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sábado, 27 de setembro de 2008

Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - Parte 1 0



Arqueologia: aliada ou inimiga da Bíblia? - Parte 1 [Foto: Escavações da cidade de Jericó]

Por Paul L. Maier

Traduzido por Leandro Teixeira. O artigo original pode ser encontrado aqui.

Obs.: Este é um artigo bastante extenso; portanto, estarei dividindo-o em partes para melhor leitura.

SINOPSE

É geralmente assumido que as escavações arqueológicas no oriente normalmente confirmam o registro bíblico. Em anos recentes, entretanto, muitos grupos de revisionistas radicais tem afirmado exatamente o oposto: escavações em Israel e proximidades mostram que a história antiga dos Hebreus é muito diferente do que é afirmado no Pentateuco e no resto no Antigo Testamento. Alguns dos críticos mais extremos, conhecidos como minimalistas bíblicos, negam até mesmo a historicidade de Abraão e dos patriarcas, a permanência dos israelitas no Egito, o Êxodo e a conquista da Terra Prometida feita por Josué. Eles, além disto, questionam se Davi e Salomão realmente existiram, ou pelo menos como os poderosos soberanos descritos no Antigo Testamento.

Escavações arqueológicas de 150 anos pra cá, contudo, produziram resultados mais do que suficientes para demonstrar que tais revisionistas estavam enormemente ultrapassados e sensacionalistas. O produto de tal metodologia inferior, de fato, confia muito nos argumentos do silêncio ou ausência. Vez por vez, o que foi encontrado na terra tem se entrosado notavelmente bem com o que é afirmado no Antigo Testamento, e a verdade não é servida quando revisionistas radicais ignoram ou mal-interpretam evidências irrefutáveis. Elas afirmam que eles atualmente se encontram na vanguarda da pesquisa bíblica, porém completamente oposto é o caso, e muitos, se não a maioria, arqueólogos mais rígidos e estudiosos da Bíblia rejeitam suas conclusões extremistas. A pá continua sendo melhor amiga da Bíblia.
Organizações cristãs freqüentemente investiam nas recentes escavações no oriente, e um retrato de arqueólogos cheios de fé marchando para suas escavações com a Bíblia em uma mão e a uma pá na outra era completamente familiar. Grandes arqueólogos, como William Foxwell Albrigth virtualmente inventaram a disciplina chamada Arqueologia Bíblica, então asseveravam eles que aquelas pedras, de fato, exclamavam a verdade das escrituras.
Uma série de impressionantes descobertas arqueológicas que confirmaram lugares, personalidades e eventos no Antigo e no Novo Testamento somente confirmam a impressão geral que os registros bíblicos são historicamente confiáveis. Publicações como Biblical Archaeology Review (BAR) e Bible and Spade implicam em mais do que seus títulos.
Na última década, porém, uma forte contra-corrente foi desenvolvida entre alguns estudiosos do oriente que afirmam completamente o oposto. Um grupo, freqüentemente nomeado como minimalistas bíblicos, vê poucas ou nenhumas correlações entre a evidência bíblica e arqueológica e não há nenhuma história confiável na Bíblia Hebraica (Antigo Testamento). Os principais porta-vozes dos minimalistas são Thomas L. Thompson e Niels P. Lemche da Universidade de Copenhagem, Dinamarca, com colegas simpatizantes pós-modernistas do oriente e ocidente.
Em 2201, Israel Finkelsen, um arqueólogo revisionista com visão similar, em companhia de Neal A. Silberman, escreveu um extenso livro: The Bible Unearthed: Archaeologys New Vision of Ancient Israel and the Origin of Its Sacred Texts (A Bíblia Revelada: Nova Visão Arqueológica do Israel Antigo e a Origem dos seus Textos Sagrados). Esta nova visão controverteu a tradicional visão cristã e judaica da confiabilidade da Bíblia Hebraica e como ela se formou. Um mais popular detalhamento da sua visão foi um muito discutido artigo escrito por Daniel Lazare em 1º de março de 2002, entitulada Harpers. Unilateral, ácida e tendenciosa ao extremo, o artigo segue um título sensacionalista que diz tudo: Falso Testamento: arqueólogos refutam as afirmações bíblicas históricas. Harpers tem uma imponente história que remonta à época de Abraham Lincoln, para dar credibilidade ao seu conteúdo. Como resultado, muitos dos leitores cristãos e judeus mais conservadores estão agora alarmados que muitas dos fundamentos da sua fé foram questionadas, e esta crise de fé foi exarcebada por uma Torahe um comentário (Etaz Hayim) recentemente publicados pela United States Synagogue of Conservative Judaism, que incorporou estas visões revisionistas.
Este (não-sensacionalista) artigo examinará as afirmações feitas por Lazare e outros críticos revisionistas, ponderando contra os resultados arqueológicos bíblicos e estudiosos atualmente em voga, e então descrever como eles são decisivamente insuficientes em substância e metodologia.

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