras aulas eram muito básicas, e eu sempre fui um tanto apressado, o que me levou a querer saber além do que os professores ensinavam (as bibliotecárias enjoaram de ver a minha cara de tantos livros de informática que eu lia).

Antes das primeiras aulas de programação, eu pensei que bastaria investigar o conteúdo dos programas para ver como a “mágica” era feita, da mesma forma que eu desmontava os aparelhos eletrônicos lá de casa - para desespero dos meus pais. Só que eu não entendia a linguagem (os códigos) deles. Eu sabia como ver o conteúdo de arquivos de texto, mas não de código de máquina – pensava ser a mesma coisa. E o que eu via era um monte de símbolos esquisitos junto com alguns apitos do auto falante do PC. Estranho isso funcionar, eu pensava! (risos)

Na minha sagacidade de guri, pensei em acrescentar alguma funcionalidade aos programas existentes bastando colocar outros caracteres estranhos no arquivo (!). E assim fui testando. Colocava uma letra ou outra, ou mais de uma, e tentava executar o programa. Às vezes juntava pedaços de um código em outro. E não funcionava – de fato, travava o computador! Descobri logo (olha só que insight) que não era assim que se programava! Não pode ser assim um processo aleatório, ou de tentativa e erro. Deveria existir uma forma mais inteligente de criar um software.
A complexidade é melhor explicada pela inteligência, e não pela aleatoriedade

No tempo certo, chegaram as aulas de lógica de programação e linguagens. Aprendi estruturas de programação, comandos, e vi que para que um programa funcione é necessário projeto. Não há nada de “aleatório” no desenvolvimento de software. Antes, é um processo inteligente de organização de comandos e fluxo de execução que vai permitir ao computador chegar ao resultado desejado pelo usuário. Para felicidade dos meus futuros empregadores, entendi que o caos não gera informação alguma, quanto mais informação útil!

Mas e onde entra Deus nessa história? É simples. Não é necessário crer em Deus para perceber que as coisas a nossa volta não vieram de uma situação caótica por si só; só é necessário um pouco de bom senso. Alguma coisa organizou a matéria para que ela fizesse coisas úteis. Há, é claro, aquela turma que se vê como um grupo de gurus iluminados pela resplandecente benção científica (não que seja científica de fato, mas é o que alegam) e que ensina que complexidade e afinação precisa entre matéria e forças naturais sejam resultado do acaso cego. Parecem com aquele guri que tentava programar inserindo caracteres na confusão!
O mundo foi projetado - e a nossa experiência é evidência disto

Olhando atentamente, dá pra notar que é necessária uma inteligência muito grande para organizar a vida como ela é. Não só isto, mas também é preciso poder para colocar o projeto em prática. E deve ser um ser pessoal para levar a cabo um planejamento. Deve ser justo para nos dar noções de certo e errado que são típicas dos seres humanos. Também é necessário que ele seja misericordioso, para não nos punir quando deliberadamente blasfemamos contra ele ou agimos de forma errada. E deve ter sempre existido, pois é irracional pensar que o nada pode gerar algo. E também não pode ser material, porque a matéria se consome, como sabemos. Por essas definições, o projetista tem toda a semelhança com o Deus cristão, que além de tudo isto, é bom, pois mandou seu próprio filho para morrer em lugar de pecadores e, assim, salvar aqueles que creem.

Portanto, meus companheiros programadores, deixemos de ser meninos e de acreditar em mágica: abram os olhos para ver o grande projeto do nosso Soberano Criador. Ou devo acreditar que seus códigos são fruto de aleatoriedade e tempo?

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