Este blog foi desativado em 10/03/2014. Visite o novo projeto: Como está escrito

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Universalidade do sentimento religioso 0




Há algumas pessoas que dizem por aí não haver Deus. A Bíblia diz que os que assim procedem são tolos. E não é à toa que ela taxativamente desta forma os qualifica. O sentimento religioso está presente em toda e qualquer sociedade que existiu ou que existe. E isto se dá por um motivo singelo: o Criador imprimiu na mente de cada humano a sua marca, dizendo: 'há um Deus'. Às vezes, este sentimento é manifestado em adoração a entidades naturais, como o sol ou a lua, ou a 'mãe-terra'; em outras, é personificada em entidades antropomórficas - com aparência de homem - total ou parcialmente; às vezes são vários 'deuses' divididos por seus atributos e ações, às vezes é apenas um. 'Instintivamente', portanto, sabemos que um ser criador existe. Desta forma, o homem está indesculpável quanto a este conhecimento.

Calvino, em suas Institutas, declara que até mesmo a idolatria depõe a favor desta sensação do divino. O homem não se sujeita facilmente àquilo que lhe é superior; entretanto, prefere adorar ídolos de madeira e pedra a estar entre os que dizem não haver deus algum. Resta claro quão forte é a impressão, deixada no entendimento do homem, da existência do divino, fazendo recuar a presunção e orgulho tão peculiares à sua natureza.

De forma petulante, com ares de quem fez uma grande descoberta, alguns indivíduos falam sobre a religião como se fosse algo inventado por um ou outro astuto para dominar a patuleia ignorante. Contudo, a crítica erra o alvo, não diz nada sobre a origem da religiosidade. Pessoas mal-intencionadas podem, com certeza, elaborar matéria diversa sobre a religião, e assim enganar alguns incautos. Mas mesmo este engano pressupõe a religiosidade inata do que crê, sem a qual qualquer tipo de persuasão seria impossível; e não está fora de escopo dizer que o perpetrador consegue agir assim porque ele mesmo a possui algum entendimento de como funciona a mente humana neste assunto.

E quanto àqueles que negam possuir tal sensus divinitatis? De fato, muitos o fazem. Tentam esconder-se da presença de Deus, censuram todo pensamento acerca dele, buscam apagar com certo trabalho qualquer vestígio do seu criador, como quem procura limpar a pele de uma tatuagem não mais desejada. O que, ao final, descobrem é que as tintas do criador marcam suas entranhas estreita e visceralmente, restando a estes apenas o entrar num carrossel de pavor, desesperança e cinismo. E mais uma vez Deus é afirmado; até mesmo pela vida estúpida dos ímpios: uma necessidade real que só pode ser suprida por Deus.

Toda a nossa conversa até aqui não deve ser entendida como uma teologia natural. O que Deus é não pode ser de todo deduzido a partir da natureza. Muito embora as coisas criadas tenham o seu valor para demonstrar quão criativo e poderoso é o Senhor, elas não podem ensinar nada sobre o mal nem sobre a necessidade de Redenção. A natureza nos dá uma revelação geral, mas é conhecimento insuficiente para a salvação do homem. Contudo, isto foi assim feito para que nenhum homem fique excusável diante de Deus.

Busque o Senhor enquanto se pode achar
Ele não está longe de quem o procura
Seu braço não está encolhido
De forma que não possa salvar.

comment 0 comentário(s):

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails