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sábado, 27 de setembro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - parte 3 0




FALSAS AFIRMAÇÕES

Abraão é um mito?
Críticos recentes, de 1800, negavam a existência da cidade natal de Abraão, Ur dos Caldeus (Gn 11:31). Isto continuou até que escavações sistemáticas de Sir Leonard Woolleys, de 1922 a 1934, descobriram o imenso zigutato ou torre do templo em Ur perto do monte do Eufrates, na Mesopotâmia. O nome Abraão aparece nos registros mesopotâmicos, e as várias nacionalidades que os patriarcas encontraram, como registrado em Gênesis, são totalmente consistentes com as pessoas conhecidas naquele tempo e lugar. Outros detalhes no registro bíblico referentes à Abraão, tais como os pactos feitos com os governantes vizinhos e até mesmo o preço dos escravos, combina bem com o que sabemos em outras partes na história do oriente antigo.

Não houve migração da Mesopotâmia?


Tribos semíticas da época estavam continuadamente se movendo pra dentro e fora da Mesopotâmia. De fato, Abraão registrou sua viagem à Terra Prometida ao longo do vale do Eufrates até Haram, ao sul da Turquia, os quais foram também identificados e escavados, e, portanto, a descida através da Síria até Canaã é geograficamente acurada. Usar a rota do ‘Crescente Fértil’ era a única forma de viajar com sucesso da Mesopotâmia até o Mediterrâneo naqueles dias.

E os patriarcas?

Nada no registro de Gênesis contradiz a forma nômade de viver, repleta de multidões e de rebanhos, que eram característicos na vida do século 18 e 19 a.C. As concordâncias e pactos da época, tais como encontrar uma noiva para membros da mesma tribo e outros detalhes, são bem conhecidos em outros lugares do antigo oriente. Argumentar que os patriarcas não existiram porque seus nomes não foram encontrados arqueologicamente é meramente um argumento baseado no silêncio, uma fraca forma de argumentação que pode ser usada. Para os historiadores mais esclarecidos, ausência de evidência não é necessariamente evidência de ausência.

Não houve permanência israelita no Egito ou êxodo de lá?

Críticos fazem muito mais do que supor fatos de que não há nenhuma menção dos Hebreus em inscrições hierocligráficas, nenhuma menção de Moisés, e nenhum registro de uma movimentação de população em massa como afirmada no registro bíblico do êxodo do Egito. Este fato é questionável. A famosa placa de pedra de Israel (uma pedra ou tábua com inscrições) do faraó Merenptah (descrita mais completamente abaixo) declara, Israel não é descendência deles. Além disso, mesmo se não houvesse nenhuma menção qualquer dos hebreus nos registros egípcios, isto também não provaria nada, especialmente na visão da bem conhecida propensão egípcia de nunca registrar contratempos ou derrotas ou nada que embarace a majestade da monarquia corrente. Poderia qualquer faraó ter delineado as seguintes palavras em seu monumento: “Sob minha administração, uma grande multidão de escravos hebreus escapou com sucesso para o deserto do Sinai quando nós tentamos impedi-los”?
Os egípcios antigos, de fato, transformaram alguns de seus contratempos em vitórias. Um dos mais imponentes monumentos no Egito consiste de quadro bem colocados colossos de Ramsés II contemplando o rio Nilo (agora, o lago Nasser) em Abu-Simbel. Ramsés erigiu o colosso para intimidar os etíopes para o sul, que tinham corretamente ouvido que ele abertamente fugiu com sua esposa da batalha de Kadesh contra os hititas, e então eles tiveram a oportunidade de invadir pelo Egito. A história contada nas paredes de dentro do monumento, contudo, é que foi uma maravilhosa vitória egípcia!

Moisés não existiu?

O real nome Moisés é egípcio, como indícios dos nomes faraônicos tais como Thut-mose e Ra-mses. A vida ambiente como descrita no Gênesis e Êxodo é completamente consonante com o que nós conhecemos do antigo Egito no período dos hicsos e dos impérios: a comida, as festas, as rotinas cotidianas, costumes, os nomes dos lugares, as divindades locais e outros equivalentes são familiares em ambas as literaturas, hebraica e egípcia.

Não houve êxodo?

É verdadeiro que poucos vestígios dos acampamentos e artefatos da época do êxodo foram descobertas arqueologicamente no Sinai, mas uma migração tribal e nômade dificilmente deixaria para trás fundações permanentes de pedra de construções na sua rota. Dificilmente qualquer arqueólogo tomaria lugar no Sinai, e se isto mudasse, evidências da migração poderiam muito bem ser descobertas. Novamente, deve-se ter cuidado com o argumento do silêncio.

Josué não conquistou Canaã?

A Batalha de Jericó continua sendo disputada! Quando Dame Kathleen Kenyon escavou Jericó na década de 1950, ela afirmou não ter encontrado qualquer ruína de paredes ou mesmo qualquer evidência de vida civilizada em Jericó durante a época da invasão de Josué, nada para ser conquistado por ele. Ela, ao invés disto, encontrou uma Jericó recente e pesadamente fortificada que em 1550 a.C. foi objeto de uma violenta conquista com paredes caídas e uma espessa camada de cinzas, indicando destruição por fogo. Que, na visão dela, foi antes de Josué e da chegada dos israelitas. Os críticos imediatamente aproveitaram a interpretação dela como uma sólida evidência que a conquista de Jericó por Josué deve ter sido folclore.
O arqueólogo Bryant G. Wood, entretanto, editor da Bible and Spade, percebeu que Kenyon datou mal as suas descobertas e que a destruição de Jericó realmente teve lugar em 1400 a.C. quando Josué estava em cena, de acordo com as mais recentes datações (1400 a 1200 a.C.) da invasão israelita. Em um brilhante artigo de 1990 em BAR, Wood baseou sua cronologia na estatigrafia, tipos de cerâmica, datações com carbono 14, e outras evidências, incluindo ruínas de paredes, para mostrar uma surpreendente confirmação arqueológica do detalhamento bíblico registrado em Juízes, capítulo 6 e seguintes.

Os Reis Davi e Salomão são históricos ou apenas mitos?

Os críticos novamente confiam muito no argumento do silêncio ou da ausência. Eles contendem que para toda a grandeza e majestade dos reinos de Davi e Salomão, algumas das taças de ouro e outros itens luxuosos dos seus palácios deveriam ter vindo à luz nas escavações, mas não vieram. Lazzare acusa, ainda nenhuma taça, nenhuma peça, foi encontrada para indicar que tal reino existiu. Se Davi e Salomão foram importantes agentes poderosos regionais, uma poderosa racionalidade espera que os nomes deles apareçam em monumentos e na correspondência diplomática da época. Até o momento, mais uma vez o registro silencia.
Esta argumentação, contudo, é desesperadamente falha, por causa de um simples fato: Jerusalém foi destruída e reconstruída em torno de 15 a 20 vezes desde os dias de Davi e Salomão, e cada conquista teve suas taxas em artefatos valiosos. O que, além do mais, Belsazar usou como utensílios para suas famosas festas na Babilônia (Dn. 5.23)? Copos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia pilhado do Templo em Jerusalém!
Já o nome de Davi, o registro não é nenhum um pouco silencioso. Em 1993, o arqueólogo Avraham Biran, cavando em Tel Dan, no norte de Israel, descobriu um monólito de vitória em três grossas pedras nas quais o nome de Davi está inscrito, a primeira evidência arqueológica a Davi fora do Antigo Testamento. A inscrição Aramaica contém uma ostentação por o rei de Damasco (provavelmente Hazael) ter derrotado pelo rei de Israel (provavelmente Jorão, filho de Acabe) e o rei da casa de Davi (provavelmente Acazias, filho de Jeorão, 842 a.C.).
Esta descoberta sozinha deveria ter calado as afirmações minimalistas de que não houve nenhum Davi, mas nunca devemos subestimar a inflexibilidade de mentes bloqueadas atualmente no revisionismo. Eles ainda tentam desesperadamente retraduzir a mensagem nas pedras ou afirmar que o nome de Davi é uma falsificação compondo outra!

O rei Acabe de Israel como o principal construtor do Templo de Jerusalém ao invés de Davi e Salomão?

Esta é a conclusão favorita do arqueólogo Finkelstein, mas sua grade de tempo arqueológico defere dos modelos padrões em torno de 150 anos, a qual é, não surpreendentemente, precisamente a diferença entre Davi em 100 a.C. e Acabe, em 850 a.C.
Um que é, também, igualmente chocante pelo silêncio repentino dos críticos revisionistas é relativo ao registro do tempo do Rei Ezequias (700 a.C). Neste ponto, evidentemente, o Antigo Testamento instantaneamente traz mais história para eles. Esta concessão, naturalmente, é forçada por eles por causa do predominante número de correlações da arqueologia, registros das nações vizinhas, e a história em geral que corrobora completamente a evidência bíblica. Os assírios não conquistaram um norte israelita mítico em 722 a.C., nem Nabucodonosor deportou para o cativeiro babilônico um bando de judeus lendários, folclóricos que nunca existiu. Nós deixamos para os críticos explicar como fatos repentinamente aparecem da suposta fantasia do Antigo Testamento.

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