A edição da Revista New Scientist trouxe como matéria de capa no início deste mês de maio de 2011 uma reportagem bastante interessante, principalmente para quem está acostumado a discutir religião com incrédulos. O texto, de autoria de Michael Brooks, PhD em física quântica, autor de livros e jornalista, fala das ideias de Martin Rees, Astrônomo Real Britânico, ente outros. Rees admite que, embora a ciência tenha ajudado muito o desenvolvimento da humanidade, dando conhecimento de processos e permitindo o avanço tecnológico, entre outros, há algumas coisas que o homem jamais poderá saber. Ele diz que assim como os macacos não discutem mecânica quântica, nem mesmo sequer têm qualquer noção do porquê seja importante estudá-la, assim o ser humano pode desconhecer aspectos da realidade da mesma forma.
É curioso, porque muitas vezes os incrédulos acusam os religiosos, e particularmente os cristãos, de fornecerem respostas do tipo: “ah, isto não tem como sabermos, está fora do nosso alcance”, ou “existem muitas coisas que nos estão encobertas” ou ainda “as coisas reveladas pertencem a nós, mas coisas ocultas pertencem ao Senhor”.
Rees declara:
“Não há nenhuma razão para acreditar que as nossas inteligências estão preparadas para entender todos os níveis de realidade”
Ele também reconhece que a ciência não é onipotente:
A ciência não é onipotente, Mr. Peter Atkins |
“Há limites para a ciência. Há algumas coisas que nós nunca poderemos saber sem dúvida por causa das restrições fundamentais do mundo físico. Então há os problemas que nós provavelmente nunca resolveremos por causa do modo de trabalho da nossa inteligência.”
Quanto à biologia, Ferry Coyne, biólogo evolucionista da Universidade de Chicago diz:
“Saber como vida começou sempre estará além de nosso alcance, é o horizonte cósmico de biologia.”
“Mesmo se nós pudéssemos criar uma ‘segunda gênese’ no laboratório isto não nos falará exatamente como aconteceu na Terra 3.8 bilhões de anos atrás”
Não estou aqui subscrevendo a preguiça intelectual de alguns ao desconhecer a própria crença e usando este anúncio científico para respaldá-la. Mesmo porque a revelação divina não precisa do aval científico para ser verdadeira, ainda que a mesma fatalmente a faça. Mas é digno de nota que alguns do “meio que tudo sabe” reconhecerem que não há como sabermos todas as coisas, por um motivo muito simples: somos seres limitados, em tempo, espaço e sabedoria. Somos finitos. E isto a Bíblia já diz há, deixa-me ver... milênios.
Mas há outra implicação prática. Como a Bíblia diz em 1 Coríntios 2:14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente , o homem não-convertido sequer tem capacidade de entender o mundo espiritual. Os homens não-regenerados sequer sabem porque precisam de salvação, assim como os macacos que não desconfiam da física quântica. Por isso é que Jesus disse para Nicodemos que é preciso nascer de novo para entrar no Reino dos Céus João 3:5-6 Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito . Mas Deus é misericordioso e concede graça para salvação de todo aquele que crê em Jesus e se arrepende dos seus pecados.
Abaixo um vídeo do apologista William Lane Craig num debate com Peter Atkins, químico britânico, sobre a onipotência científica.
Você conhece algum outro limite de conhecimento que a humanidade nunca saberá? O que você pensa sobre este assunto? Deixe seu comentário!
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