Discutindo o Cristianismo no dia-a-dia |
As cosmovisões não-cristãs são tolas porque elas são irracionais. Um modo racional de pensar e conhecer chega a conclusões validamente e necessariamente deduzidas a partir de premissas verdadeiras. Mas os incrédulos não têm nenhuma forma de conhecer premissas verdadeiras, e nem eles raciocinam por deduções válidas; antes, eles fazem a si mesmos o ponto de referência último para o conhecimento, supondo falsamente que eles podem descobrir a natureza da realidade através da intuição, sensação e indução. As alegadas revelações nas religiões não-cristãs não são diferentes, visto que elas são de fato invenções humanas.
As cosmovisões não-cristãs são fúteis porque, sendo tolas, elas não podem descobrir o supremo bem; além do mais, elas falham em obter até mesmo os seus próprios objetivos designados. Aqueles que prometem utopias sociais terminam em pobreza e opressão, aqueles que pregam o nirvana terminam em fracasso e desapontamento, se não insanidade, e aqueles que professam buscar a Deus aparte da revelação bíblica não conseguem nada, exceto assegurar aos seus seguidores um lugar no inferno. Aparte da revelação bíblica, todo conhecimento humano e todo esforço humano resulta em futilidade extrema – em derrota, desespero e morte.
Se alguém for descobrir a verdade e alcançar a salvação, isso deve ser pela graça soberana e chamado eficaz de Deus. De acordo com a sua própria vontade, Deus frequentemente chama e salva aqueles que são considerados inferiores pelos padrões humanos, e ele os escolheu para embaraçar e frustrar aqueles que descansam e julgam por esses mesmos padrões. Ele usa os “insignificantes” e “desprezados” para reduzir a nada aqueles que se consideram alguma coisa.
Tudo isso é vontade e desígnio de Deus. Ele faz isso para que ninguém possa se vangloriar sobre si mesmo, e para que se alguém se gloriar, ele possa se gloriar somente sobre o que Deus fez em Cristo. A vontade de Deus não é somente que o homem não possa alcançar a salvação por seu próprio raciocínio pecaminoso, mas que ele não possa nem mesmo alcançar a racionalidade e o conhecimento por seu próprio poder. A Escritura não faz um contraste entre as capacidades humanas nativas dos cristãos e dos não-cristãos; antes, ela faz um contraste entre as capacidades do homem e as capacidades de Deus – entre o poder humano e o poder divino, a sabedoria do homem e a sabedoria de Deus. Quando essas são postas uma contra a outra, não há nenhuma competição: “Porque a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte que a força do homem”.
Se até mesmo “a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria humana”, então se alguém pode obter mesmo que seja uma porção pequena, minúscula, diminuta e quase insignificante da sabedoria divina, ele será capaz de fácil e absolutamente esmagar num debate qualquer pessoa que estiver operando sobre a sabedoria humana. Esta é a base para a vitória na apologética bíblica. Deus revelou uma porção de sua sabedoria divina na Escritura. Àqueles a quem ele chamou para si pelo evangelho é também concedido o aprender e o afirmar os ensinos da Escritura. Assim, eles compartilham a perspectiva de Deus; eles compartilham uma porção do conhecimento de Deus; eles sabem algo sobre o modo do pensamento de Deus, e eles começam a padronizar seus pensamentos segundo ele. Em resumo, eles têm “a mente de Cristo”.
Segue-se que enquanto dependermos da sabedoria de Deus, enquanto aderirmos rigorosamente à cosmovisão bíblica como revelada na Escritura – isto é, enquanto seguirmos a mente de Cristo e não voltarmos à nossa forma anterior de pensamento – seremos capazes de fácil e completamente esmagar qualquer não-cristão num debate.
Assim como nenhum não-cristão pode derrotar a mente de Cristo, nenhum não-cristão pode derrotar alguém que segue a mente de Cristo em tudo o que ele pensa e crê. A única razão pela qual algum cristão perderia ou pareceria perder quando debatendo com um não-cristão é porque, pelo menos durante o curso do debate, o cristão falhou em permanecer perto do modo de pensamento de Deus. Em outras palavras, ele estava tentando usar a sabedoria não-cristã para defender a cosmovisão cristã. Agora, porque o pensamento não-cristão é tão irracional e conflitante, no meio da confusão o cristão pode frequentemente parecer ter sido bem sucedido, mesmo que ele falhe em usar os argumentos bíblicos, mas essa não é a forma como um cristão deveria ganhar um debate. Em todo caso, a vitória clara e decisiva é nossa quando arranjamos o debate de uma forma que coloque a sabedoria humana contra a sabedoria de Deus.
Eu digo tudo isso para chegar num dos princípios mais importantes na apologética bíblica – a saber, que se você aprender e aplicar o método bíblico para apologética, você será capaz de esmagar decisivamente qualquer não-cristão num debate. Você será capaz de desconcertar e embaraçar completamente qualquer incrédulo.
Excerto do livro Apologética na Conversação - Vincent Cheung
Disponível gratuitamente para leitura completa no site Monergismo.com
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