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terça-feira, 1 de junho de 2010

2 anos e fumante 0

Fonte: G1



Semana passada o mundo ficou chocado com imagens que circularam pela internet de um menino indonésio de apenas 2 anos de idade que fuma cerca de 40 cigarros por dia. O horror ficou por conta do fato de que foi o próprio pai do garoto quem o incentivou a prática. Para ele, não há nada de errado com o hábito de fumar, e que o filho é saudável. Ele mesmo é fumante.

Aposto que quase ninguém discute o explícito mal que este homem está fazendo ao seu filho, guiando-o por um caminho que vai lhe trazer prejuízos talvez mesmo a curto prazo. Todos consideram errada esta conduta.

Mas muitos outros atos de pais irresponsáveis não são igualmente criticados pelas pessoas. Um pai que ensina seu filho homem, mesmo com pouca idade, a se insinuar para coleguinhas do colégio, ou que ensina que a violência é um meio legal de se obter o que deseja;  a mãe que compra roupas inadequadas para sua filha, expondo-a mais do que o pudor, o bom senso e a decência aconselhariam, tornando-a alvo de olhares lascivos de outras pessoas; as danças indecentes que mais velhos adoram fazer as crianças executarem; ou ainda aqueles que ensinam palavrões aos seus filhos para que eles não estejam em desvantagem em relação aos filhos dos outros... todos estes atos refletem um comportamento prejudicial aos filhos e que não são igualmente condenados pela sociedade.

Pergunto: qual é a diferença entre estes últimos e o menininho fumante? Ambos não são resultados da licenciosidade dos pais na educação dos seus rebentos? Fumar causa problemas físicos, somos sabedores disto; mas e os problemas de caráter e de moralidade? Não são eles tão ou mais graves? Que tipo de pessoa está sendo criado para o mundo de amanhã?


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Campanha Mundial de Oração 0


Mais uma oportunidade para nós, cristãos, nos unirmos em prol de uma causa nobre. Dia 13 de maio será a estréia de uma campanha de oração de alcance internacional, um apelo para que o mundo encontre arrependimento e ache misericórdia diante de Deus.

A campanha se estenderá do dia 13 ao dia 23 de maio de 2010 e seguirá os moldes utilizados pela igreja primitiva (dez dias que antecedem o Pentecoste são de oração constante, um dia de oração observado por toda a cidade e os dias de benção que se seguem), da seguinte forma:

- dez dias de oração constante (13 a 22 de maio);
- comemoração do Dia Mundial da Oração (23 de maio);
- noventa dias de oração (24 de maio a 21 de agosto).

Mais informações, material publicitário, notícias, downloads e outros podem ser obtidos no site http://www.cmo.org.br.

Que Deus seja louvado e honrado por nossas atitudes!

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dia internacional do livro - 23 de abril 0

Dia mundial do livro

Aniversariante desdenhado

Hoje, 23 de abril, comemoramos o Dia Internacional do Livro. A data é uma homenagem a dois famosos escritores, Miguel de Cervantes, autor de Don Quixote, e William Shakespeare, autor de, entre várias outras obras, 'Hamlet' e 'Romeu e Julieta'.

Infelizmente, o aniversariante é daqueles pouco populares, que fazem festa de aniversário e ninguém vai. O salão é bem decorado, com muita imaginação, e a comida é tão deliciosa que aqueles que a experimentam falam sobre ela anos a fio. Todos são convidados, mas poucos gostam do anfitrião. Pobre livro, tão rejeitado tu és.

Analogias a parte, o hábito da leitura não tem sido bem cultivado na educação brasileira atual. Parece-me que esta atividade ficou restrita àqueles que não são esteticamente belos ou que possuem dificuldades no trato social. Muita importância para a embalagem e pouca à estrutura, ao conteúdo. Nós, brasileiros, temos sido bons marketeiros, mas péssimos engenheiros.





Leitura não é só um exercício para nerds, mas para todos que tem um cérebro
Leitura não é só um exercício para nerds, mas para todos que tem um cérebro



Leitura só por obrigação

Segundo um levantamento feito em 2007 pelo Instituto Pró-Livro, a média de leitura do brasileiro é de apenas um livro por ano. Dentro do contexto universitário, a quantidade aumenta, embora justificado pelas exigências acadêmicas obrigatórias.

Como resultado deste relaxamento com a leitura, nós temos hoje muitos que sabem ler, mas não entendem o que estão lendo. Chamamos de analfabetos funcionais. Popularmente, também são conhecidos por 'leitores de título', já que o interesse se acaba assim que passam 3 ou 4 linhas após o título que adorna um texto. Da mesma forma que a preguiça promove a falta de exercício físico, e esta responde pelo aumento da primeira, assim a preguiça mental promove a falta de interesse em livros, sendo que esta gera ainda mais latência mental. Preferem esperar que a história de um livro seja contada em filme. "Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem" já dizia Mário Quintana.

Mário Quintana sabia do que falava
Mário Quintana sabia do que falava...






Nem toda leitura vale a pena

Já houve épocas em minha vida onde pensei que toda a leitura valia a pena. Ainda continuo pensando assim, em certo sentido, como um exercício. Entretanto, todo livro, por pior que seja, tem uma ideologia. Pessoas não treinadas na leitura e interpretação são facilmente confundidos. Não conseguem discernir entre a boa e a má literatura. Existem os dois tipos, como praticamente todas as coisas no mundo. E é ilusão pensar que uma filosofia estampada nas páginas de um livro não influenciam aqueles que o leem. Mentes devem absorver informação como esponjas, sim, mas creio que todas elas devem estar devidamente catalogadas e organizadas em certas categorias mentais. Milhões de palavras em páginas de papel amontoadas em um quarto escuro não são nem um pouco úteis, assim como aceitar quaiquer idéias como dignas de igual crédito. Melhor trabalhador não é aquele que possui maior quantidade de ferramentas, mas aquele que sabe usar as que tem.

Nem toda leitura vale a pena
Cheiro de livro novo é delicioso



Leitores cristãos

Mas felizmente eu noto que o povo cristão, mais notadamente o evangélico, extrapola esta média. Nós lemos mais que as demais parcelas da sociedade. Interessante que, por vezes, somos discriminados por uma pretensa ignorância que nos seria comum. Como todos os grupos sociais, há pessoas assim no nosso meio. Mas é a exceção da regra. Não só lemos como escrevemos mais. Falamos mais. Somos bem articulados. Quem quiser visite a UBEBlog e a comunidade virtual de blogueiros evangélicos e conheça vários pensadores cristãos que estão fazendo a diferença.

Cristãos são incentivados à leitura desde muito cedo
Somos incentivados à leitura desde muito cedo



Entendo que um Dia do Livro a se comemorar seria aquele que as pessoas comemorassem como o dia das mães. Como? Amando nossas mães e lendo nossos livros, todos os dias do ano.


"Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas" - Mário Quintana.


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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Deus se irrita com ignorantes? 0


Continuação das perguntas feitas no livro 'The necessity of atheism', de Percy Bysshe Shelley. Partes anteriores: Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta Sexta.

Se ele é razoável, por que ficaria irritado com os pobres ignorantes a quem deu a liberdade de não serem razoáveis?

Certamente, Deus é um Ser racional, pois ele criou o mundo que funciona através de leis, perfeitamente ordenadas para que tudo funcione, desde o sistema biológico de uma bactéria e de seres vivos mais complexos, incluindo o ser humano, até o controle de todo o sistema do universo, de forma magistral. Nada escapa ao seu controle, e tudo o que acontece tem, no mínimo, sua permissão. Ele sabe o número de fios de cabelo que temos em nossas cabeças, não evitando que eles caiam, embora tenha poder para isso, se quisesse. Tudo está dentro do seu soberano propósito.

Os homens não são pobres ignorantes. Todos os homens, de uma forma ou de outra, tem como saber da existência de um Ser superior que é o Criador de todas as coisas a quem devemos a nossa existência. Além da revelação na natureza, dispomos também da sua revelação especial, que ocorreu através de Jesus Cristo e de todas as palavras ditas através dos seus profetas.

Não ver, não ouvir e não falar de Deus certamente não fará Deus deixar de existir...



A ira de Deus recairá sobre muitos, não por serem irracionais, mas por racionalmente e voluntariamente desejarem afastar-se dEle. A questão é a escolha.

***
Por Leandro Teixeira, 2010


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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Posso convencer Deus de algo? 0

Deus é Rocha Eterna imutável
Continuação das perguntas feitas no livro 'The necessity of atheism', de Percy Bysshe Shelley. Partes anteriores: Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta.

Se ele é imutável, por que a pretensão de querer que mude suas decisões?

Certamente, Deus é imutável. Porque eu, o SENHOR, não mudo (Mal 3:6a). Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1:17).
Entretanto, por vezes vemos na Bíblia Deus mudando a sua ação. Como exemplo, podemos citar em Êxodo 32.4-6, enquanto Moisés recebia a Lei de Deus no monte, o povo construiu um bezerro de ouro e o adorava, enquanto Moisés se demorava. Deus disse que destruiria o povo e faria de Moisés uma grande nação (Ex. 32.10). Entretanto, ele intercedeu pelo povo, pedindo que abrandasse sua ira. O resultado pode ser visto no versículo 14: “Então se arrependeu o Senhor do mal que dissera que havia de fazer ao povo”.

Existe argumentação racional sobre a imutabilidade de Deus? Há pelo menos 3 possíveis explicações para este atributo divino.

1.) Para que alguma coisa mude, algo deve ser feito numa ordem cronológica. Deve haver um “antes” e um “depois” no tempo, pois o tempo é isto: uma sucessão de situações anteriores por situações posteriores. Mas Deus está fora do tempo cronológico. Para Ele, não há como existir uma série de “anteriores” e “posteriores”, não podendo mudar, portanto, já que para a mudança é necessário um “antes” e um “depois”.

Exemplo da passagem do tempo

2.) Toda mudança envolve uma alteração para melhor ou para pior. Mudança que não resulte em modificações não é mudança em sentido algum. Ou alguma coisa não existente até então é obtida, ou algo que se tinha é perdido. Mas se Deus é perfeito, ele não precisa de nada. E se Ele perdesse algo, deixaria de ser perfeito. Logicamente, Deus não muda.

Toda mudança implica em alterações, adicionando ou retirando partes

3.) Quando alguém muda de idéia, é porque recebeu uma nova informação da qual não tinha conhecimento anteriormente, ou as circunstâncias mudaram e agora requerem uma nova atitude. Mas, se Deus mudou de idéia, não deve ser porque recebeu uma informação que desconhecia até então: Ele é onisciente, e sabe todas as coisas (Sal 147.5). Mas se as circunstâncias mudaram, Deus pode se reposicionar de acordo com esta nova situação. Isto não significa que Deus mudou de idéia, mas que o relacionamento dEle com a nova realidade é diferente.

As circunstâncias podem fazer com que os posicionamentos mudem...

Foi o que aconteceu com os israelitas ao pé do monte, citado no começo desta postagem. Deus executaria seu juízo contra o pecado deles, como resultado de sua justa ira. Mas Moisés intercedeu junto ao Senhor. E a ação de Deus àqueles que o invocam é o de misericórdia. Antes de Moisés orar, Israel estava sob o juízo de Deus. Após a súplica, ficaram sob a misericórdia dEle. Não foi Deus quem mudou; mas as circunstâncias, sim.

Quando a Palavra disse que Deus se arrependeu, está se usando um forma de linguagem chamada antropomórfica. É um jeito ‘humano’ de se mostrar algo que o divino realizou. Foi uma forma figurativa de dizer que a intercessão de Moisés teve êxito em mudar o relacionamento de Israel com Deus.

Fonte utilizada: Norman Geisler e Thomas Howe - Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia


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quarta-feira, 14 de abril de 2010

O ungidão intocável da fé 0

“Não toqueis no meu ungido”. Alguma vez já te deparaste com algum líder da igreja que pronunciou tais palavras sobre si mesmo? Provavelmente sim, e ainda mais provavelmente num contexto de obediência incontestável a ele. São os intocáveis da fé, que não reconhecem de forma alguma estar errados e nem admitem correção de quem quer que seja.



Ora, esta ‘doutrina’ não é nova. Não há nada de novo debaixo do sol. O papa da igreja católica, por exemplo, dizem ser munido de infalibilidade: tudo o que ele pronuncia é a verdade absoluta, tal como Deus a pronunciaria. Aliás, talvez seja esta a pretensão deles.

Tudo que ele fala é verdade absoluta, mesmo quando contraria outros papas...

Lembro-me de ter assistido a uma entrevista com um cardeal brasileiro à época da escolha deste último papa. Ele declarou que a escolha papal era um ato importantíssimo, já que ele seria o ‘novo Jesus Cristo na terra’. Que graça, não é? Este “Jesus” autoproclamado tem onde reclinar a cabeça. E ele anda bem perto de cruzes, mas nem passa pela sua cabeça ficar pendurado numa delas. O cálice é afastado de si, mesmo que fosse a vontade de Deus tomá-lo.

Mas esta não é uma situação isolada. Acho que todo ser humano que disponha de algum tipo de poder pode ser assediado pela inquestionabilidade. Todos almejam serem reis, mas ninguém quer ser servo!

Todos querem ser rei













'Rei' Roberto ;)















'Rei' Pelé ;)

Tem alguns que acham até mesmo que são deuses!















"Se Pelé é rei, então eu sou deus"

















Maradona tem estátua e até uma igreja na Argentina

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Vamos, agora, ver o que Jesus (o verdadeiro) tem a falar sobre este assunto. Em Mateus, nos versículos 9 e 10 do capítulo 23, está escrito:

E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.

Não. Não quer dizer que não devemos chamar nosso pai terreno de pai. Honrar pai e mãe para que se prolonguem teus dias sobre a terra... Lembra-te? Não é este o sentido que Jesus usa aqui; avaliaremos a expressão ‘pai espiritual’, aquele que é o mentor, ou instrutor, do ensino religioso de alguém. Duas passagens, uma do Antigo Testamento, e outra do novo, cito para ilustrar o período:

O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. (2Rs 2:12)

Porque ainda que tivésseis dez mil aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; porque eu pelo evangelho vos gerei em Jesus Cristo. (1Co 4:15)

Elias foi o ‘pai’ espiritual de Eliseu, assim como Paulo foi ‘pai’ de muitos outros, como, por exemplo, Timóteo (2 Tm 1.2). Mas cuidado. Jesus não está condenando o fato de termos mentores espirituais, mas sim de considerá-los infalíveis. Veja o contexto da passagem do capítulo 23 de Mateus. A hipocrisia dos fariseus e escribas é destacada com cores muito fortes. Inclusive Jesus fala que eles ‘se assentaram na cadeira de Moisés’. Ora, Moisés foi o grande legislador de Israel, que Deus usou para trazer a Sua Lei ao povo. Agora, escribas e fariseus ditam normas e regras que o próprio Senhor avisou não acrescentar (Dt 12.32) e, além de não entrarem no Reino de Deus, não deixam os outros entrar (Mt 23.13).

Paulo confirma esta asserção quando diz para seus seguidores serem seus imitadores, tal como ele imita Jesus (1Co 1.11). Em resumo: devemos respeito aos nossos líderes espirituais, como recomendado pelo versículo abaixo, mas não devemos considera-los infalíveis. Obediência incondicional e reverência só devem ser prestadas a Deus, o nosso Pai Celestial.

Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina (1Tm 5:17)

Além do mais, todos os crentes são ungidos pelo Espírito Santo (1Jo 2.20;27)! Uma única unção. Não existe um crente 'mais ungido' do que o outro. Esta história de ficar ungindo pra 'isto', pra 'aquilo', é invenção. Confirme em 2Co 1.21-22.

O que você pensa sobre este assunto? Você conhece algum "intocável" da fé?


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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Os deveres do rei 0



Em tempos de ano eleitoral, sempre é bom termos um referencial bíblico pelo qual podemos julgar determinados candidatos. Nesta postagem, citarei o tipo específico de governante que Deus queria que Israel tivesse no momento em que o povo se levantasse para escolher um. Diz a passagem em Deuteronômio 17:

Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o SENHOR teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos (Deu 17:15)

O Senhor desejava que este rei viesse do povo de Israel, e não algum estrangeiro. Nossa constituição prevê que somente pode se candidatar a um cargo eletivo quem for brasileiro ou naturalizado brasileiro. Outra aplicação deste versículo é a de que devemos escolher alguém que seja do nosso povo, ou seja, alguém que seja cristão, já que ele deve representar todo o povo que ele governa, e fazer valer os seus direitos e deveres, com justiça e amor.

Porém ele não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos tem dito: Nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si (Deu 17:16-17)

Deus não queria que a primeira coisa que o governante fizesse fosse cuidar dos seus próprios interesses. O rei deveria cuidar do povo, e não utilizar sua posição para se distanciar dos seus compatriotas. Infelizmente, hoje os governantes tristemente preocupam-se em encher as suas próprias casas de dinheiro, em busca dos seus próprios prazeres, deixando que o povo pereça com a má distribuição de renda. Mesmo nos tempos bíblicos podemos ver que as atitudes dos reis de Israel foram justamente estas.

Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu Deus, para guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para cumpri-los; Para que o seu coração não se levante sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; para que prolongue os seus dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel (Deu 17:18-20)

Que bom seria se todo governante que se levantasse neste país seguisse as recomendações bíblicas no seu governo! Teria um inabalável fundamento no qual basearia todo o seu programa de governo, alcançando justiça e paz! Fortaleceria o seu caráter e contaria com a sabedoria divina para melhor dirigir o povo que lhe deu o voto de confiança.


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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Postagens mais lidas do mês de março 0



Graças a Deus, este blog tem sido útil para seus leitores. Muitas discussões frutíferas surgiram de temas polêmicos e, de uma forma ou outra, serviram para edificação, tanto minha quanto a dos leitores.

Listo abaixo as 15 postagens mais lidas do mês de março. Oportunidade para relembrar (ou ler pela primeira vez) alguns assuntos já discutidos aqui.

1. Tipos de amor na Bíblia
2. O que é servir à Deus?
3. Lascívia
4. Livros que você não pode deixar de ler...
5. Ananias e Safira
6. Resumo do livro - Romance à maneira de Deus
7. Deus ouve a oração de pecadores?
8. O barbeiro e Deus
9. As misericórdias do Senhor duram para sempre
10. Castração química para crimes sexuais
11. O jovem cristão e o sexo - parte final
12. Todos somos filhos de Deus?
13. A matança dos cananitas
14. O amor próprio do cristão
15. O hábito da leitura




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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Brasileiros acreditam na evolução guiada por Deus 0



De acordo com pesquisa Datafolha divulgada esta semana, para 59% da população brasileira a evolução humana se deu através de milhões de anos guiados por um ser supremo. O levantamento investigou as convicções da população sobre a origem e o desenvolvimento da espécie humana.

Apenas 8% dos brasileiros acredita que a evolução acontece sem interferência divina. Por outro lado, a pesquisa mostra que uma em cada quatro pessoas acredita na teoria de que o homem teria sido criado por Deus há menos de 10 mil anos.

Os resultados obtidos seriam semelhantes aos da Europa, já que pesquisas mostram que lá o número de criacionistas se aproxima dos 20%. Já em relação aos EUA, observa-se um forte contraste, uma vez que os números obtidos mostram que 44% da população é de criacionistas puros, enquanto que os que acreditam em uma evolução guiada por Deus são 36% e os evolucionistas são 14%

O Datafolha ouviu mais de 4 mil pessoas maiores de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Agência Unipress Internacional
M.V

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Observações sobre a notícia:

Não importa se são os teístas ou os ateístas que defendem a evolução (leia-se, aqui, macroevolução). Ambas as formas de evolução das espécies, incluíndo Deus ou não na hipótese, esbarram nos mesmos problemas. Não existem evidências suficientes para provar que a evolução aconteceu. Por exemplo: hoje ainda os evolucionistas dizem procurar os tais 'elos perdidos'. Mas estes elos simplesmente são um engodo, porque é necessário que exista uma corrente. O registro fóssil não aponta de forma alguma a transição de algum ser vivo para outro. Aliás, o próprio Darwin declarou que se a teoria dele estivesse certa, estes fósseis seriam encontrados. 150 anos se passaram e o que se sabe é que a teoria da evolução só é considerada ainda por pura teimosia e falta de coerência dos seus defensores.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

A origem do senso de justiça 0


Para os evolucionistas, a existência do senso de justiça é um mistério. Qual seria a vantagem biológica de se agir de forma cooperativa e justa com estranhos? As três teses mais comuns são que este senso está relacionado aos nossos ancestrais; a que considera como uma construção cultural; e a que atribui à religião.

Joseph Henrich, pesquisador da universidade de British Columbia, realizou um estudo com o objetivo de testar as teses. Para o estudo, foram recrutados 2.148 voluntários de 15 pequenas comunidades, como os Dolgan (caçadores da Sibéria), os Hazda (nômades da Tanzânia) e os Sanquianga (pescadores da Colômbia).

Os voluntários foram convidados a participar de uma série de testes que envolvem noções de justiça. Um deles, por exemplo, intitulado “jogo do ditador”, consiste em selecionar dois participantes que não se conhecem e dar a um deles uma quantia em dinheiro com a condição de que este dê algum valor para o outro. O ditador era livre para escolher o quanto.

Segundo os resultados, o senso de justiça seria uma construção cultural. Os voluntários que viviam nas comunidades com menos comércio tiveram uma tendência a ser mais injustos. A religião também parece ter uma influência na questão. No jogo do ditador, por exemplo, as ofertas dos participantes religiosos foram, em média, 10% maiores do que as dos participantes ateus.

Fonte: The Economist. Via Opinião e Notícia.

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Observações sobre a notícia:

Totalmente questionável é o resultado desta pesquisa. Primeiramente, ela não é uma situação real. Os voluntários na pesquisa estão influenciados, por causa do observador, a agir, às vezes, de forma adversa a que teria em um ambiente diferente. Resultados do laboratório divergirão de resultados externos. E a noção de justiça não é derivada exclusivamente do dar ou não dinheiro para alguém. Mesmo este ato pode ter aplicações diferentes em situações diferentes. Uma pessoa pode dar mais dinheiro para alguém se achar que ela teria mais necessidade, como se ela precisasse para um tratamento médico, por exemplo. Ou daria menos (ou nada) se soubesse que ela usaria para se drogar.

Outra crítica que pode ser feita à pesquisa é que ela trata de como as pessoas agem (descrição dos atos morais), e não de como elas deveriam agir (prescrição dos atos morais). O que o pesquisador fez foi um estudo sociológico; não diz nada sobre a origem da moralidade. Os resultados obtidos distam tremendamente dos objetivos propostos.

Além disto, há um terceiro 'senso de justiça' infliltrado na pesquisa: o do pesquisador. Segundo ele, pessoas advindas de uma determinada situação seriam mais injustas do que outras. Gostaria de saber porque ele acha que a opinião dele tem mais peso do que a dos indivíduos avaliados. É Deus que fornece o fundamento último sobre moral e ética.

Porque o mandamento é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida (Prv 6:23)

Ensina-me bom juízo e ciência, pois creio nos teus mandamentos.
Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus estatutos.
A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples.
Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.
A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a verdade.
Há muito sei eu dos teus testemunhos que os fundaste para sempre.
A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre. (Sl 119.66,68,130,137,142,152,160)


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segunda-feira, 15 de março de 2010

Deus e a lagartixa 0



Este fim de semana minha esposa juntou algumas roupas para lavar na máquina. Ao colocá-las lá dentro, percebeu que havia uma pequena lagartixa presa no interior da mesma, mas ainda viva. Obviamente, tentou retirá-la, primeiramente com a mão. Na tentativa, seu rabo se soltou do corpo, escapando da minha esposa (depois fui pesquisar e descobri que isto é uma forma que a lagartixa - e outros répteis - tem de se defender). Já na segunda tentativa, a Di tentou enrolá-la na roupa e, então, chacoalhou do lado de fora da máquina. Depois de muito balançar, e nada de ver ela cair, olhou a roupa com cuidado e percebeu que a lagartixa estava segurando firmemente no tecido. Que bichinho teimoso! Ao final, ela conseguiu fazer com que o animalzinho saísse pela parede, janela do apartamento afora.

Este acontecimento me fez lembrar que às vezes Deus faz a mesma coisa conosco. Tenta nos salvar de algum perigo iminente, mas nos recusamos a receber Sua ajuda. Quer nos dar uma vida melhor, mas insistimos em permanecer com o que temos e o que somos. Brigamos com Deus e, não raramente, nos machucamos neste processo, da mesma forma que a lagartixa perdeu partes do seu corpo. Deus nos leva para lugares mais seguros, mas, mesmo assim, nos agarramos com unhas e dentes naquilo que dispomos no momento. Não sabemos que o que estamos vivendo naquele momento virá a ser algo bom.

Deixe, pois, ser tratado pelo Senhor e ser levado para uma situação de refrigério. Não resista ao Todo-Poderoso. Ele quer te salvar!

E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rom 8:28)

Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? (Rom 8:31)





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sexta-feira, 5 de março de 2010

A verdadeira religião - carta de Tiago - parte 2 0


Fé constante e firmeza de ânimo


Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos (Tg 1:5-8)

A parte 1 pode ser acessada aqui.

Ao sermos alvos da salvação provida por Cristo, Deus começa a trabalhar em nossas vidas. Esta é uma das evidências que podem ser mostradas para os ímpios (e até mesmo para os cristãos) que de alguém foi salvo pelo poder do Senhor. Nosso Pai é poderoso para mudar não só circunstãncias, mas mudar a índole das pessoas. É por isso que os crentes produzem bons frutos, e estes permanecem (Jo 15.16).

Deus quer que sejamos perfeitos, e Ele vai continuar a obra até o dia em que deixaremos este tabernáculo terrestre (Fp 1.6). Muitos aperfeiçoamentos vem através das provações que enfrentamos todos os dias, as quais foram objeto do texto anterior. Mas outros advêm do nosso relacionamento com o Senhor. Deus quer que peçamos, para que tenhamos alegria completa (Jo 16.24). Ele deseja que “sejamos completos, não tendo falta de coisa alguma” (Tg 1.4) e, assim, atingirmos “a estatura de Cristo” (Ef. 4.13). Neste segundo texto vamos estudar outros tipos de aperfeiçoamento, que adquirimos através de nossos pedidos, das nossas orações. Tiago cita, por exemplo, a dádiva da sabedoria. Todo aquele que não dispõe suficientemente dela pode alçar uma oração ao Pai e Ele a dará.

Entretanto, vou fazer uma digressão para explicar melhor sobre que sabedoria devemos pedir, para diferenciá-la do conhecimento comum que todos dispomos, em maior ou menor grau. Como paradigma, usarei a própria carta de Tiago, nos versículos 13 a 18 do capítulo 3, que pontua dois tipos de sabedoria, a saber: “a que vem do alto” e a “terrena, animal e diabólica”. O texto está disponível nesta outra postagem, devido ao seu tamanho, que ficou um pouco inadequado para um blog. Recomendo a sua leitura antes de continuar.

Então, roguemos ao Senhor que nos abençoe com Sua incomparável sabedoria. Usemos de nossa fé.

A fé não substitui os nossos cinco sentidos: antes, é como um sexto; ou, ainda, é algo que faz transcender os demais. Faz-nos ver mais do que os nossos olhos mostram; ouvir mais que sons; sentir mais do que sensações. Foi um dos sentidos, creio, que foram prejudicados na Queda. Perdemos nossa ligação com o Criador, nossa base segura. O chão desapareceu debaixo dos nossos pés e achamos que andamos firmemente sobre ele. Vivemos todos com uma espécie de sombra no nosso encalço, que, ao virarmos para olhar, nada conseguimos ver. Há uma insegurança, um determinado tipo de necessidade que não há como suprir. Alguns tentam substituí-la com álcool, drogas, sexo, dinheiro, filosofias diversas... Mas ela sempre está lá, sorrateira, exigindo nossa atenção. É uma sede que nunca é saciada. O eco da vida eterna. É o grito da nossa dependência de Deus.

Prosseguindo no nosso tema, percebemos que a fé é um fator distintivo na vida de um crente. Aquele que professa ser cristão mantém sua lamparina sempre bem cheia de combustível. “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Orar a Deus sem crer que Ele exista é tão insano quanto querer abrir portas com “abracadabra”, ou esperar algo de alguém que não existe ou que já partiu há muito tempo. “É galardoador dos que o buscam”, pois “se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos (1Jo 5:15)”.

Há aqueles, entretanto, que não estão aperfeiçoados na fé. São os de ânimo dobre. Usando uma expressão popular, “acendem uma vela para cada santo”. São como o povo de Israel já foi, adorador do Deus verdadeiro, mas que mantinham armados seus altares para os deuses estranhos. A idolatria sempre foi um grande mal na vida da nação judaica, e dentro das congregações hodiernas podemos encontrar alguns exemplares que cambaleiam entre o Senhor e as pitonisas de En-Dor (1Sm. 28:7-25). Não há meio de conjugar cristianismo com astrologia, nem espiritismo com ressurreição, tampouco Cristo com Buda. “Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa”.

“Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também” (1Co 8:6).

“Porque andamos por fé, e não por vista” (2Co 5:7). Se o crente anda somente pelo que vê, andaria como os que estão perdidos ainda. Como diz o ditado “há mais coisas entre os céus e a terra do que imagina nossa vã filosofia”. Sem fé, não as vemos, e ignorar a existência delas não auxilia nem faz com que elas deixem de existir. Pela graça de Deus, Ele refez a ligação que foi perdida no Éden e podemos andar com passos largos pelo Caminho. Se esta ponte não fosse restaurada por Deus, ninguém a faria. Só o Senhor sabe onde ficam os firmamentos. O crente, então, confia na Sua bondade revelada. “Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia” (Sl 34:8).

Ninguém crê em algo que não conhece. Há uma relação direta entre crer e conhecer. Quanto mais sabemos do nosso Senhor, a fé é proporcionalmente aumentada. “Aumenta-nos a fé”, disseram os apóstolos em determinado momento (Lc 17). O que Jesus fez? Deu-lhes uma lição sobre como a humildade precede as bênçãos. Quando submetemos o nosso ego ao senhorio de Cristo moldamos a nossa vida à dEle. O conhecimento de Deus e da Sua Palavra fornece sustentação para a fé. Deus não quer que o obedeçamos cegamente – Ele quer relacionamento profundo.

Penso que dei um vislumbre de outro aspecto da religião verdadeira. A fé que vem do Deus verdadeiro não esmorece, nem acaba. Podemos, vez por outra, sentir que Ele esteja longe. Mas nunca que Ele não exista. Em alta voz talvez digamos “Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste”; entretanto, não fazemos como o ímpio: “não há Deus”. Nem a morte pode nos separar do amor de dEle (Rm 8.38). Jó disse uma vez “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó  13:15). Esta é uma característica marcante do Cristianismo: ter a certeza que Deus é o autor e mantenedor da vida – ela lhe pertence. Tal consciência está bem arraigada naqueles que O conhecem. A soberania de Deus não é questionada; antes usufruímos dela para passar por todas as situações adversas que são postas diante de nós. Rendemos nossa vida por Ele. Mártires da fé como Estevão (Atos 7) exemplificam o que eu quero dizer.


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Algum de vós tem falta de sabedoria? 0


Na continuação do texto sobre a Verdadeira Religião, percebi que o texto estava além do tamanho adequado à uma postagem. Preferi, desta forma, dividá-la em duas partes. Esta parte, especificamente, trata dos dois tipos de sabedoria descritos por Tiago em sua carta.

Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. (Tg 3:13-17)

O que é a sabedoria “terrena, animal e diabólica”? É terrena porque trata-se daquele tipo de conhecimento que obtemos com a nossa própria experiência de vida e pela observação do comportamento das outras pessoas. Em tese, todos nós seremos muito mais sábios ao final da nossa vida que no começo. Este tipo de sabedoria nos é muito útil por permitir a possibilidade de qualificar nossa experiência com o conhecimento dos antigos. A Bíblia, por exemplo, nos incentiva a este tipo de comportamento:

Prv 11:14  Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.

Prv 15:22  Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem.

Prv 24:6  Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.

Quando Moisés estava iniciando sua peregrinação rumo à Terra Prometida, Jetro, seu sogro, lhe sugeriu uma melhor forma de administrar as atividades judiciais necessárias para a organização do povo. Foi um sábio conselho que permitiu a Moisés dispor do seu tempo para as obrigações de ordem mais elevada, delegando poder para que os anciãos do povo resolvessem assuntos de importância menor (Ex. 18).

Entretanto, este tipo de sabedoria não é necessariamente bom. Numa sociedade ímpia, a “multidão de conselheiros” pode lhe render péssimas ideias. A sociedade brasileira atual, por exemplo, tem uma visão bastante distorcida do ideal de família; por conseguinte, não seria uma boa conselheira em questões de fidelidade e respeito, nem na educação de filhos.

Outra forma de ver uma aplicação errada da experiência humana pode ser resumida em uma filosofia chamada pragmatismo. “Uma pessoa pragmatista vive pela lógica de que as ideias e atos de qualquer pessoa somente são verdadeiros se servem à solução imediata de seus problemas” (v. Wikipédia). Se alguém está com problemas financeiros, e através de alguma ilegalidade conseguiu obter dinheiro sem ser punido, então ele considera sua ação como verdadeiramente boa. Esta filosofia é claramente errada pela ótica bíblica.

Outro adjetivo para este conhecimento é “animal”. Ora, qualquer um que tenha convivido algum tempo com animais de estimação sabe que eles podem aprender a fazer coisas com o tempo. Cães não urinam em locais onde antes o fizeram e foram “castigados”. Minha sogra tem um cachorrinho que toda vez que ela diz “vai fazer xixi”, ele sai correndo para o portão da garagem a esperando para abrir. Aliás, por causa desta aprendizagem é que os animais podem ser adestrados. Pela própria experiência eles vão se tornando “sábios”. Algumas pessoas até mesmo confundem a habilidade que os animais tem de aprender como um indicativo que são de alguma maneira “aparentados com os humanos”, como fazem de forma ingênua os evolucionistas.

Tiago também nos informa que este tipo de sabedoria é diabólico. Isto não quer significar que toda a sabedoria dos séculos de existência humana é intrinsecamente má, mas que o próprio inimigo das nossas almas aprende da mesma maneira que um ser humano. Por isto é que se diz que o Diabo é astuto pela sua antiguidade, e não por ter um conhecimento sobrenatural inato, tal como Deus. O livro de Jó, no seu capítulo 1, descreve uma cena onde Deus pergunta a Satanás “Donde vens?” E Satanás respondeu ao SENHOR dizendo “de rodear a terra, e passear por ela”. Milhares de anos observando a humanidade lhe deram muita experiência para levar destruição à vida das pessoas.

Tiago ainda acrescenta que a sabedoria terrena é facilmente corruptível pelos desejos humanos. Ele diz: “se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade”, “Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa” e “Essa não é a sabedoria que vem do alto”.

Não é este tipo de sabedoria que facilita a nossa passagem por provações e nem o tipo que Tiago incentiva-nos a buscar do Senhor.

Como é a sabedoria que “vem do alto”? A Palavra diz que ela é, primeiramente, pura. Significa que não há qualquer dubiedade de propósito; não há nenhuma mancha sequer de pecado ou maldade nela. Não serve ao propósito de enganar nem outra finalidade má. Como exemplo de sabedoria não-pura, cito a mais conhecida de todas as propostas, aquela que foi feita no Jardim do Éden a Adão e Eva:

Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. (Gên 3:5)

Reluzia como algo precioso, mas, ao adquiri-la, não passava de ouro de tolo. Sem valor, sem vantagens, prejudicial não só para eles, mas para toda a raça humana desde então. A sabedoria celeste não é assim. Sua fonte é perfeita; consequentemente ela espelhará tal predicado.

Exemplificando positivamente, agora cito a ocasião do primeiro uso da sabedoria divina que Salomão fez. Duas prostitutas, de uma mesma casa, se apresentaram diante dele. Ambas haviam tido filhos nos mesmos dias; no entanto, vendo que um dos bebês havia morrido, a mãe deste trocou o bebê por aquele da outra mulher. Esta última, ao acordar, percebeu a troca e foi apelar ao então Rei Salomão. Sabiamente, Salomão sugeriu que o bebê fosse dividido ao meio, e assim cada mãe ficaria com metade. É claro que ele não levaria esta ação a cabo, mas com este subterfúgio ele conseguiu descobrir a mãe verdadeira: esta preferiu estar longe do filho, contanto que estivesse vivo (1 Reis 3:16-28).

Segundo vemos nas cartas de 1 Timóteo 1.5 e 1 Pe 1.22, quando há pureza, o amor flui como resultado. No julgamento destas duas mulheres, vemos que a sábia resolução do problema gerou a atitude mais amorosa: para o filho, pois ficou com sua verdadeira mãe; para a mãe, que amava seu filho a ponto de entregá-lo vivo para a outra mulher; e a mulher que mentiu também teve um tratamento amoroso, pois a repreensão e correção também são formas de manifestar apreço.

A sabedoria do alto também é pacífica. Vimos, na passagem do exemplo anterior, que a contenda foi desfeita com apenas uma frase! E todas as outras características da sabedoria que não perece podem ser percebidas nela:
- moderação: toda a história das mulheres foi ouvida antes da decisão do Rei, que foi equilibrada e ponderada. “Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos” (Pv 8:12);
- tratável: em outras palavras, afável, benevolente. Como anteriormente dito, a bondade foi expressa para as três pessoas envolvidas;
- cheia de misericórdia e de bons frutos: gera perdão, temor, justiça, respeito, amor, alegria. O povo aprendeu a respeitar Salomão, pois viu que nele destilava a sabedoria de Deus;
- imparcial: ambas as mulheres eram prostitutas, mas encontraram soluções para a vida. A sabedoria divina não faz discriminação, independentemente da raça, cor ou condição social;
- sem hipocrisia: não há aparência de bondade ou segundas intenções na verdadeira sabedoria; antes, o temor do Senhor é o princípio dela (Pr. 15.33).

“Guiar-me-ás com o teu conselho e, depois, me receberás em glória” (Sl 73:24)


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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobre o BBB e outros reality shows 0



Neste começo de ano, as emissoras de TV estão se esforçando para ganhar a disputada audiência do povo brasileiro com seus programas. Muitas delas estão usando e abusando de um formato chamado “reality show”, ou em bom português, “show de realidade”.

Perdoem-me se estiver enganado, mas realidade não é o que nós vemos todos os dias nos noticiários? Gente roubando, matando, prostituindo, enganando, traindo... e não hesitamos em condenar os agentes destes crimes. Mas quando as mesmas coisas acontecem nestes reality shows, é uma diversão! Aliás, o programa fica chato quando não há brigas, nem sexo, nem armações. Mas os produtores ficam espertos: havendo qualquer indício de mornidão, novos artifícios são usados para exaltar os ânimos.

Todo o espectro da maldade humana já é horrível de se ver todos os dias, quando vemos amigos, colegas de trabalho, vizinhos, familiares ou estranhos mesmo praticando estes atos terríveis contra as pessoas, nos atingindo por diversas vezes, inclusive. E o que estes programas exploram é justamente toda esta podridão, tentando fazer com que os telespectadores tomem partido de um ou outro, mas, que no final de contas, movam a ciranda comercial e financeira que é, afinal, o objetivo principal destes que promovem os reality shows.


O pior de tudo é que não é somente os participantes dos programas, que, motivados por dinheiro – ganância – orgulho – vaidade, pecam. O que mais me revolta é o fato de pessoas se reunirem em frente à TV para se divertir com os desvarios pecaminosos dos outros. Isto se enquadra numa classe especial de pecado, eu creio. Já ouvi falar que as pessoas procuram expiar seus problemas, suas dores, suas culpas através do entretenimento. Ou devo estar muito enganado, mas se estou com problemas, olhar outros praticando o mal não me ajudará de forma alguma; antes, aliás, ajudará sim: mas para levar-me a um caminho que não é de benção de jeito algum. Aliviar a minha maldade olhando a maldade dos outros, para talvez me sentir um pouco melhor, já que existem "outros piores do que eu"?

Por este motivo eu clamo a todos os que se dizem crentes em Jesus Cristo, e aos que não são também, que abstenham-se de participar de um entretenimento tão ruim quanto estes “shows de realidade”. Já temos desgraças demais no mundo para nos “divertir”. Que tipo de ser humano somos se aprovamos e nos divertimos com o mal alheio? Convido ao leitor a meditar sobre este texto e sobre a Palavra abaixo. Se queremos um mundo melhor, para nós e para nossos filhos, talvez devêssemos começar em pequenas coisas, tais como saber com o que se distrair no tempo livre. Vamos começar por este ano!

E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. (Romanos 1:28-32 - grifo do autor).

Leiam também o texto de Renato Vargens.


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