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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Porque devemos ser salvos, afinal? 0




O homem foi criado para viver eternamente em comunhão com Deus. Entretanto, perdeu esta comunhão na Queda, se corrompendo pelo pecado. Desde então, o homem está condenado a separação eterna (inferno) de Deus. Não é o caso de uma pessoa, de acordo com o seu proceder aqui na terra, ir ao céu ou ao inferno: ela já nasce destinada ao inferno. Como já disseram outros, o homem não é pecador porque peca, mas peca porque é pecador. É da natureza decaída da humanidade a característica de ser pecador.

Não há nada que o homem possa oferecer para ser salvo. Este é o estado do pecador diante de Deus: vamos pensar, não em termos de vida e morte, mas em termos de valores. Tudo o que somos e temos foi Deus quem deu. Nada é nosso, nem os dons, nem os bens, nem mesmo a nossa vida. Ao cometermos um pecado que seja, nos tornamos devedores de Deus. Então, se tudo é dEle, o que podemos oferecer para pagá-lo? Nada! É impossível!

Por isso é que, mesmo se quiséssemos, não poderíamos nos aproximar de Deus. Ele é quem deveria se aproximar, se quisesse. E foi o que aconteceu: primeiro, escolhendo um povo; depois, através de Cristo. Deus não precisava ter criado um plano de salvação; mas Ele o fez, mostrando a Sua misericória. A Sua misericória é expressão do Seu amor. Nós não podemos oferecer nada por este plano; por isso, Deus nos deu esta salvação de graça.

Isto não quer dizer que o pecado não terá punição. O pecado precisa ser pago de alguma forma, para que a justiça divina seja cumprida. Deus não anula um dos Seus atributos por causa de outro. Mas o próprio pecador não tem condições de cumprir esta tarefa.

Quem vai, então, pagar pelo pecado? Ou o próprio pecador, ou um substituto para ele.

No AT, Deus instituiu um sistema de sacrifícios. Animais (cordeiros, geralmente) eram usados para este fim. Eles eram mortos para expiação dos pecados das pessoas.

A expiação funcionava assim: as pessoas pecavam, e então pegavam um animal puro e sem defeito e ofereciam a Deus pelos seus pecados. Como um animal não tem vida eterna, sacrificar um deles expiava pecados até aquele dia. Na verdade, este ritual era apenas simbólico, pois sangue de animais não purifica pecados (Hb 10.4;11). Não se podia estendê-lo eternamente. E os seus pecados eram, então, "pagos". Se as pessoas voltassem a pecar, novamente o sacrifício era necessário. Hoje em dia, o sistema de sacrifícios causa repulsa, já que ele parece bastante primitivo. De fato é primitivo, e também causa repulsa, mas é exatamente isto que Deus quis que parecesse: demonstrar quanto o pecado é ruim e repulsivo.

Era um sistema limitado, já que era temporário; apenas expiava os pecados das pessoas até aquele momento, e não se estendia a outras pessoas além daquelas a quem o sacrifício era feito. Era necessário que fosse feito um sacrifício definitivo, que tivesse alcance eterno, que realmente pudesse dar perdão para todos os pecados, em todos os tempos, para todas as pessoas.

No NT, Deus apresenta (como diz João Batista) o "cordeiro de Deus". Ele é o sacrifício perfeito, no qual os pecados de todas as pessoas, de todos os tempos. Isto é, o perdão é estendido às pessoas que ainda nem tinham nascido; e também não são perdoados somente os pecados que uma pessoa comete até aceitar o sacrifício da cruz, mas os erros posteriores que ela cometer também. Isto porque quem foi sacrificado foi um ser eterno: Deus, o Filho.

Os sacrifícios que eram feitos no AT eram somente sombra do que estava por vir. Antes, o mortal era sacrificado. Agora, o eterno. Antes o perdão dos atos do passado. Agora, o perdão se estende pelo passado, pelo presente e pelos dias futuros.


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