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terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A cultura do sexo livre 2



A cultura do sexo livre
Vivemos em uma época de liberdade. Pelo menos no Brasil. Não há mais censura na TV. Qualquer coisa pode ser exibida, desde que contenha uma indicação de classificação etária. Não só a TV, mas qualquer outro meio de comunicação pode ser utilizado para veiculação de notícias e propagandas. A Internet se mostrou um meio quase que democrático de inclusão. Quase porque muitas pessoas ainda não tem acesso ao computador, algumas porque simplesmente não querem, outras por não ter condições financeiras ou educacionais. Filmes, novelas, propaganda... todos estes apelam, indiscutivelmente, à sensualidade e ao sexo.

A revista IstoÉ, de julho de 2007, trouxe como matéria de capa este fato, a nova liberação sexual. O conteúdo desta reportagem é pra lá de tendencioso, desinformativo e incorreto, do ponto de vista histórico e moral.

Em todas as gerações, os jovens tiveram que se deparar com dificuldades. Um jovem do século XV teve suas dificuldades tantas quanto um jovem do século XXI. É claro que deve-se considerar que o mundo em que vivem ou viveram são diferentes, tanto a situação social quanto seus próprios anseios. O ponto ao qual quero chegar é que qualquer um de nós se deparou em algum momento com uma escolha, que de forma geral, consistia em manter o antigo, o 'tradicional' ou abdicar disto e aventurar-se por novos caminhos.

É da natureza do jovem romper com o que é 'velho'. Nos adolescentes já vemos sinais que mais tarde formarão o seu caráter quando adulto. A desobediência aos pais mostra-se nem sempre como uma constatação consciente da ineficiência do ensino destes últimos, mas como uma necessidade de autoafirmação. É a negação de qualquer influência externa, numa tentativa de encontrar a si mesmo, a sua essência.

São muitas as variáveis que influenciam no desenvolvimento de um ser humano adulto. A família, os amigos, os colegas, os professores, os patrões e a situação social, educacional e econômica são algumas dessas variáveis. Dependendo do grau de carência envolvido em cada uma delas, haverá insatisfação e uma necessidade de remediar os seus efeitos. Cada geração tentou, de uma forma ou outra, criar seu próprio método de 'libertação'. Nos anos 50, por exemplo, com o advento do Rock'n'roll, os jovens viram uma nova forma de extravasar sua energia e também mostrar ao mundo o que eles pensavam e queriam. Havia no ar uma 'pitada' de rebeldia, que veio a se intensificar nas gerações posteriores. Nos anos 60, na filosofia de 'paz e amor', os jovens de então descobriram um novo tipo de 'conforto': o uso das drogas, o sexo sem compromisso e a pacificação. A década de 70 trouxe uma preocupação maior com o corpo, o que refletiu no aumento da prática esportiva. Era um direito e uma obrigação parecer mais erótico, mais satisfatório visualmente.

Cada qual em sua geração, a juventude detectava um problema e, via de regra, culpava alguma coisa da herança de seus pais e avós por isto. O problema é a falta de liberdade de expressão? Vamos gritar palavras de ordem, escutar um novo estilo de música. O problema é o vestuário? Vamos abandonar estes padrões antigos e façamos nossa própria moda. O problema é o governo? Preguemos a anarquia. O problema é a repressão sexual? Vamos viver livremente a sexualidade, sem nos preocuparmos com o que fazemos do nosso corpo e com o dos outros.

Ignoram que algumas leis, costumes e regras foram criadas com um objetivo bem definido. Não surgiram espontaneamente. O problema é que às vezes não sabemos porque elas foram criadas. Sendo assim, já começamos o processo de aniquilação destas. Eliminar o antigo só por ser antigo. Esta é a lógica atual, que, pensam os jovens, os impede de serem felizes ou plenamente realizados. Infelizmente, já estamos colhendo os frutos desta liberação sexual: a destruição dos valores familiares, do sentido do amor real, dos laços afetivos, da confiança, do respeito e do amor-próprio, inclusive.

comment 2 comentário(s):

daladier.blogspot.com on 19 de dezembro de 2007 às 16:30 disse...

Infelizmente esta cultura, amparada na influência do príncipe deste mundo, onde jaz aliás, é tida como certa. No caso dos jovens, ordena-se os testes. Os pais é que arcam com os resultados.
Tomado como banal, este comportamento acabará por levar muitos ao inferno.

Rafael on 15 de fevereiro de 2008 às 15:42 disse...

Perfeito o texto.

Eu simplesmente abomino a maneira como o nosso mundo vai hoje, esta liberdade sexual sem limites.

Se quiser, passa no meu blog, to com uns textos bem legais.

Abraços

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