Mas alguns criticam a posição de que Deus é soberano para escolher aqueles a quem Ele vai conceder a salvação. Preferem uma posição mais universalista, talvez pensando que, no final, todos serão salvos. Outros, um pouco menos heterodoxos, preferem dizer que todas as pessoas têm, igualmente, a possibilidade de se salvar, desde que pela sua livre e espontânea vontade aceitem o sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Destas duas alternativas, a primeira é a mais terrível; afinal, parece que toda a obra de Jesus, o evangelho, as provações, e tudo o que se fala sobre a gravidade do pecado e a beleza da santidade não passa de uma brincadeira, apenas um joguinho para entreter, durante as eras, uma deidade que na verdade é sádica.
A Palavra de Deus diz muito claramente que Ele nos escolheu (os salvos) antes da fundação do mundo. Antes de nascer, o Pai já havia determinado pela sua majestade e soberano poder aqueles que o sangue de Jesus iria cobrir (Romanos 9:11) Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama) .
Mesmo assim, parece que uns precisam ter uma parte, nem que seja ínfima, na obra redentiva. “Ah, eu aceitei a Cristo. Eu tive fé.” Ora, mesmo a fé para crer é um dom de Deus (Efésios 2:8) Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus . Outros baseiam a escolha na presciência de Deus: “Ah, Deus sabia que eu iria aceitar a Cristo quando ele me fosse oferecido, por isso ele me elegeu”. Isto é engano, meu irmão. E mais: isto é orgulho! Isto retira a glória de Deus e a coloca na sua escolha! A Bíblia diz que a salvação não vem das obras, mas da graça.
Deus precisa de um motivo para eleger uns e rejeitar outros? Sim, com certeza. Uma escolha sempre é baseada em motivos, em desejos. O que devemos ter em mente na eleição divina é que os motivos não estão localizados em nós, pois não há nada no homem que seja bom (Isaías 64:6) Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam . Se as nossas justiças são más assim, imagine as nossas injustiças! Destarte, a fonte das razões da escolha de Deus reside Nele mesmo.
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