
VAMOS REVISAR O REVISIONISMO
Em vista das esmagadoras evidências, publicar um artigo na Harpers referente à Bíblia Hebraica como Falso Testemunho é claramente um ultraje. Uma caricatura naquele artigo, mostrando a Bíblia sendo destruída com vastos corredores cortando seu texto, é apropriadamente uma falsa caricatura como o restante do artigo.
Isto, contudo, é completamente típico da forma como a matéria bíblica é veiculada na mídia hoje. Uma extraordinária descoberta bíblica que confirma o registro bíblico é abertamente recebida como uma notícia qualquer na imprensa, como as evidências dos ossos da primeira personalidade bíblica descoberta em novembro de 1990. Geralmente, apenas um em cem sabe que os restos de Caifás, o maior sacerdote que acusou Jesus perante Pôncio Pilatos na sexta-feira santa, foi encontrada nesta época em um ossuário no Bosque da Paz, em Jerusalém, ao sul da área do Templo. Os escritores “procuradores de emoção” afirmam, contudo, que os patriarcas são mitos, que Davi foi um insignificante chefe de tribo, isto se ele realmente existiu, que Jesus casou com Maria Madalena, ou que Deus predisse o assassinato do premier Israelita Isaac Rabin através de um enigmático código da Bíblia (não há nada sobre isto), e a imprensa faz a cobertura solidariamente e na sua inteireza. De forma alguma isto é justo, ético ou mesmo lógico. Também não está sozinha a imprensa nesta decepção. Estudiosos e pseudo-estudiosos bíblicos revisionistas radicais, como os membros do Seminário Jesus, são bem conscientes desta triste fórmula sensasionalista para o sucesso e a exploram regularmente. Isto pode, admitidamente, estar impugnando o motivo de alguns naquela categoria em que são conduzidos ao invés por um desejo de ser meramente politicamente correto quando estiver com estudiosos bíblicos; isto é, ser ultracrítico de qualquer coisa bíblica. Nesta conexão, infelizmente, historiadores seculares do mundo antigo freqüentemente tem uma maior opinião de confiança das origens bíblicas do que os próprios estudiosos bíblicos!
Tomando o cuidado para que esta crítica seja escrita sem o palavreado sem significado de alguns mesquinhos conservadores, eu devo afirmar que, realmente, ela representa a visão majoritária do conhecimento bíblico hoje. O arqueólogo da Universidade do Arizona, William Dever, por exemplo, é bem conhecido por sua objeção ao termo arqueologia bíblica, uma vez que parece transmitir um preconceito pró-bíblico; até o momento, ele ataca algumas das não-comprovadas conclusões dos minimalistas bíblicos em uma enérgica manifestação em um artigo da BAR, “Salvem-nos da estupidez pós-modernistas”. Ele não poupa palavras para os minimalistas no seu livro, “O que os escritores bíblicos sabem e quando eles souberam?”, também. “Eu sugiro”, ele escreve, “que os revisionistas são niilistas não somente no sentido histórico, mas também no sentido filosófico e moral”.
A revista BAR, a qual provê a arena literária para as batalhas tradicionais X minimalistas e tenta manter-se neutra durante o processo, semelhantemente constata que o artigo da Harpers é unilateral em um debate que é muito quente.
Em nenhuma parte (o autor) tenta avaliar os méritos do outro lado. De fato, ele não dá nenhuma indicação que ele esteja ciente da existência do outro lado.
Deixemos o debate continuar, mas todas as evidências serão admitidas. Desde que a ciência arqueológica começou, há um século e meio, o padrão consistente tem sido este: as fortes evidências da terra fazer brotar o registro bíblico vez após vez, vez após vez. A Bíblia não tem medo da pá!