Ainda que a figueira não floresça 0

No primeiro post deste ano que inicia, quero falar sobre como o ano de 2007 se refletiu na minha vida.

Creio que todos nós planejamos o que queremos para o ano, alguns o fazem com um grau de detalhamento maior, outros menor. Embora tenha pessoas que dizem que não planejam nada, duvido de que elas não possuam, no mínimo, aspirações. E assim aconteceu comigo. Cheguei ao final de 2007 com uma sensação de não ter conquistado o que tinha proposto no ínicio do ano. Não aconteceu como eu queria. Mas aconteceram coisas bem diferentes do que desejava.

Primeiro, meu projeto para o ano não tinha praticamente nada a ver com prestação de serviço na igreja. Eu e minha noiva fomos convidados para trabalhar na recepção da igreja, e até aí, tudo bem, já que ambos gostamos de nos relacionar com as pessoas. O que foi curioso foi o convite para sermos professores de Escola Bíblica para a turma dos jovens. Oramos e, após algum tempo, aceitamos o desafio. Foi realmente um desafio, pois eu, embora tivesse experiência em lecionar informática e outros cursos, nunca cogitei a idéia de ensinar a Palavra de Deus, e a Dienifer, minha noiva, sequer havia dado aulas. Foi uma ótima oportunidade de servir a Deus, assim como trabalhar na recepção.

Este ano que terminou foi um ano onde nos envolvemos ativamente na igreja, de uma forma que não tínhamos feito ainda. E isto se refletiu em todas as áreas da minha vida. Passei a ter um relacionamento mais íntimo e real com Deus. Passei a conhecê-lo melhor. Lembro-me de Jó - "Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora te vejo com meus próprios olhos".

Conversando ontem a noite com a minha noiva, fizemos uma 'retrospectiva'. Muitas das nossas vontades não foram realizadas. Em compensação, muitas outras que não imaginávamos aconteceu. Vimos que queríamos fazer o que nós achávamos melhor, mas nem levamos tais vontades aos pés de Deus para ver se era aquilo que Ele queria para nós. Chegamos a conclusão de que não era a vontade Dele. E agora víamos claramente: males que foram transformados em bens (Gn 50.20 ecoa na minha cabeça), muitas coisas que fizemos, achando que era bom, se transformou em um mal (Jr 17.9), outras coisas que deixamos de fazer, mas se tivéssemos feito, certamente seria pior. Deus nos direcionou para outro caminho, adiando planos pessoais, mas levando para outras maravilhas que nem imaginávamos (1Co 2.9).

Resumindo tudo, vimos a mão de Deus mover-se sobre a nossa vida, e percebemos que estávamos agindo por conta própria, independemente. E Ele foi misericordioso e amoroso, nos guiando pelos caminhos certos, que Ele queria. E louvamos a Deus por isso! Enfim, vimos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).

Neste ano, temos nossos planos, sim, mas não com aquela arrogância e prepotência de fazer como NÓS queremos, e QUANDO queremos; mas aguardamos pacientemente Nele, no tempo Dele, procurando primeiro o Seu reino, e cremos fielmente que Ele nós dará todo o resto, conforme a vontade Dele. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará nossa mente e nosso coração em Cristo Jesus (Fp 4.7).

Que Deus abençõe a todos, fazendo os projetos Dele os nossos projetos, e que Ele nos faça prosperar em todos, com a sua graça e amor.

Feliz ano novo para todos!