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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O jovem cristão e o sexo - parte 6 5

O jovem cristão e o sexo - parte 6

Masturbação

Esta é outra daquelas palavras que não aparece explicitamente na Bíblia, e também não existe um mandamento que diga “não masturbeis”. O ato de masturbar-se é aquele onde o homem, ou a mulher, se auto-estimula sexualmente para atingir prazer solitário. Mas também há a masturbação mútua, na qual um estimula sexualmente o outro parceiro. Neste texto, trataremos de ambas as formas da mesma maneira. Será que este ato é lícito para um cristão?

Em princípio, ter prazer, por si só, não é pecado. Há algumas pessoas que tentam associar a masturbação com o acontecido na história do Onã (Gn 38:9-10). Onã deveria tomar a mulher do seu irmão falecido, como era a regra na época, para suscitar descendência a este irmão falecido. Ocorreu que Onã desobedeceu a Deus nesta ordem, derramando seu sêmen na terra, para não engravidar a mulher, e assim ele acabou morrendo por causa deste pecado. O pecado não foi o ato de “derramar sêmen na terra” (tal como acontece, por analogia, na masturbação), mas desobedecer a uma ordem de Deus. O pecado de Onã nada tem a ver com masturbação.

O ato de masturbar-se poderia passar incólume, se não fosse por estas duas interessantes (e elucidativas) passagens bíblicas:


Ex 20:17 - não cobiçarás a mulher do teu próximo
Mt 5:28 - qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela


Quando alguém está se masturbando, que tipo de imagens ele usa para fantasiar? Com certeza, mulheres ou homens, dependendo do caso. Homens e mulheres que não são seus respectivos esposos e esposas. E Jesus afirmou categoricamente que quem cobiça a mulher que não seja a sua, está pecando. Isto inclui namorados (as), noivos (as), já que eles (as) não são legitimamente seus cônjuges. Por isto, a masturbação mútua, como forma de não "praticar sexo normal", também não é correta perante Deus.

E ainda há a questão da consciência: ela me acusa quando pratico a masturbação? Caso afirmativo, deixe-a de lado. Pois como diz a Palavra: “o que não provém de fé é pecado” – Rm. 14:23.

Há casos onde a masturbação é recomendada, inclusive por pastores. São aqueles casos onde o esposo (ou esposa) se ausentam por algum tempo (para realização de algum trabalho missionário, por exemplo). Nesta situação, nenhuma das duas passagens, tanto a de Êxodo quanto a de Mateus, não se enquadram, já que a fantasia vai se dar em cima do seu cônjuge. Mas, se a consciência mesmo assim lhe acusar, não faça.

Falar sobre a masturbação, principalmente para adolescentes, no auge da explosão hormonal típica desta idade, é muito complicado. Que formas um jovem pode adotar para evitar que a carne ‘ganhe’ do espírito? Primeiramente, evite ficar sem ter o que fazer. Tempo ocioso não é bom pra ninguém, ainda mais se estiver sozinho. Procure se ocupar com algum esporte, leitura, sair com amigos. Gaste esta energia extra com alguma atividade edificante. E fuja de qualquer tipo de pornografia. Ela, por si, só, já é extremamente degradante para o ser humano, e é ainda mais prejudicial quando um adolescente a consome. No mais, tente ficar sempre próximo de pessoas que já passaram por estas dificuldades, para se espelhar e entender como controlar seus impulsos.

Não siga as recomendações do ‘mundo’ sobre este assunto. Dificilmente você verá uma concordância com a Bíblia nestes aspectos, ainda mais nos tempos em que vivemos. Instinto sexual é normal; a falta de controle sobre eles é o problema. Mas é bom sempre lembrar que um dos frutos do Espírito é a Temperança, o Domínio Próprio. O Espírito Santo não vai lhe “obrigar” a se controlar; ele influencia seu caráter e sua personalidade de forma que você terá condições de se controlar. Então, ore e peça a Deus este tipo de fruto na sua vida.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O jovem cristão e o sexo - parte 5 11

Sexo depois do casamento

Um relacionamento entre homem e mulher, como casal, deve seguir níveis de envolvimento, que podem ser comparados a uma escada com três degraus.

O jovem cristão e o sexo - parte 5

O primeiro degrau é o namoro. Nesta fase, os dois devem desenvolver uma vida espiritual juntos. Por este motivo que a Bíblia sempre chama a atenção para termos cuidado com quem escolhemos para ser nosso futuro cônjuge. Ele deve ter a mesma fé que você professa. Afinal, como podem dois andar juntos sem estar em acordo (Am. 3.3)? Mas atenção é necessária, já que a paixão pode “cegar” os envolvidos de uma forma a não ver pequenos problemas de caráter ou até mesmo de afinidades.

A seguir, o segundo degrau, é onde o casal já tem maturidade espiritual suficiente para confiar um no outro e juntamente em Deus. É o momento no qual ambos poderão entregar-se mais facilmente aos sentimentos, ao amor propriamente dito. Deve-se ter muito cuidado ao confiar seus sentimentos a uma pessoa. Amar alguém é muito sério. Ser amado é muito sério. O relacionamento se torna, a partir de então, mais sereno, mais seguro, mais maduro. Há mais ternura, mais carinho, mais compreensão, mais preocupação com o bem-estar do outro. O período da paixão já deve ter acabado aqui. A paixão é só o estopim: não é o amor em si. Não obstante, neste período é que se costuma partir para o penúltimo passo antes do casamento: o noivado. Os dois já estão afinados espiritualmente, e agora estão se desenvolvendo emocionalmente, criando uma cumplicidade e uma intimidade maior.

O terceiro degrau vem a ser o casamento, afinal. Neste, após ter passado com sucesso pelo entrosamento espiritual e pelo entrosamento emocional, é chegado o momento da complementação física, o sexo. Quando Deus disse que ambos se tornariam uma só carne, certamente estava se referindo a todos os níveis de integração entre as pessoas: espiritual, emocional e fisicamente. E no casamento, há, então, a perfeição do relacionamento homem-mulher: a comunhão de todos estes três itens.

Muitos relacionamentos não dão certo porque tentam pular um ou mais degraus de uma só vez. Outros não dão certo porque ficam pouco tempo em cada degrau, de forma a não estar completamente “firme” antes de dar o passo seguinte. A Bíblia não fala nestes 3 passos explicitamente, mas com todos os conselhos que a Palavra dá, pode-se facilmente se deduzir que este é o modus operandi do relacionamento saudável.

O casamento é o ambiente seguro para desfrutar do sexo conforme os planos de Deus para nossa vida. Por quê? Por vários motivos:
- Não há nenhum tipo de culpa em praticar sexo;
- Ao chegar ao casamento, ambos já devem estar bem preparados espiritual e emocionalmente; desta forma, o casal vai poder aprender e desfrutar de todas as delícias do sexo juntos e sem “neuras”;
- Se um filho decorrer desta relação, esta criança vai ser um motivo a mais de união, não de crise e separação entre os cônjuges;
- Sendo uma só carne, você vai querer agradar completamente o seu cônjuge, pois, na verdade, você está agradando a si mesmo também; é uma comunhão, não uma exploração egoísta do corpo da outra pessoa.
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O jovem cristão e o sexo - parte 4 3

O jovem cristão e o sexo - parte 4
Sexo antes do casamento

A Bíblia não contém nenhuma passagem onde esteja explicitamente escrito: “Não farás sexo antes do casamento”. Mas a partir de várias passsagens , fica muito claro que a prática de sexo extra-conjugal (e aí o sexo antes do casamento também se enquadra) não é aprovada por Deus.

Primeiramente, o casamento é uma festa, uma situação de grande alegria:
Mt 9:15 E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.


O casamento era uma prática tão comum quanto comer e beber, mesmo antes dos tempos do dilúvio:
Mt 24:38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca


Casamento implica testemunhas:
Lc 14:8 Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar; não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu;
Jo 2:1 E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
Jo 2:2 E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.


Se um casal tiver dificuldades em controlar seus instintos sexuais, que se casem, e não pequem. É claro que deve haver amor no relacionamento; não se deve casar apenas para ter relações sexuais licitamente. Aliás, se não houver amor nem respeito um pelo outro, o sexo dentro do casamento é tão pecaminoso quanto o sexo fora dele.
1Co 7:9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.
1Co 7:28 Mas, se te casares, não pecas; e, se a virgem se casar, não peca. Todavia os tais terão tribulações na carne, e eu quereria poupar-vos.
1Co 7:36 Mas, se alguém julga que trata indignamente a sua virgem, se tiver passado a flor da idade, e se for necessário, que faça o tal o que quiser; não peca; casem-se.


O casamento é uma aliança; só se quebra com a morte:
1Co 7:39 A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.


A Bíblia em geral abençoa o matrimônio:
Hb 13:4 Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.


O dívórcio é o término legal de um casamento, mas que Deus não aprova:
Mt 5:31 Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
Mt 5:32 Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.


Passagem que condena aqueles que proíbem o casamento:
1Ti 4:3 Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças;


Várias outras passagens condenam os atos sexuais que são considerados como pecado: adultério, prostituição e fornicação:
Mt 5:27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Mt 5:28 Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
Mt 5:31 Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, dê-lhe carta de desquite.
Mt 5:32 Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
Mt 15:19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
Jo 8:3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério;
1Co 7:2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
1Co 6:10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
Gl 5:19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,
Ef 5:3 Mas a prostituição, e toda a impureza ou avareza, nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos;
Ef 5:4 Nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas antes, ações de graças.
Ef 5:5 Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus.Col 3:5 Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;
1Ts 4:3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição;
1Ts 4:4 Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra;
1Ts 4:5 Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.
1Ti 1:10 Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,
Ap 21:8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
Ap 22:15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
1Co 6:13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.


Depois de todas estas passagens bíblicas, é inacreditável que haja pessoas que defendam o sexo antes do casamento como algo bom e aceito por Deus. Veja: o que o adultério, a prostituição e a fornicação têm em comum? Todas elas são praticadas fora do âmbito do casamento! Se assim não fosse, como faríamos para diferenciar uma relação sexual caracterizada como adultério, por exemplo?
Adultério = sexo com alguém que não seja seu esposo/esposa, sendo casado(a);
Prostituição = sexo com alguém que não seja seu esposo/esposa, com cobrança ou não de pagamento;
Fornicação = sexo com alguém que não seja seu esposo/esposa, sendo solteiro(a).


Se Deus considera estes três pecados, quem pratica sexo antes do casamento se enquadra em qualquer um destes acima, e, portanto, se encontra abaixo da condenação de Deus. Mas, todo e qualquer pecado pode ser perdoado por Deus, desde que haja arrependimento e mudança de vida.

E bolinação, pode?

Carícias íntimas, que envolvam sensualidade, a famosa bolinação, não vai criar um clima muito favorável para um namoro santo. É o “abrasar-se”, que vai te levando para o caminho da lascívia, e, posteriormente, da fornicação. É “ladeira abaixo”. Andar a beira do precipício não é muito seguro.

Além do mais, este tipo de “carícia” é coisa típica de marido e mulher. Quando Isaque foi morar em Gerar, juntamente com sua esposa Rebeca, ele, por medo que os homens do local o matassem e tomassem sua mulher para si, declarou que Rebeca era sua irmã. Mas certo dia, Abimeleque, o rei dos filisteus, viu pela janela Isaque “brincando” com Rebeca, e automaticamente deduziu que ela não era sua irmã, mas sua mulher! (Gn 26:1-8).
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O jovem cristão e o sexo - parte 3 1

O jovem cristão e o sexo - parte 3

Servir a Deus no sexo

Nesta postagem, foi mostrado que o ser humano está fadado a servir. Ele não pode fugir disto. Não se trata de servir ou não servir; mas se trata de A QUEM ou A QUÊ servir. Em todas as áreas da vida, nós servimos a um “senhor”. Este senhor pode ser:

- Ao Deus cristão
- A um deus qualquer
- A Satanás
- A uma filosofia de vida
- A uma pessoa
- Ao dinheiro ou aos bens
- A si mesmo

Quando somos chamados por Deus, ele nos chama para entregarmos todas as áreas de nossas vidas a Ele “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente” (Rm 11:36):

- Corpo: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Rm 12.1).

- Mente: E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

Então, o sexo está incluído naquilo que fazemos para servir ao Senhor. Mas, como tudo, não podemos servir a Deus de qualquer jeito. Ele estabeleceu um momento especial para que o sexo fosse feito e, desta forma, Deus fosse glorificado. Este momento chama-se casamento, onde homem e mulher deixam seu pai e sua mãe para tornarem-se uma só carne.

O sexo da forma como Deus aprova envolve intimidade, compromisso, fidelidade. Envolve uma aliança, que só termina na morte. Para compreender a seriedade deste assunto para Deus, veja como a bíblia está recheada de referências à alianças, à fidelidade e reprovações ao adultério. Aliás, nos mandamentos deixados por Deus no monte Sinai, para Moisés, pelo menos 2 mandamentos estão relacionados à questão do relacionamento homem-mulher, o 7º e o 10º.

Jesus afirmou “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mt 6.24). Então, ou nós servimos a Deus no sexo também, ou servimos a algum outro “senhor” – seja ele nós mesmos, ou um outro deus, como os povos da antiguidade faziam na sua prostituição cultual, ou ao dinheiro (como a prostituição)...

O sexo é sujo?

Muitos cristãos têm, hoje em dia, a idéia de que o sexo (ou a parte sexual do corpo) é “sujo”. Um pouco desta visão veio através de alguns pensadores da antiguidade, que deduziram que, como os seres espirituais, como Deus e os anjos, não possuem um equivalente a nossa sexualidade, isto significa que ela é completamente carnal e, portanto, não tem nenhuma relação com as nossas atividades espirituais.
Mas a grande “colaboração” neste sentido veio de Santo Agostinho, o bispo de Hipona (354-430 d.C.). Ele, um dos poucos pensadores cristãos da antiguidade que revelaram suas vidas sexuais, relatou o que pensava sobre o assunto na sua obra autobiográfica “Confissões”. Agostinho teve, na sua juventude, uma vida muito desregrada em relação ao sexo. Quando ele abandonou essas práticas, ele muito lamentou o fato de ter gasto grande parte de sua energia nisto. No livro, o bispo quis passar para seus leitores quão incompatíveis eram a sexualidade e a sociedade. Para ele, uma sociedade totalmente sadia deveria ser completamente livre da “matéria”. Até o sexo para procriação não era vista com bons olhos por ele, já que permitia que mais pessoas nascessem e, indiretamente, isto contribuiria para a expansão do Reino das Trevas. Ainda, na sua visão, ele acreditava que os impulsos sexuais eram uma triste herança do pecado original resultante da desobediência inicial de Adão. Agostinho contribuiu muito para a Teologia. Foi um grande escritor e santo de Deus. Entretanto, ele exagerou sobre alguns aspectos da vida, o que é típico quando se tenta escapar de algum pecado que já lhe fora grande fonte de problemas.

Desde então, está infiltrada dentro da mentalidade ocidental, principalmente na nossa sociedade com forte herança cultural e tradicional católica, que o sexo e os próprios órgãos sexuais são sujos e/ou vergonhosos.

Em Gn. 2.7 vemos Deus esculpindo o homem a partir do barro, e isto foi um escândalo para outros povos e religiões, principalmente para os gregos que acreditavam que nenhum deus poderoso poderia tocar na matéria, principalmente no barro, como um operário faria. Nós, atualmente, não temos problemas em aceitar que Deus sujou suas mãos de barro, mas temos uma tremenda dificuldade em aceitar que Deus esculpiu o homem todo, inclusive o pênis e o saco escrotal. A cultura judaica já via isto de uma forma bem diferente. A começar pelos juramentos: em Gn 24.2, é narrado um juramento, onde o servo fez um juramento colocando sua mão debaixo da coxa de Abraão, para buscar uma esposa para Isaque. É um bom eufemismo, porque este “debaixo da coxa” é, na verdade, nos seus testículos! Este ato simbolizava que os filhos ainda por nascer tomariam vingança por aquele juramento caso fosse quebrado, ou dava solenidade ao juramento em nome do Deus que instituíra a circuncisão como sinal de sua aliança. Aliás, o povo judeu era caracterizado por ter a circuncisão como sinal da aliança entre eles e Deus (Gn 17:10-11). Outro costume do povo judeu é, ao invés de lavar as mãos após urinar, como é o nosso costume, lavar as mãos ANTES de ir urinar. É uma forma de dar importância e valor para os órgãos sexuais (Sexxchurch.com, 2008).

A Igreja de Cristo é comparada a um corpo humano, e nenhuma parte deste corpo tem menos valor que a outra, ou menos digna que a outra. Portanto, todas as partes do nosso corpo tem sua utilidade. O que "suja" ou "santifica" uma parte do corpo é o que fazemos com ela. Uma mente pode ser muito mais "imunda" do que o pênis de algúem.

Precisamos ver o nosso corpo de uma forma mais bíblica, da forma como Deus o vê. Assim, cuidaríamos bem melhor dele.
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O jovem cristão e o sexo - parte 2 6



SEXO NO CORPO

Sexo, no sentido físico, é o instinto sexual e suas manifestações, inclusive a sensualidade. A sensualidade é o prazer sexual. Antes de continuar, vamos ver alguns conceitos relacionados ao sexo no corpo.

Virgindade

Diz-se que alguém é virgem quando é pura, intata, intocada. É virgem quem mantém sua pureza original, tanto fisicamente, emocionalmente e espiritualmente.


A virgindade não está ligada ao fato do hímen feminimo estar intacto, ou ao homem nunca ter praticado sexo vaginal com alguma mulher. De fato, muitas pessoas associam virgindade com "nunca ter rompido o hímen". Para se ter uma idéia, uma sobrinha de uma famosa cantora brasileira encenou um filme pornô chamado "Fiz pornô e continuo virgem". Ela alega que se manteve "virgem" porque as cenas de sexo do filme foram apenas anais, não vaginais.

Ora, não existe nada mais absurdo do que isto. Um pouco antes, coloquei que a virgindade é um estado de pureza, algo que nunca foi tocado, algo intacto. Acrescento ainda mais a palavra inocência. Virgindade significa inocência. Podemos dizer, então, que se um homem ou uma mulher nunca mantiveram relações sexuais vaginais, mas já praticaram outras formas de sexo, como o sexo oral, sexo anal, masturbação mútua, eles são inocentes em relação ao sexo? São, será, puros? Ou intactos? Parece bastante óbvio que não.

Além disto, o sexo, como mencionado acima, não é uma relação que se dá somente no âmbito físico, mas no âmbito mental também. Isto quer dizer que eu posso deixar de ser puro somente imaginando o ato sexual com alguém. Como exemplo, peguemos um casal de namorados. Na hora que a relação "esquenta", onde o desejo sexual leva tanto um quanto o outro a se explorarem, mesmo que não haja o intercurso sexual, podemos dizer que o que passa na mente deste casal não é sexo?

Um rapaz ou uma moça que namorou muitas vezes, várias pessoas diferentes, pode não ter perdido sua virgindade "física", mas, com certeza, já não é mais tão inocente quanto alguém que nunca namorou. E este jovem vai levar, para o outro relacionamento, toda a "herança" emocional e espiritual dos relacionamentos antigos.

Utilidade do sexo

Precisamos também entender bem qual é a utilidade do sexo. É estranho falarmos sobre isto, visto que, em princípio, todo mundo sabe pra que ele serve. Acontece que, neste aparente entendimento comum que pressupomos que existe, há muita gente, dentro e fora das igrejas, que pensa que o sexo não pode ser prazeiroso; antes, que ele deve apenas exercer sua função de procriação.

Procriação

Esta utilidade já foi bem definida no ato da criação do homem e da mulher, em Gn. 1:26-28. Através do sexo é que vai ser possível “crescer e multiplicar”, e sujeitar a terra. Reafirmo o que disse parágrafos anteriores: como crescer e sujeitar a terra sem que haja a reprodução através do sexo?

Satisfação, prazer, comunhão

O livro de Cantares de Salomão demonstra como a sexualidade pode ser bem vivida dentro da relação saudável do casamento. Há muitas outras citações, como no livro de Provérbios.

Pv 5.18-19 - Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente.

O sexo é um ótimo meio para um casal, que seja casado, possa aliviar as tensões do dia-a-dia, entrar em comunhão, dar e receber prazer. Deus não é um ser que quer diminuir o prazer da humanidade, Ele apenas quer que o prazer que nos deu, tanto faz se é o sexual ou outro qualquer, seja desfrutado da forma correta, que possa sempre nos trazer benefícios.

Métodos anticoncepcionais? Controle de natalidade?

Se o sexo não serve apenas para reprodução, mas também para o prazer, não há o porquê de se entender que evitar o nascimento de filhos seja pecado. Seria pecado, é claro, se a finalidade sexual fosse apenas para procriar. Portanto, podemos usar métodos anticoncepcionais que julgarmos melhores, podemos entrar num controle de natalidade, desde que os métodos não sejam abortivos. O sexo serve TAMBÉM para procriação, mas não exclusivamente. Então não há nenhum mal em fazer planejamento familiar e usar o sexo só para diversão. Qual é o problema?
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O jovem cristão e o sexo - parte 1 0

O jovem cristão e o sexo - parte 1


Nas próximas postagens, estarei colocando um estudo que está sendo ministrado nas aulas da Escola Bìblica Dominical, na turma de Jovens, da 1ª Igreja do Evangelho Quadrangular de Santo Ângelo.

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Talvez não exista um tema que mais interesse ao jovem cristão do que a questão sexual. Como ele deve se comportar frente às mudanças de paradigmas que a Igreja enfrenta hoje? Será que o que ele escuta, lê e vê sobre este assunto é a verdade? Tem relevância? Como um jovem cristão deve tratar este assunto no seu namoro, com seus pais, com os seus amigos? O que pensar? O que fazer? O que eu sinto é pecado? Será que o sexo é uma coisa "suja"?

Vamos caminhar um pouco pela história da criação do homem, seu propósito, o plano de Deus para o homem, em direção aos dias atuais. Como o sexo é visto por Deus? Qual é o grau de importância que devemos dar a este tema?

NATUREZA DO SEXO

Sexo é algo que não tem correspondência no mundo espiritual; não há nada equivalente ao sexo em Deus. É uma exclusividade dos seres criados, comuns aos homens e aos animais.

Deus criou macho e fêmea, com diferenças entre si, com o objetivo de eles se integrarem, e a Bíblia apresenta o fato como condição para a fecundidade, que é objeto de benção de Deus (Gn 1.28). A diferenciação sexual entre homens e mulheres, assim com o exercício da sexualidade, faz parte da criação original, da ordem cósmica. O próprio Deus, que estabeleceu esta ordem, achou-a muito boa, conforme podemos ler em Gênesis 1.31.

Nas origens da criação humana (Gn. 1 e 2), o homem não foi modelado como um ser andrógino (hermafrodita) . O próprio Deus viu que não era bom que o homem ficasse só (Gn 2.18), e nenhuma das outras criaturas poderia ser sua companhia (Gn. 2.19,20). Então, criou a mulher, para lhe ser uma ajudadora idônea.

E Adão, vendo a obra de Deus, a mulher que Deus lhe deu, ficou extasiado! "Essa sim é osso dos meus ossos, carne da minha carne!"(Gn 2.23).

Aquela que foi retirada do próprio homem deve-se unir a ele, para que se tornem, novamente, uma só carne (Gn 2.24). Quem realizou a separação foi Deus, e é Deus quem deve fazer a união novamente. Mais tarde, Jesus reafirmou isto, dizendo que “o que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19.4-6).

Portanto, o sexo fazia parte do plano original de Deus para a humanidade. Não foi um "plano B" para substituir o que não deu certo. Pense bem: como seria possível "crescer e multiplicar" e "sujeitar toda a terra" sem que houvesse reprodução, e esta sem o sexo?

SEXO NA MENTE

O sexo não é apenas algo mecânico, um mero encaixe de partes. Ele começa na mente. O desejo é despertado no interior da pessoa, em seus pensamentos. Estes desejos podem, posteriormente, tomar uma dimensão física ou não.

O que pode despertar o desejo sexual?
Imagens, sons, cheiros, sensações físicas... tudo isto pode despertar desejo em uma pessoa, seja ela do sexo masculino ou feminino.

Abrasar-se?
É inflamar-se, excitar-se, esquentar muito. No sentido bíblico, é uma incapacidade de controlar o desejo sexual. Paulo, em sua carta aos coríntios, disse que era "melhor casar do que abrasar-se". Mas, é claro, que ninguém deve casar para ter sexo autorizado, legalizado. Quem casa com este único objetivo, não deixa de cometer também impureza sexual: está-se agindo de forma egoísta, perdendo o propósito original do ato sexual, que é a comunhão. Uma relação sexual não pode estar baseada apenas no amor "eros", mas ele deve ser um complemento de um amor mais pleno, chamado de amor "ágape". Veja mais sobre os tipos de amor nesta postagem.

Lascívia?
É um comportamento indisciplinado e desregrado, um desprezo pelas restrições sexuais (Mc 7:21-22). São pensamentos ou atos totalmente imorais. Já foi falado sobre isto neste post.

Impureza sexual?
Normalmente está relacionada às formas de sexo não permitidas pela palavra de Deus, como a prostituição, o adultério, a fornicação, o homossexualismo, sexo com crianças, com animais, etc. Mas ela não é restrita somente ao sexo fora do casamento; pode haver impureza sexual dentro dele também. Quando marido e mulher se utilizam de outros artifícios para se excitarem, como o uso de pornografia, ou fetiches degradantes a um dos cônjuges, troca de casais, ou a violação da vontade de um deles, a impureza se faz presente também.
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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Você é bom ou parece ser bom? 6


[Atualizado em 14-07-2011]

Fazer coisas boas não é a mesma coisa do que ser bom.

Fazer boas coisas não torna, necessariamente, uma pessoa boa.
Uma pessoa boa, transformada por Deus, faz coisas boas por que é da sua natureza fazer isto. Não é nenhum esforço.

Uma pessoa má pode fazer coisas boas? Pode. Mas com que objetivo? Para se sentir mais nobre? Para diminuir alguma culpa? Para se justificar perante outros? Por que pode lhe ser vantajoso no futuro?

Fazer o bem para quem é necessitado é simples. Fazer o bem para um amigo ou para um desconhecido é fácil. Complicado mesmo é ajudar um inimigo bem conhecido.

Uma fonte suja não pode dar águas limpas. Uma árvore má não pode dar bons frutos.

Amar quem nos ama? Isto é fácil; qualquer um consegue. Entretanto, amar os inimigos, como Jesus ensinou... só com amor vindo de Deus. E este amor, quem o tem é somente quem já aceitou ser amado desta forma. Deus nos amou quando éramos seus inimigos. Nós fomos responsáveis pela morte de Jesus. Você é capaz de amar assim? Só com o amor que flui em nós, a partir de Deus, nos oferecido assim que aceitamos o sacrifício de Jesus, que não só nos dá o querer mas também o efetuar, segundo a sua graça. O Senhor prepara o caminho e nos faz andar por ele. Deus é bom, pois nos reconciliou com Ele antes dos tempos eternos, se consumando lá naquela antiga cruz, há cerca de 2000 anos.



E então? Mostre que você é bom (ou mal) comentando abaixo! ;)
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte final 5


VAMOS REVISAR O REVISIONISMO

Em vista das esmagadoras evidências, publicar um artigo na Harpers referente à Bíblia Hebraica como Falso Testemunho é claramente um ultraje. Uma caricatura naquele artigo, mostrando a Bíblia sendo destruída com vastos corredores cortando seu texto, é apropriadamente uma falsa caricatura como o restante do artigo.

Isto, contudo, é completamente típico da forma como a matéria bíblica é veiculada na mídia hoje. Uma extraordinária descoberta bíblica que confirma o registro bíblico é abertamente recebida como uma notícia qualquer na imprensa, como as evidências dos ossos da primeira personalidade bíblica descoberta em novembro de 1990. Geralmente, apenas um em cem sabe que os restos de Caifás, o maior sacerdote que acusou Jesus perante Pôncio Pilatos na sexta-feira santa, foi encontrada nesta época em um ossuário no Bosque da Paz, em Jerusalém, ao sul da área do Templo. Os escritores “procuradores de emoção” afirmam, contudo, que os patriarcas são mitos, que Davi foi um insignificante chefe de tribo, isto se ele realmente existiu, que Jesus casou com Maria Madalena, ou que Deus predisse o assassinato do premier Israelita Isaac Rabin através de um enigmático código da Bíblia (não há nada sobre isto), e a imprensa faz a cobertura solidariamente e na sua inteireza. De forma alguma isto é justo, ético ou mesmo lógico. Também não está sozinha a imprensa nesta decepção. Estudiosos e pseudo-estudiosos bíblicos revisionistas radicais, como os membros do Seminário Jesus, são bem conscientes desta triste fórmula sensasionalista para o sucesso e a exploram regularmente. Isto pode, admitidamente, estar impugnando o motivo de alguns naquela categoria em que são conduzidos ao invés por um desejo de ser meramente politicamente correto quando estiver com estudiosos bíblicos; isto é, ser ultracrítico de qualquer coisa bíblica. Nesta conexão, infelizmente, historiadores seculares do mundo antigo freqüentemente tem uma maior opinião de confiança das origens bíblicas do que os próprios estudiosos bíblicos!

Tomando o cuidado para que esta crítica seja escrita sem o palavreado sem significado de alguns mesquinhos conservadores, eu devo afirmar que, realmente, ela representa a visão majoritária do conhecimento bíblico hoje. O arqueólogo da Universidade do Arizona, William Dever, por exemplo, é bem conhecido por sua objeção ao termo arqueologia bíblica, uma vez que parece transmitir um preconceito pró-bíblico; até o momento, ele ataca algumas das não-comprovadas conclusões dos minimalistas bíblicos em uma enérgica manifestação em um artigo da BAR, “Salvem-nos da estupidez pós-modernistas”. Ele não poupa palavras para os minimalistas no seu livro, “O que os escritores bíblicos sabem e quando eles souberam?”, também. “Eu sugiro”, ele escreve, “que os revisionistas são niilistas não somente no sentido histórico, mas também no sentido filosófico e moral”.
A revista BAR, a qual provê a arena literária para as batalhas tradicionais X minimalistas e tenta manter-se neutra durante o processo, semelhantemente constata que o artigo da Harpers é unilateral em um debate que é muito quente.

Em nenhuma parte (o autor) tenta avaliar os méritos do outro lado. De fato, ele não dá nenhuma indicação que ele esteja ciente da existência do outro lado.
Deixemos o debate continuar, mas todas as evidências serão admitidas. Desde que a ciência arqueológica começou, há um século e meio, o padrão consistente tem sido este: as fortes evidências da terra fazer brotar o registro bíblico vez após vez, vez após vez. A Bíblia não tem medo da pá!
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte 5 0

Código de Hamurabi
A EVIDÊNCIA REAL

Os achados arqueológicos que contradizem as discussões de minimalistas bíblicos e outros revisionistas foram mencionadas anteriormente. Há muitas mais, contudo, que corroboram com a evidência bíblica, e a seguinte lista provê somente as descobertas mais importantes:

Uma história de dilúvio em comum

Não somente os hebreus (Gn. 68), mas mesopotâmios, egípcios e gregos reportaram um dilúvio em tempos remotos. Uma lista de reis sumérios de 2100 a.C. divide-se em duas categorias: aqueles reis que governaram antes do grande dilúvio e aqueles que reinaram após ele. Um dos exemplos mais recentes da literatura Sumero-Acadio-Babilônica, o épico Gilgamesh, descreve uma grande inundação enviada como punição pelos deuses, com a humanidade salva somente quando o piedoso Utnapishtim (o mesopotâmico Noé) construiu um barco e salvou os animais da Terra lá. Uma contrapartida grega, a história de Deucalião e Pirra, conta que um casal que sobreviveu a uma grande enchente enviada pelo irado Zeus. Eles se refugiaram no topo do monte Parnassus (grego de Ararat), e supostamente repovoaram a Terra deslocando pedras escondidas que se transformaram em seres humanos.

O código de Hamurabi

Este monolito, descoberto em Susan e atualmente localizado no Museu do Louvre, contém encravadas 282 leis do rei babilônico Hamurabi (1750 a.C). A base comum para este código de leis é a Lei do Talião, mostrando que havia uma lei semítica comum de retribuição no antigo oriente, a qual é claramente refletida no Pentateuco. Êxodo 21:23-25, por exemplo, diz: “Mas se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe.”

Tábuas de Nuzi

As cerca de 20000 tábuas de argila descobertas nas ruínas de Nuzi, leste do Rio Tigre e datado em 1500 a.C., revela instituições, práticas, e costumes extraordinariamente congruentes com aqueles de Gênesis. Estas tábuas incluem festas, acordos de casamento, regras a respeito de herança, adoção e assim por diante.

A existência dos hititas

Gênesis 23 relata que Abraão enterrou Sara em uma caverna em Macpela, a qual foi comprada de Efrom, o hitita. II Samuel 11 conta do adultério de Davi com Batseba, a esposa de Urias, o hitita. Há um século atrás os hititas eram desconhecidos fora do Antigo Testamento, e os críticos afirmam que eles eram uma invenção de imaginação bíblica. Em 1906, contudo, escavações arqueológicas ao leste de Ankara, Turquia, descobriram as ruínas de Hattusas, a antiga capital hitita que hoje é chamada de Boghazkoy, bem como sua vasta coleção de registros históricos, os quais mostraram um império próspero na metade do segundo milênio antes de Cristo. Esta disputa crítica, entre muitas outras, foi imediatamente demonstrada sem valor, um padrão que se repetiria freqüentemente nas próximas décadas.

Estela de Merenpta

Uma placa lavrada com hieróglifos, também chamada de Estela de Israel, vangloria-se das conquistas dos faraós egípcios sobre os líbios e outros povos da Palestina, incluindo os israelitas: “a semente de Israel já não existe”. Esta é a referência mais recente a Israel em fontes não-bíblicas e demonstra que, a partir de 1230 a.C., os hebreus já habitavam a Terra Prometida.

Cidades bíblicas atestadas arqueologicamente

Em adição à Jericó, lugares com Haran, Hazor, Dã, Megido, Siquém, Samaria, Siló, Gezer, Gibeá, Beth-Semes, Beth-Shean, Berseba, Láquis, e muitas outras cidades urbanas foram escavadas, completamente à parte dos maiores e mais óbvias locações como Jerusalém ou Babilônia. Tais marcos geográficos são extremamente significantes em demonstrar que fatos, não fantasias, permeiam as narrativas históricas do Antigo Testamento; de outra forma, a especificidade relativa a estes lugares urbanos poderia ser substituída por narrativas “Era uma vez...” com somente nebulosos parâmetros geográficos, ou talvez nenhum.
Inimigos israelitas na Bíblia hebraica do mesmo modo não são inventados, mas historicamente sólidos. Entre os mais perigosos deles estavam os filisteus, o povo de quem a Palestina herdou o nome. Sua mais recente representação está no Templo de Ramsés III em Tebas, cerca de 1150 a.C., como povo do mar que invadiu a área do Delta e mais tarde a costa de Canaã. A Pentápolis (cinco cidades) que eles estabeleceram, nomeadas como Asquelon, Asdod, Gaza, Gate e Ecron foram escavadas, pelo menos em parte, e algumas cidades restantes até estes dias. Tais evidências precisas conta favoravelmente quando comparada com os lugares geográficos afirmados nos livros sagrados de outros sistemas religiosos, os quais geralmente não tem nenhuma base na realidade.

Invasão de Judá por Sisaque

I Reis 14 e II Crônicas 12 fala da conquista de Judá pelo Faraó Sisaque no quinto ano do reino de Roboão, o desmiolado filho de Salomão, e como o Templo de Salomão em Jerusalém foi saqueado dos seus tesouros naquela ocasião. A vitória foi comemorada também em paredes com hieróglifos esculpidos no Templo de Amon em Tebas.

A pedra moabita

II Reis 3 reporta que Mesa, rei de Moabe, se rebelou contra o Rei de Israel em seguida à morte de Acabe. Uma placa de pedra, também chamada de Estela Mesa, confirma a revolta por afirmar o triunfo sobre a família de Acabe, cerca de 850 a.C., e que Israel pereceu para sempre.

O obelisco de Shalmaneser III

Em 2 Reis 9 e 10, Jeú é mencionado como Rei de Israel (841-814 a.C). Que o crescente poder da Assíria já estava prejudicando os reis do norte antecedendo a sua última conquista em 722 a.C. é demonstrado por um obelisco preto descoberto nas ruínas do palácio de Ninrod em 1846. Nele, Jeú é mostrado ajoelhado perante Shalmaneser III e oferecendo tributo ao rei da Assíria, a única assistência que nós temos para datar a monarquia hebraica.

Lápide mortuária do Rei Uzias

De Judá, o Rei Uzias governou de 792 a 740 a.C., um contemporâneo de Amós, Oséias e Isaías. Como Salomão, ele começou bem e terminou mal. Em II Crônicas 26 seu pecado está registrado, o qual resultou em ser afetado com lepra mais tarde. Quando Uzias morreu, ele foi enterrado num cemitério que pertenceu aos reis. Sua lápide foi descoberta no Monte das Oliveiras, e diz: “Aqui, os ossos de Uzias, Rei de Judá, foram trazidos. Não abra”.

Inscrição no Túnel de Siloé de Ezequias

O Rei Ezequias de Judá governou de 721 a 686 a.C. Assustado com o cerco feito pelo rei assírio, Senaqueribe, Ezequias preservou o suprimento de água de Jerusalém cavando um túnel com cerca de 533 metros através da rocha sólida desde a fonte de Giom até o reservatório de Siloé, dentro dos muros da cidade (II Reis 20, II Crônicas 32). Ao final do túnel de Siloé, uma inscrição, atualmente em exposição no Museu Arquológico de Istambul, Turquia, celebra a marcante realização. O túnel é, provavelmente, o único lugar bíblico que não alterou sua aparência nos últimos 2700 anos.

Prisma de Senaqueribe

Após ter conquistado 10 tribos no norte de Israel, os assírios marcharam para o sul para fazer o mesmo com Judá (II Reis 18;19). O profeta Isaías, entretanto, avisou Ezequias que Deus iria proteger Judá e Jerusalém contra Senaqueribe (II Crônicas 32; Isaías 36;37). Os registros assírios virtualmente confirmam isto. Inscrições cuneiformes em um prisma hexagonal feito de barro encontrado na capital assíria Nínive descreve a invasão de Senaqueribe em Judá em 701 a.C. no qual declara que o rei assírio cercou Ezequias em Jerusalém como em uma gaiola de pássaros. Semelhante o registro bíblico, contudo, ele não afirma que conquistou Jerusalém, cujo prisma poderia ter sido feito se fosse este o caso. Os assírios, realmente, deixaram de lado Jerusalém no seu caminho para o Egito, e a cidade não caiu até o tempo de Nabucodonozor e os neo-babilônios em 586 a.C. Senaqueribe retornou para Nínive onde seus próprios filhos o assassinaram.

O Cilindro de Ciro, o grande

II Crônicas 36:23 e Esdras 1 reportam que Ciro o grande da Pérsia, após conquistar Babilônia, permitiu que Judeus no cativeiro babilônico retornassem para sua terra natal. Isaías tinha profetizado isto (Isaías 44:28). Esta política de tolerância do fundador do Império Persa nasceu pela descoberta de um cilindro de barro encontrado na Babilônia da época de sua conquista, 539 a.C., o qual reporta a vitória de Ciro e sua subseqüente política de permitir aos cativos babilônicos retornar para suas casas e reconstruir seus templos.

***

E assim vai. Esta lista de correlações entre os textos do Antigo Testamento e as sólidas evidências arqueológicas do oriente poderia facilmente ser triplicada em tamanho. Quando vem para as eras intertestamental e nova-testamental, como poderíamos esperar, a agulha do medidor das correlações positivas simplesmente ultrapassa a escala.
Para usar termos, tais como falso testemunho para a Bíblia Hebraica, e vaporizar suas personalidades mais recentes em inexistência, consequentemente, não há nenhuma justificativa, qualquer que seja, nos termos das massas de evidência histórica, arqueológica e geográfica que se correlacionam tão admiravelmente com as escrituras.
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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte 4 3



Metodologia Errada


Nos processos como os anteriormente descritos, os erros no conteúdo, procedimento e até mesmo de lógica empregados pelos revisionistas são aparentes e podem ser listados como se segue:


1. Abuso no uso de argumentos do silêncio ou ausência de evidência arqueológica. Tais argumentos têm freqüentemente rendido debates pelas subseqüentes descobertas que providenciam as tais evidências faltantes.

2. Assumir que a Arqueologia pode nos dizer mais do que é justificado pelo que é encontrado, porque é necessário também ser suplementado por dados relevantes tanto da história secular quanto da sacra.

3. Assumir que a Arqueologia é não-passional e objetiva, quando, na verdade, alguns escavadores são completamente o oposto; infelizmente, recentes pressões políticas têm, também, atingido a disciplina.

4. Assumir que há concordância entre os arqueólogos quando à grade de tempo envolvendo estratos descobertos e os artefatos lá encontrados. De fato, suas interpretações das evidências escavadas diferem grandemente.

5. Sugerir que o revisionismo crítico representa a mais recente e melhor pesquisa arqueológica e acadêmica sobre as origens bíblicas atualmente. Para ser mais racionalmente verdadeiro, recentes tópicos de jornais tais como o BAR e a Bible and Spade estão bem preparados contra o criticismo da posição minimalista, e o debate entre as visões tradicional e radical entre os estudiosos bíblicos continua com furor.

6. Fechar os olhos para relatórios, como Lazares e Harpers, que são tão desesperadoramente unilaterais que influenciam de forma gritante cada parágrafo.

7. Optar pelas sensações ao invés da razão, como é o caso com extremistas em qualquer assunto.

8. Usar os resultados muito seletivamente ao invés de atentar para todas as evidências. Falha em avaliar evidências no outro lado ou até mesmo representar falsamente pela força, não pela verdade.


Isto não é afirmar que não há nenhum problema no registro do Antigo Testamento; mesmo tradicionalistas admitirão que certamente haja. Nós podemos todo afetuosamente desejar que o autor de Gênesis tivesse dado os nomes de mais associações contemporâneas de Abraão para que a era patriarcal pudesse ser datada com mais precisão; e porque, oh, porque nós não temos os nomes reais dos reis egípcios envolvidos na opressão e êxodo ao invés de somente o seu título genérico, faraó? Mais tarde, o Antigo Testamento claramente nos dá os nomes próprios de faraós tais como Sisaque (920 a.C., I Reis 14:25) e Neco (600 a.C., II Reis 23:29). Tivessem aparecido estes nomes individuais no Êxodo, nós teríamos poupado centenas de tomos e milhares de artigos debatendo sua identidade. Nós todos anelamos, além do mais, muitíssimo mais detalhes específicos sobre os hebreus no período pré-1000 a.C. e poderia provavelmente sacrificar vários capítulos da lei cerimonial judaica no Levítico e em Deuteronômio em troca destas descrições.

Talvez, penso, nós podemos questionar muitos dos antigos escritos sagrados. Nenhuma religião ou cultura na terra tem, de fato, mais especificidade em seus antigos registros históricos do que a Torá, e é sempre o caso que registros recentes de quaisquer povos serão mais “distorcido” e comprimido do que os mais antigos. Nós certamente vemos no Antigo e no Novo Testamento, não uma progressiva historicidade no sentido que os registros mais recentes não são históricos e os registros antigos são como os revisionistas radicais afirmam, mas antes uma especificidade histórica progressiva.
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sábado, 27 de setembro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte 3 0


FALSAS AFIRMAÇÕES

Abraão é um mito?
Críticos recentes, de 1800, negavam a existência da cidade natal de Abraão, Ur dos Caldeus (Gn 11:31). Isto continuou até que escavações sistemáticas de Sir Leonard Woolleys, de 1922 a 1934, descobriram o imenso zigutato ou torre do templo em Ur perto do monte do Eufrates, na Mesopotâmia. O nome Abraão aparece nos registros mesopotâmicos, e as várias nacionalidades que os patriarcas encontraram, como registrado em Gênesis, são totalmente consistentes com as pessoas conhecidas naquele tempo e lugar. Outros detalhes no registro bíblico referentes à Abraão, tais como os pactos feitos com os governantes vizinhos e até mesmo o preço dos escravos, combina bem com o que sabemos em outras partes na história do oriente antigo.

Não houve migração da Mesopotâmia?


Tribos semíticas da época estavam continuadamente se movendo pra dentro e fora da Mesopotâmia. De fato, Abraão registrou sua viagem à Terra Prometida ao longo do vale do Eufrates até Haram, ao sul da Turquia, os quais foram também identificados e escavados, e, portanto, a descida através da Síria até Canaã é geograficamente acurada. Usar a rota do ‘Crescente Fértil’ era a única forma de viajar com sucesso da Mesopotâmia até o Mediterrâneo naqueles dias.

E os patriarcas?

Nada no registro de Gênesis contradiz a forma nômade de viver, repleta de multidões e de rebanhos, que eram característicos na vida do século 18 e 19 a.C. As concordâncias e pactos da época, tais como encontrar uma noiva para membros da mesma tribo e outros detalhes, são bem conhecidos em outros lugares do antigo oriente. Argumentar que os patriarcas não existiram porque seus nomes não foram encontrados arqueologicamente é meramente um argumento baseado no silêncio, uma fraca forma de argumentação que pode ser usada. Para os historiadores mais esclarecidos, ausência de evidência não é necessariamente evidência de ausência.

Não houve permanência israelita no Egito ou êxodo de lá?

Críticos fazem muito mais do que supor fatos de que não há nenhuma menção dos Hebreus em inscrições hierocligráficas, nenhuma menção de Moisés, e nenhum registro de uma movimentação de população em massa como afirmada no registro bíblico do êxodo do Egito. Este fato é questionável. A famosa placa de pedra de Israel (uma pedra ou tábua com inscrições) do faraó Merenptah (descrita mais completamente abaixo) declara, Israel não é descendência deles. Além disso, mesmo se não houvesse nenhuma menção qualquer dos hebreus nos registros egípcios, isto também não provaria nada, especialmente na visão da bem conhecida propensão egípcia de nunca registrar contratempos ou derrotas ou nada que embarace a majestade da monarquia corrente. Poderia qualquer faraó ter delineado as seguintes palavras em seu monumento: “Sob minha administração, uma grande multidão de escravos hebreus escapou com sucesso para o deserto do Sinai quando nós tentamos impedi-los”?
Os egípcios antigos, de fato, transformaram alguns de seus contratempos em vitórias. Um dos mais imponentes monumentos no Egito consiste de quadro bem colocados colossos de Ramsés II contemplando o rio Nilo (agora, o lago Nasser) em Abu-Simbel. Ramsés erigiu o colosso para intimidar os etíopes para o sul, que tinham corretamente ouvido que ele abertamente fugiu com sua esposa da batalha de Kadesh contra os hititas, e então eles tiveram a oportunidade de invadir pelo Egito. A história contada nas paredes de dentro do monumento, contudo, é que foi uma maravilhosa vitória egípcia!

Moisés não existiu?

O real nome Moisés é egípcio, como indícios dos nomes faraônicos tais como Thut-mose e Ra-mses. A vida ambiente como descrita no Gênesis e Êxodo é completamente consonante com o que nós conhecemos do antigo Egito no período dos hicsos e dos impérios: a comida, as festas, as rotinas cotidianas, costumes, os nomes dos lugares, as divindades locais e outros equivalentes são familiares em ambas as literaturas, hebraica e egípcia.

Não houve êxodo?

É verdadeiro que poucos vestígios dos acampamentos e artefatos da época do êxodo foram descobertas arqueologicamente no Sinai, mas uma migração tribal e nômade dificilmente deixaria para trás fundações permanentes de pedra de construções na sua rota. Dificilmente qualquer arqueólogo tomaria lugar no Sinai, e se isto mudasse, evidências da migração poderiam muito bem ser descobertas. Novamente, deve-se ter cuidado com o argumento do silêncio.

Josué não conquistou Canaã?

A Batalha de Jericó continua sendo disputada! Quando Dame Kathleen Kenyon escavou Jericó na década de 1950, ela afirmou não ter encontrado qualquer ruína de paredes ou mesmo qualquer evidência de vida civilizada em Jericó durante a época da invasão de Josué, nada para ser conquistado por ele. Ela, ao invés disto, encontrou uma Jericó recente e pesadamente fortificada que em 1550 a.C. foi objeto de uma violenta conquista com paredes caídas e uma espessa camada de cinzas, indicando destruição por fogo. Que, na visão dela, foi antes de Josué e da chegada dos israelitas. Os críticos imediatamente aproveitaram a interpretação dela como uma sólida evidência que a conquista de Jericó por Josué deve ter sido folclore.
O arqueólogo Bryant G. Wood, entretanto, editor da Bible and Spade, percebeu que Kenyon datou mal as suas descobertas e que a destruição de Jericó realmente teve lugar em 1400 a.C. quando Josué estava em cena, de acordo com as mais recentes datações (1400 a 1200 a.C.) da invasão israelita. Em um brilhante artigo de 1990 em BAR, Wood baseou sua cronologia na estatigrafia, tipos de cerâmica, datações com carbono 14, e outras evidências, incluindo ruínas de paredes, para mostrar uma surpreendente confirmação arqueológica do detalhamento bíblico registrado em Juízes, capítulo 6 e seguintes.

Os Reis Davi e Salomão são históricos ou apenas mitos?

Os críticos novamente confiam muito no argumento do silêncio ou da ausência. Eles contendem que para toda a grandeza e majestade dos reinos de Davi e Salomão, algumas das taças de ouro e outros itens luxuosos dos seus palácios deveriam ter vindo à luz nas escavações, mas não vieram. Lazzare acusa, ainda nenhuma taça, nenhuma peça, foi encontrada para indicar que tal reino existiu. Se Davi e Salomão foram importantes agentes poderosos regionais, uma poderosa racionalidade espera que os nomes deles apareçam em monumentos e na correspondência diplomática da época. Até o momento, mais uma vez o registro silencia.
Esta argumentação, contudo, é desesperadamente falha, por causa de um simples fato: Jerusalém foi destruída e reconstruída em torno de 15 a 20 vezes desde os dias de Davi e Salomão, e cada conquista teve suas taxas em artefatos valiosos. O que, além do mais, Belsazar usou como utensílios para suas famosas festas na Babilônia (Dn. 5.23)? Copos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia pilhado do Templo em Jerusalém!
Já o nome de Davi, o registro não é nenhum um pouco silencioso. Em 1993, o arqueólogo Avraham Biran, cavando em Tel Dan, no norte de Israel, descobriu um monólito de vitória em três grossas pedras nas quais o nome de Davi está inscrito, a primeira evidência arqueológica a Davi fora do Antigo Testamento. A inscrição Aramaica contém uma ostentação por o rei de Damasco (provavelmente Hazael) ter derrotado pelo rei de Israel (provavelmente Jorão, filho de Acabe) e o rei da casa de Davi (provavelmente Acazias, filho de Jeorão, 842 a.C.).
Esta descoberta sozinha deveria ter calado as afirmações minimalistas de que não houve nenhum Davi, mas nunca devemos subestimar a inflexibilidade de mentes bloqueadas atualmente no revisionismo. Eles ainda tentam desesperadamente retraduzir a mensagem nas pedras ou afirmar que o nome de Davi é uma falsificação compondo outra!

O rei Acabe de Israel como o principal construtor do Templo de Jerusalém ao invés de Davi e Salomão?

Esta é a conclusão favorita do arqueólogo Finkelstein, mas sua grade de tempo arqueológico defere dos modelos padrões em torno de 150 anos, a qual é, não surpreendentemente, precisamente a diferença entre Davi em 100 a.C. e Acabe, em 850 a.C.
Um que é, também, igualmente chocante pelo silêncio repentino dos críticos revisionistas é relativo ao registro do tempo do Rei Ezequias (700 a.C). Neste ponto, evidentemente, o Antigo Testamento instantaneamente traz mais história para eles. Esta concessão, naturalmente, é forçada por eles por causa do predominante número de correlações da arqueologia, registros das nações vizinhas, e a história em geral que corrobora completamente a evidência bíblica. Os assírios não conquistaram um norte israelita mítico em 722 a.C., nem Nabucodonosor deportou para o cativeiro babilônico um bando de judeus lendários, folclóricos que nunca existiu. Nós deixamos para os críticos explicar como fatos repentinamente aparecem da suposta fantasia do Antigo Testamento.
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Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte 2 0


AGRESSÃO AO ANTIGO TESTAMENTO

O novo criticismo do registro bíblico é corrosivo e categórico do começo ao fim. Afirma, por exemplo, que não há nenhuma evidência que pessoas como Abraão viveram ou poderiam ter vivido na nova versão das origens israelitas antigas. Não houve migração da Mesopotâmia para qualquer Terra Prometida. Histórias sobre os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, argumenta, foram grosseiramente “costurados” com vários pedaços de tradições locais. Moisés não foi mais historicamente real do que Abraão, por não ter havido nenhuma estadia israelita no Egito e o êxodo ter sido uma ficção; nenhum Josué conquistou a Terra Prometida, uma vez que os antigos israelitas foram uma cultura indígena que já habitava naquelas terras.

E os monarcas Saul, Davi e Salomão e seus impérios regionais? Certamente eles são históricos, não são? Não. De acordo com este revisionismo, sacerdotes de Jerusalém nos séculos 70 e 80 a.C. provavelmente os inventaram. Nas palavras de Lazare, se Davi foi histórico, ele foi
Não um poderoso potentado cujo poder era reconhecido do Nilo ao Eufrates, mas antes um “pirata” que de destacou, que foi quando muito um pequeno duque nas montanhas do sul ao redor de Jerusalém e Hebrom. Entretanto, a principal discordância entre os estudiosos hoje em dia é entre aquele que sustenta que Davi foi um insignificante chefe de tribo cujos territórios se estenderam não mais que umas poucas milhas em qualquer direção e um pequeno, mas barulhento, grupo de minimalistas bíblicos que ele dizem que ele nem mesmo existiu.
Nunca houve uma monarquia hebraica nesta visão extremista e, de acordo com Finkelstein, as realizações arquitetônicas de Davi e Salomão deveriam ser mais propriamente imputadas ao Rei Acabe, de Israel. Quanto às crenças religiosas, o judaísmo monoteísta teve um desenvolvimento tardio novamente, em contraste à evidência bíblica quando também as histórias heróicas dos patriarcas e juízes foram hábeis em mostrar que Israel se apropriou da terra pelo ritual da conquista. Provavelmente não até que nós alcancemos o Rei Ezequias no século VIII a.C. faremos as críticas extremas darem início a conceder historicidade para as narrativas no Antigo Testamento.
Este ataque às escrituras do Antigo Testamento é de uma variedade emplumada e não-barrável. Tais visões extremistas convidam à dispensa deste ataque como o trabalho de uma estrutura de quase-estudiosos experimentalistas aos quais o revisionismo radical já garante atenção na mídia. Esta é uma trilha bem conhecida, depois de tudo, por membros do então chamado Seminário Jesus e suas notórias deliberações se Jesus disse ou não algo que pode ser creditado a Ele nos evangelhos. Os minimalistas bíblicos mais radicais certamente se engajaram no sensacionalismo, mas o balanço de tais estudiosos baseia seus casos já completamente no que eles consideram ser a ausência de evidência arqueológica que corrobora materialmente nas recentes eras do Antigo Testamento. Por causa de que suas argumentações são supostamente baseadas no conhecimento acadêmico, nós devemos examinar suas alegações mais de perto.
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Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - Parte 1 0

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - Parte 1 [Foto: Escavações da cidade de Jericó]

Por Paul L. Maier

Traduzido por Leandro Teixeira. O artigo original pode ser encontrado aqui.

Obs.: Este é um artigo bastante extenso; portanto, estarei dividindo-o em partes para melhor leitura.

SINOPSE

É geralmente assumido que as escavações arqueológicas no oriente normalmente confirmam o registro bíblico. Em anos recentes, entretanto, muitos grupos de revisionistas radicais tem afirmado exatamente o oposto: escavações em Israel e proximidades mostram que a história antiga dos Hebreus é muito diferente do que é afirmado no Pentateuco e no resto no Antigo Testamento. Alguns dos críticos mais extremos, conhecidos como minimalistas bíblicos, negam até mesmo a historicidade de Abraão e dos patriarcas, a permanência dos israelitas no Egito, o Êxodo e a conquista da Terra Prometida feita por Josué. Eles, além disto, questionam se Davi e Salomão realmente existiram, ou pelo menos como os poderosos soberanos descritos no Antigo Testamento.

Escavações arqueológicas de 150 anos pra cá, contudo, produziram resultados mais do que suficientes para demonstrar que tais revisionistas estavam enormemente ultrapassados e sensacionalistas. O produto de tal metodologia inferior, de fato, confia muito nos argumentos do silêncio ou ausência. Vez por vez, o que foi encontrado na terra tem se entrosado notavelmente bem com o que é afirmado no Antigo Testamento, e a verdade não é servida quando revisionistas radicais ignoram ou mal-interpretam evidências irrefutáveis. Elas afirmam que eles atualmente se encontram na vanguarda da pesquisa bíblica, porém completamente oposto é o caso, e muitos, se não a maioria, arqueólogos mais rígidos e estudiosos da Bíblia rejeitam suas conclusões extremistas. A pá continua sendo melhor amiga da Bíblia.
Organizações cristãs freqüentemente investiam nas recentes escavações no oriente, e um retrato de arqueólogos cheios de fé marchando para suas escavações com a Bíblia em uma mão e a uma pá na outra era completamente familiar. Grandes arqueólogos, como William Foxwell Albrigth virtualmente inventaram a disciplina chamada Arqueologia Bíblica, então asseveravam eles que aquelas pedras, de fato, exclamavam a verdade das escrituras.
Uma série de impressionantes descobertas arqueológicas que confirmaram lugares, personalidades e eventos no Antigo e no Novo Testamento somente confirmam a impressão geral que os registros bíblicos são historicamente confiáveis. Publicações como Biblical Archaeology Review (BAR) e Bible and Spade implicam em mais do que seus títulos.
Na última década, porém, uma forte contra-corrente foi desenvolvida entre alguns estudiosos do oriente que afirmam completamente o oposto. Um grupo, freqüentemente nomeado como minimalistas bíblicos, vê poucas ou nenhumas correlações entre a evidência bíblica e arqueológica e não há nenhuma história confiável na Bíblia Hebraica (Antigo Testamento). Os principais porta-vozes dos minimalistas são Thomas L. Thompson e Niels P. Lemche da Universidade de Copenhagem, Dinamarca, com colegas simpatizantes pós-modernistas do oriente e ocidente.
Em 2201, Israel Finkelsen, um arqueólogo revisionista com visão similar, em companhia de Neal A. Silberman, escreveu um extenso livro: The Bible Unearthed: Archaeologys New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts (A Bíblia Revelada: Nova Visão Arqueológica do Israel Antigo e a Origem dos seus Textos Sagrados). Esta nova visão controverteu a tradicional visão cristã e judaica da confiabilidade da Bíblia Hebraica e como ela se formou. Um mais popular detalhamento da sua visão foi um muito discutido artigo escrito por Daniel Lazare em 1º de março de 2002, entitulada Harpers. Unilateral, ácida e tendenciosa ao extremo, o artigo segue um título sensacionalista que diz tudo: Falso Testamento: arqueólogos refutam as afirmações bíblicas históricas. Harpers tem uma imponente história que remonta à época de Abraham Lincoln, para dar credibilidade ao seu conteúdo. Como resultado, muitos dos leitores cristãos e judeus mais conservadores estão agora alarmados que muitas dos fundamentos da sua fé foram questionadas, e esta crise de fé foi exarcebada por uma Torahe um comentário (Etaz Hayim) recentemente publicados pela United States Synagogue of Conservative Judaism, que incorporou estas visões revisionistas.
Este (não-sensacionalista) artigo examinará as afirmações feitas por Lazare e outros críticos revisionistas, ponderando contra os resultados arqueológicos bíblicos e estudiosos atualmente em voga, e então descrever como eles são decisivamente insuficientes em substância e metodologia.
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O céu – destino final dos justos - parte 3 0

O céu – destino final dos justos - parte 3

Como é o céu?
Céus e terra não serão separados, mas uma coisa só. Estaremos em comunhão com Deus e com as outras pessoas. Apocalipse 21.3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. É uma repetição das promessas em Gn 17.7; Ex. 19.5,6; Jr 31.33; Ez. 34.30; 2Co 6.6; Hb 8.10; 1Pe 2.9,10. O fato desta promessa ser repetida é que na visão apocalíptica da Nova Terra que João viu implica que somente nesta terra Deus concederá a seu povo a plenitude das riquezas que a aliança da graça inclui. Aqui nós recebemos as primícias (Rm 8.23); lá receberemos toda a colheita.

A santidade reinará: E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. (Ap 21.27)
Veremos, finalmente, a face de Deus: Apocalipse 22:4 - E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.
Não haverá maldição; elas serão retiradas. Viveremos com Deus. Serviremos ao Senhor. Apocalipse 22:3 - E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
Leia Isaías 66.10-15,20,22,23:

Regozijai-vos com Jerusalém, e alegrai-vos por ela, vós todos os que a amais; enchei-vos por ela de alegria, todos os que por ela pranteastes;
Para que mameis, e vos farteis dos peitos das suas consolações; para que sugueis, e vos deleiteis com a abundância da sua glória.
Porque assim diz o SENHOR: Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio, e a glória dos gentios como um ribeiro que transborda; então mamareis, ao colo vos trarão, e sobre os joelhos vos afagarão.
Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados.
E vós vereis e alegrar-se-á o vosso coração, e os vossos ossos reverdecerão como a erva tenra; então a mão do SENHOR será notória aos seus servos, e ele se indignará contra os seus inimigos.
Porque, eis que o SENHOR virá com fogo; e os seus carros como um torvelinho; para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em chamas de fogo.
(...)
E trarão a todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao SENHOR, sobre cavalos, e em carros, e em liteiras, e sobre mulas, e sobre dromedários, trarão ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR; como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas em vasos limpos à casa do SENHOR.
(...)
Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.
E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR.


O que faremos lá?

Divulgou-se a idéia de que o céu é um lugar chato. Que ficaremos a eternidade gritando aleluias, tocando harpa e pulando de nuvem em nuvem. Pensar desta forma é subestimar incrivelmente a criatividade de Deus.
Em primeiro lugar, no céu haverá alegria. A alegria vai ser o negócio mais sério do céu (C. S. Lewis). E a música tem relação com a alegria. Quando o Rei Saul estava sendo assombrado por espíritos malignos, ele chamava Davi para tocar harpa para ele e, assim, se acalmava e se alegrava (1Samuel 16.15-23).
O céu será um lugar de serviço (Ap 22.3-4). O que fazemos aqui, na Terra, com nossas habilidades, faremos no céu também, e teremos mais responsabilidades e alegrias.

Leia a parábola dos talentos (Mt 25:14-30).

Serviço significa adoração a Deus. Tudo o que fazemos deve ser para a glória do Senhor. Se não fizermos nada com nossos talentos, assim como o servo mau da parábola, até estas habilidades serão tiradas e dadas a outros fiéis. Conseqüentemente, os que estiverem no céu serão mais habilidosos ainda, e os que não estiverem lá nenhuma habilidade terão.
Reinaremos sobre a terra juntamente com Cristo: (Ap 5:9-10) E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
Deus reinará sobre nós e através de nós. Nós reinaremos sobre a criação, como era para ser no princípio.
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O céu – destino final dos justos - parte 2 0

O céu – destino final dos justos - parte 2

É um lugar físico? Onde fica?


Primeiramente, o céu não é uma “terra transformada pelos crentes”. Ele vem de Deus, que a construiu (Ap. 21.2; 21.10). Então, ele não é obra de homens.
Heb 11:10,16Porque [Abraão] esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. (...) Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.

Segundo, o céu é uma nova forma de existência, pois estaremos com nossos corpos ressurretos, glorificados, incorruptíveis: Filipenses 3.20-21 - Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
A Nova Jerusalém vem de Deus, do céu, para a nova terra criada.
Quanto ao tamanho, a Bíblia diz que ela mede 12000 estádios de comprimento, de largura e a mesma medida de altura. É um formato de cubo. Um estádio equivale à mais ou menos 183,5 metros. 12000 estádios equivalem a mais ou menos 2.200 quilômetros, de comprimento, altura e largura.
Haverá espaço para todos, na verdade até sobrará lugar. Se formos calcular uma media de 1000 metros quadrados para cada pessoa (muito mais do que a média geral nas cidades de hoje), daria para colocar cerca de 3.311.953.920.000.000 pessoas!

Quem estará lá?

- Deus Pai e Jesus: E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. (Ap. 21.22)
- Justos de todos os lugares da Terra - E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do SENHOR no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. (Isaías 2.2); Miquéias 4:1-3; Apocalipse 21.24. Apocalipse 7.9 – “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos

Como será o nosso corpo?

- Teremos conhecimento e discernimento perfeitos: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.” – 1 Co 13.13.
- Teremos um corpo incorruptível. Nunca morreremos:
1Co 15:51-54. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
- Teremos glória com o Rei: (Cl 3:4) Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. (1Pe 5:4) E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória.
- Não haverá mais tristeza, nem pranto, nem dor (Ap 21.1);
- Não haverá maldição (Ap 22.3);
- Não vamos casar nem ser dados em casamento (Mt 22.30)
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O céu – destino final dos justos - parte 1 0

O céu – destino final dos justos

Concluída a postagem sobre o tema "inferno", vou publicar uma seqüência de postagens sobre a morada eterna dos justos: o céu.

O céu – destino final dos justos

De qual céu estamos falando?
1 – céu atmosfera terrestre?
2 – morada de Deus?
3 – destino dos justos em Cristo – Nova Jerusalém?


Estamos falando do 3º, da Nova Jerusalém, da Esposa do Cordeiro, a Grande Cidade Santa, o Reino dos Céus, A Jerusalém Celestial.

O que a Bíblia fala sobre o novo céu e a nova terra?

Vamos ler Apocalipse 21; 22:1-5:

Cap. 21
E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.
E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.
E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.
E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.
E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo.
E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.
E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;
O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.
E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.
E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
E a ela trarão a glória e honra das nações.
E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.


Cap 22

E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.
E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.
E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome.
E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.


Estando ambientados à Palavra, temos que resolver algumas questões.

Pra que um céu?

Precisamos recapitular qual é o propósito de termos sido criados. Deus nos criou para sua glória, para que eternamente mantivéssemos uma relação de amor com Ele e entre nós mesmos. Todas as outras coisas criadas devem ser utilizadas por nós para um uso de forma a glorificar àquele que tudo criou (Gn 1.28; 1.30).
Mas em um ponto da história humana, nós caímos (Gn 3). As coisas criadas agora refletem as conseqüências do mal e do pecado humano (Gn 3.17-19). A criação espera ansiosamente pela revelação dos Filhos de Deus (Rm 8.19-23). A nossa queda foi total: foi espiritual, física e mental. O domínio que exercíamos sobre a natureza, agora, não é perfeito. O nosso corpo é corruptível. A nosso raciocínio ficou entenebrecido pelo pecado. Estamos separados de Deus pelo pecado: mortos espiritualmente.
Mas Deus prometeu uma restauração das coisas criadas. Tudo voltaria a ser como Deus planejou. Nossos corpos doentes seriam curados (Mt 11.5). Pecados seriam perdoados (Mt 9.2). Sabedoria e discernimento do alto nos foi prometido (Tg 1.5). Religados com Deus, de uma forma que Ele faz morada em nós (Jo 14.23). Venceremos a morte. E ainda mais do que isto (1Co 2:9 - As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.).
Jesus veio não só para salvar os pecadores; veio restaurar toda a criação. Isto inclui céus e terra (o universo como um todo).
Outro motivo para o céu é para o cumprimento e compreensão de várias profecias do AT.
Veja Isaías 65.17-25:

Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.
Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém uma alegria, e para o seu povo gozo.
E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.
Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado.
E edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto.
Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos.
Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a perturbação; porque são a posteridade bendita do SENHOR, e os seus descendentes estarão com eles.
E será que antes que clamem eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.


Estas profecias, literais ou não, serão cumpridas.

O céu é para nós?

João 14.2-3 diz: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
Nas Bem-aventuranças, Jesus cita várias vezes o Reino dos céus (Mt 5:6,10,12,20).Jesus certamente veio para nos falar das coisas celestes e do nosso lugar lá, sendo o caminho por onde devemos seguir para alcançá-lo.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Inferno - Parte 3 - Objeções à idéia do inferno 0


Inferno - Parte 3 - Objeções à idéia do inferno
1) O INFERNO, NA VERDADE, É ANIQUILAÇÃO:
A Bíblia afirma claramente que há sofrimento consciente no inferno que causará "choro e ranger de dentes" (Mt 8.12). Pessoas aniquiladas não estão conscientes de qualquer sofrimento. A besta e o falso profeta no inferno estarão conscientes após mil anos de sofrimento (Ap 19.20; 20.10).
A aniquilação não seria um castigo, mas a libertação de todo sofrimento. Não é coerente com o Deus amoroso eliminar os que não fazem o que ele deseja. Se Deus aniquilasse os seres humanos estaria atacando a si mesmo, pois somos feitos à sua imagem (Gn 1.27), e Deus é imortal.
O fato de tais pessoas estarem sofrendo não justifica aniquilá-las, assim como um pai não deve matar o filho que está sofrendo.

2) POR QUE NÃO REFORMAR AS PESSOAS? POR QUE O CASTIGO ETERNO? POR QUE DEUS NÃO TENTA REFORMAR OS PECADORES?
A resposta é que Deus tenta reformar as pessoas; o período de reforma é chamado vida.
Pedro declarou:
** O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento (2Pe 3.9; v. 1 Tm 2.4).
Mas depois do período de reforma vem o período de prestação de contas (Hb 9.27). O inferno é apenas para os irreparáveis e impenitentes, os reprovados (2Pe 2.1-6), não para os reformáveis. Se fossem reformáveis, ainda estariam vivos. Pois Deus, na sua sabedoria e bondade, não permitiria que fosse para o inferno quem ele sabia que iria para o céu se lhe fosse dada a oportunidade.
Como C. S. LEWIS observou:
A alma que deseja a alegria de maneira séria e constante não a perderá. Os que buscam, acham. Para quem bate, a porta será aberta (Lewis, O grande abismo).
Deus não pode forçar criaturas livres a serem reformadas. A reforma forçada é pior que castigo; é cruel e desumana. Pelo menos o castigo respeita a liberdade e a dignidade da pessoa.
Como Lewis observa com perspicácia:
"Ser 'curado' contra sua vontade [...] é ser colocado no mesmo nível dos que não têm vontade própria; é ser classificado com bebês, imbecis e animais domésticos" (Lewis, God In the dock, 226).
Os seres humanos não são objetos manipuláveis; são sujeitos respeitados porque são feitos à imagem de Deus. Os seres humanos devem ser punidos quando fazem o mal porque são livres e sabem o que é errado. São pessoas a serem castigadas, não pacientes a serem curados.

3) A CONDENAÇÃO POR PECADOS TEMPORAIS É EXAGERADA:
Castigar uma pessoa eternamente pelo que fez por um curto período na terra parece a princípio um exagero. NO ENTANTO, um exame mais profundo revela que isso não só é justo, mas necessário.
Para começar, apenas o castigo eterno será suficiente para pecados contra o Deus eterno. Os pecados podem ser ter sido cometidos no tempo, mas são contra o Eterno. Além disso, nenhum pecado pode ser tolerado enquanto Deus existir, e ele é eterno. Logo, o castigo pelo pecado também deve ser eterno.
Se Deus não separasse o trigo do joio, o joio sufocaria o trigo. A única maneira de preservar um lugar eterno de bem é separar eternamente dele todo mal. A única maneira de ter um céu eterno é ter um inferno eterno.

4) O INFERNO É APENAS UMA AMEAÇA, NÃO UMA REALIDADE:
Alguns críticos acreditam que o inferno é apenas uma ameaça que Deus não cumprirá. Mas é blasfêmia afirmar que um Deus de verdade usa mentiras deliberadas para governar os seres humanos.
Ademais, isso significa que "os que acham que o inferno é uma fraude são mais espertos que o próprio Deus por descobrir isso" (Davidson, p. 53).
Como Edwards afirmou:
Eles supõem que foram muito astutos porque descobriram que isso não é verdade; e assim Deus não escondeu seu plano o suficiente para impedir que esses homens tão perspicazes conseguissem discernir a trapaça e derrotar o plano (Edwards, v.2, p.516).

5) OS JUSTOS PODERÃO SER FELIZES SE UMA PESSOA QUERIDA ESTIVER NO INFERNO?
A pressuposição dessa questão é que somos mais misericordiosos que Deus. Deus está perfeitamente feliz no céu, e ele sabe que nem todos estarão lá. Mas é infinitamente mais misericordioso que nós.
Além disso, se não pudéssemos ser felizes no céu sabendo que alguém estava no inferno, nossa alegria não dependeria de nós, mas de outra pessoa. O inferno, todavia, não pode vetar (anular) o céu.
EXEMPLO: Podemos ser felizes no céu da mesma forma que podemos ser felizes comendo e sabendo que outros estão morrendo de fome, desde que tenhamos tentado alimentá-los, mas eles recusaram a comida. Assim como podemos curar lembranças tristes aqui na terra, Deus também "enxugará dos [nossos] olhos toda lágrima" no céu (Ap 21.4).
Se a misericórdia de Deus não pode suportar sofrimento eterno, então também não pode suporta-lo em quantidades menores (Edwards, v. 2, p. 84). A misericórdia de Deus não é uma paixão ou emoção que excede sua justiça. A misericórdia interpretada dessa maneira é um defeito em Deus. Ela o deixaria fraco e incoerente, incapaz de ser um Juiz.
As atitudes e os sentimentos dos santos no céu serão transformados e corresponderão mais aos de Deus. Logo, amaremos apenas o que Deus ama e odiaremos o que ele odeia. Já que Deus não fica infeliz ao pensar ou ver o inferno, nós também não ficaremos — ainda que ali estiverem pessoas que amamos nesta vida.

6) POR QUE DEUS CRIOU PESSOAS DESTINADAS AO INFERNO?
Alguns críticos do inferno argumentam que, se Deus sabia que suas criaturas o rejeitariam e acabariam num lugar tão horrível como o inferno, por que ele as criou? Não teria sido melhor que jamais tivessem existido do que existirem e irem para o inferno?
É importante lembrar que a inexistência não pode ser considerada condição melhor que qualquer tipo de existência, já que a inexistência é nada. E afirmar que o nada pode ser melhor que algo é um enorme erro categórico. Para comparar as duas coisas, elas precisam ter algo em comum. Mas não há nada em comum entre existência e inexistência.
Uma pessoa pode sentir vontade de que uma vida de miséria seja simplesmente extinta, mas não pode pensar consistentemente que a inexistência seja um estado melhor que a existência.
É verdade que Jesus disse que teria sido melhor se Judas não tivesse nascido (Mc 14.21). Mas essa é apenas uma expressão indicando a gravidade de seu pecado, não uma afirmação sobre a superioridade da inexistência sobre a existência.
E também, só porque alguns perderão no jogo da vida não significa que ele não deve ser jogado.
EXEMPLOS: Antes da final da Copa do Mundo começar, ambos os times sabem que um deles perderá. Mas todos decidem jogar.
Antes de cada motorista pegar a estrada cada dia, sabemos que pessoas serão mortas. Mas decidimos dirigir.
Pais sabem que ter filhos pode acabar em grande tragédia, tanto para sua prole quanto para eles mesmos.
Mas o conhecimento prévio do mal não impede nossa vontade de permitir a possibilidade do bem. Por quê? Porque consideramos melhor jogar, arriscando a oportunidade de ganhar, que não tentar nada. É melhor perder na Copa do Mundo que não poder nem jogar nela. DO PONTO DE VISTA DE DEUS, É MELHOR AMAR O MUNDO TODO (Jo 3.16) E PERDER ALGUNS DOS SEUS HABITANTES QUE NÃO AMAR NINGUÉM.

7) AS PESSOAS NÃO CONSEGUEM EVITAR O PECADO:
A Bíblia diz que nascemos pecadores (Sl 51.5) e somos "por natureza, merecedores da ira" (Ef 2.3). Se os pecadores não podem evitar o pecado, é justo mandá-los para o inferno por causa disso?
'"As pessoas vão para o inferno porque nascem com uma tendência para pecar e decidem pecar. Nascem na estrada que leva ao inferno, mas também ignoram as advertências pelo caminho para evitar a destruição (Lc 13.3; 2 Pe 3.9).
Apesar de os seres humanos pecarem porque são pecadores (por natureza), sua natureza pecaminosa não os força a pecar, ou seja, apesar de o pecado ser inevitável, já que nascemos com uma tendência para ele, o pecado não é invencível.
O último lugar para o qual os pecados estão destinados (inferno) pode ser evitado. Tudo que a pessoa precisa fazer é arrepender-se (Lc 13.3.; At 17.30; 2Pe 3.9). Todos são responsáveis pela decisão de aceitar ou rejeitar a oferta de salvação feita por Deus. E responsabilidade também implica a capacidade de responder (se não por nossas próprias forças, pela graça de Deus).
Todos que vão para o inferno poderiam tê-lo evitado, se quisessem. Nenhum pagão em lugar nenhum está sem a luz clara de Deus, por isso é indesculpável (Rm 1.19-20; v. 2.12-15).

8) RAZOABILIDADE DO INFERNO:
Apesar de muitos cre¬rem que o inferno não é razoável, segundo Jonathan EDWARDS, um bom argumento pode ser estabelecido a favor de sua racionalidade:
É muito irracional supor que não deveria haver castigo futuro, supor que Deus, que fez o homem como criatura racional, capaz de entender seu dever e ciente de que merece castigo quando não o cumpre, deveria deixar o homem sozinho, e deixá-lo viver como quer, e jamais castigá-lo por seus pecados, e não diferenciar o bem do mal [...]
É muito irracional supor que aquele que fez o mundo deveria deixar as coisas em tal confusão, e não cuidar do governo das suas criaturas, e que ele nunca julgará suas criaturas racionais
(Edwards, v.2, p.884).

9) RAZÕES PARA REJEITAR O INFERNO:
Como vários estudos demonstram, as pessoas estão muito mais dispostas a acreditar no céu que no inferno. Nenhuma pessoa boa quer que alguém vá para o inferno. Mas, como Sigmund FREUD diria, é uma ilusão rejeitar algo só porque desejamos não acreditar nele.
A questão se há um inferno deve ser determinada com base na evidência, não no desejo. A evidência para a existência do inferno é forte.
Se a evidência para o inferno é substancial, porque tantas pessoas a rejeitam? Edwards descreveu duas razões principais para a indisposição de aceitar o inferno: 1) ele é contrário à nossa preferência pessoal; 2) temos um conceito deficiente do mal e de seu castigo merecido.
Na verdade, uma negação do inferno é uma indicação da depravação humana. Edwards chama a atenção para nossa incoerência. Nossa rejeição do inferno e da misericórdia de Deus é indicação de nossa própria depravação — portanto merecemos o inferno. Edwards escreveu:
Parece-te incrível que Deus seja tão absolutamente negligente com o bem-estar do pecador, a ponto de mandá-lo para um abismo ou sofrimento infinito? Isso te choca? E não é chocante para ti que sejas tão absolutamente negligente como tens sido, para com a honra e a glória do Deus infinito? (ibid., v. 2.: p.. 82).
Se tivéssemos verdadeira consciência espiritual, não ficaríamos abismados com a severidade do inferno, mas sim com nossa própria depravação (Edwards, 1 p. 109).

10) Conclusão:
Todo mal existente será lançado para sempre no inferno, e as pessoas que estarão no inferno, voluntariamente escolheram estar ali.
Eles têm de pagar a própria pena pelos pecados que cometeram. Uma vez que se recusam a ser perdoados, permanecerão num estado de separação relacionai de Deus para sempre. Temos de lembrar que não pode ser de outro jeito. Deus, justo juiz e Pai amoroso, tem de lidar com o estado final de rebelião dos impenitentes.
Como Lewis disse:
Acredito sinceramente que os condenados são, de certa forma, bem-sucedidos, rebeldes até o fim; que as portas do inferno estão trancadas do lado de dentro [...]
Há somente duas espécies de pessoas no final: as que dizem a Deus: "Seja feita a tua vontade", e aquelas a quem Deus diz, no final: "Seja feita a tua vontade". Todas estas estão no inferno, pois o escolheram. Sem essa escolha pessoal não poderia haver inferno. A alma que deseja séria e constantemente a alegria jamais a perderá. Os que procuram encontram. Aos que batem ser-lhes-á aberta [a porta]
. (Cartas do inferno, p. 69).

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Fontes utilizadas:

- Lee Strobel - Em defesa da fé
- Norman Geisler - Fundamentos inabaláveis
- C. S. Lewis - Cristianismo puro e simples
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